Como baixar o colesterol em duas semanas naturalmente!

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Receber do médico a notícia de que os níveis de colesterol estão altos não é algo nada agradável. Afinal, o colesterol alto pode causar um acúmulo perigoso de colesterol e outros depósitos nas paredes das artérias, algo que é chamado de aterosclerose.

Esses depósitos ou placas podem reduzir o fluxo sanguíneo nas artérias, o que pode provocar complicações como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC).

Assim, é bem importante obedecer todas as orientações do médico para tratar o colesterol alto e mantê-lo sob controle, que podem incluir uma dieta saudável, a prática de exercícios físicos e o uso de medicamentos.

Vamos saber mais sobre as estratégias que prometem diminuir o colesterol naturalmente em algumas semanas?

Dieta
Os cuidados com a dieta são importantes na luta contra o colesterol alto

1. Evitar ao máximo os alimentos de alto índice glicêmico

O índice glicêmico é uma medida que avalia a velocidade de absorção dos carboidratos presentes nos alimentos. Em outras palavras, é um valor atribuído aos alimentos com base na velocidade com que eles causam aumentos nos níveis de açúcar no sangue após serem consumidos.

Evitar alimentos de alto índice glicêmico significa cortar o açúcar e passar longe de itens como pão branco, macarrão branco, farinha de trigo e os produtos feitos com ela.

Quanto mais carboidratos de alto índice glicêmico uma pessoa consome, maior é a quantidade de triglicerídeos no corpo e menor é a quantidade do colesterol bom ou HDL. Saiba mais sobre as diferenças entre o HDL e o LDL (colesterol ruim).

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O HDL é conhecido como o bom colesterol justamente porque ajuda a remover outras formas de colesterol da corrente sanguínea. Ele captura o excesso de colesterol no sangue e o leva de volta ao fígado para ser quebrado e removido do corpo.

Estudos indicaram que pessoas que substituem ao máximo possível os alimentos de alto índice glicêmico por outros de baixo índice glicêmico, como grão-de-bico, lentilha, ervilha, soja, quinoa, feijões no geral e alimentos que naturalmente contêm mais fibras, proteínas e gorduras saudáveis, alcançam uma redução na quantidade de colesterol total e colesterol ruim, além de um aumento no colesterol bom.

Confira uma tabela com o índice glicêmico dos alimentos.

2. Evitar ao máximo gordura saturada e gordura trans

Estudos já relacionaram esses tipos de gordura ao aumento do colesterol no sangue, inclusive até mais do que o consumo de alimentos ricos em colesterol. 

Mas, o que exatamente evitar? Por exemplo, a recomendação é evitar a pele do frango, a gordura saturada do queijo e da manteiga e os alimentos de origem animal com gordura visível, já que geralmente a gordura saturada vem dos animais. 

O ideal é dar preferência aos produtos laticínios desnatados, aos leites vegetais e às carnes que apresentam menor teor de gordura. Saiba mais sobre a gordura saturada e conheça uma lista de alimentos com mais gordura saturada.

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Além disso, o conselho inclui evitar a gordura trans, uma gordura que é industrializada e, portanto, está presente em produtos industrializados. Assim, ao fazer as compras, sempre cheque a tabela nutricional dos produtos e evite aqueles que contêm mais gordura trans.

Aproveite para conhecer melhor a gordura trans e conferir uma lista de alimentos que contêm gordura trans.

Toda gordura deve ser banida?

Não. Existem as chamadas gorduras boas ou saudáveis que podem muito bem fazer parte da dieta:

  • A monoinsaturada, que é considerada a melhor para se consumir quando se quer diminuir o colesterol e está presente no azeite de oliva, no abacate, nas sementes e nas oleaginosas, como nozes e castanhas.
  • O ômega 3, que é anti-inflamatório para o organismo, protege o aparelho cardiovascular e diminui a quantidade de colesterol no organismo. Sardinha, atum, salmão, chia e linhaça fazem parte da lista de alimentos com ômega 3.

3. Incluir mais fibras na alimentação

Outro passo importante é acrescentar mais fibras na alimentação, de preferência, fibras solúveis, que estão presentes na aveia, no feijão, no grão-de-bico e na ervilha, por exemplo.

Isso porque as fibras solúveis conseguem se ligar ao colesterol e excretar o colesterol excedente por meio das fezes. Fique por dentro das diferenças entre as fibras solúveis e as fibras solúveis e confira uma lista de alimentos com mais fibras solúveis.

4. Ser uma pessoa mais ativa

Na luta contra o colesterol, também é importante se manter mais ativo e, preferencialmente, se exercitar seis dias por semana ao longo de 30 minutos ou mais por sessão. Isso porque o exercício físico ajuda a aumentar o colesterol bom e a reduzir o colesterol total.

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Não é necessário que seja um treino extenuante, pode ser uma atividade mais tranquila como uma caminhada. Mas, é claro que tudo vai depender do seu condicionamento físico e se você tem condição médica para treinar.

Se for difícil fazer uma atividade física específica, vale a pena tentar ser mais ativo dentro da rotina do dia a dia. Por exemplo, você pode trocar o elevador pelas escadas, estacionar o carro mais longe ou descer do ônibus um ponto atrás para caminhar mais até o trabalho e, sempre que puder, ir a pé até os lugares em vez de usar o carro ou outro meio de transporte.

5. Perder peso

Estudos verificaram que perder apenas 5% do peso já pode gerar uma diminuição nos níveis de colesterol ruim e de colesterol total. Ao mesmo tempo, pessoas obesas e com sobrepeso apresentam uma maior tendência a ter hipercolesterolemia, que é o colesterol ruim alto.

No entanto, busque emagrecer de maneira saudável, por meio de uma dieta nutritiva e balanceada, aliada à prática de exercícios físicos orientada por um profissional de educação física.

Nada de seguir as dietas restritivas da moda, que prometem milagres, mas privam o organismo de receber nutrientes importantes e, portanto, são perigosas para a saúde.

6. Cortar a bebida alcoólica

O álcool prejudica o equilíbrio de gorduras no organismo, o que inclui a proporção entre o colesterol bom e o colesterol ruim. 

Sem contar que ao beber, muitas pessoas sentem vontade de comer alimentos que não são exatamente saudáveis. Uma vez que estiver embriagada ou simplesmente alterada, a pessoa pode ter as suas inibições e freios diminuídos, fazendo com que ela não se controle e consuma a primeira fritura que aparecer na sua frente.

7. Incluir fitoesteróis na dieta

Mas, o que são esses tais de fitoesteróis? Eles se tratam de substâncias naturalmente presentes em certos alimentos de origem vegetal, como nozes e azeite, que agem como se fossem esteróis no organismo, diminuindo a quantidade de colesterol na corrente sanguínea.

Saiba mais sobre a relação entre os fitoesteróis e o colesterol e confira outros alimentos que são fontes da substância.

8. Parar de fumar

O cigarro é péssimo para a saúde do coração, gera uma maior produção de colesterol ruim e traz maiores chances de desenvolver placas de ateroma, depósitos que podem resultar na aterosclerose, uma doença que atinge as artérias.

Fique de olho em algumas dicas de como parar de fumar e não engordar.

9. Suplementos

Há dois suplementos que podem contribuir com o controle do colesterol. Um deles é o psyllium, que é fonte de fibras solúveis e pode ser encontrado em cápsulas ou em uma forma mais natural, semelhante a um farelo, que pode ser servida com iogurte e saladas.

Outra opção é a coenzima Q10: estudos associaram o seu uso ao auxílio na diminuição do colesterol total e no aumento do colesterol bom.

No entanto, atenção: antes de usar um desses suplementos ou ambos, é essencial que você consulte o médico, especialmente se estiver fazendo uso de medicamentos. 

A consulta ao médico é necessária para confirmar se esses suplementos realmente são uma boa opção para o seu caso e saber como utilizá-los de modo seguro e eficiente.

É 100% garantido?

Não, infelizmente não é possível garantir com 100% de certeza que seguir essas estratégias vai acabar com o seu problema de colesterol em poucas semanas. Os resultados podem variar de pessoa para pessoa, conforme as suas condições de saúde e o seu perfil de colesterol.

Entretanto, mesmo que essas táticas não acabem com o problema em duas semanas, elas são dicas que podem contribuir com a luta contra o colesterol, mesmo que rendam frutos em um prazo mais longo.

Além disso, aproveitamos para ressaltar que se o seu médico indicou o uso de algum medicamento, você deve obedecer a instrução do profissional de saúde e tomar o remédio conforme as orientações que ele passou. 

Não substitua um medicamento prescrito pelo médico apenas por essas estratégias, mas alie as táticas ao tratamento indicado por ele, mas faça isso sempre sob a orientação do profissional, é claro.

Fontes e referências adicionais

Como anda o seu colesterol? Vai adotar essas estratégias para mantê-lo sob controle? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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