Os sete inimigos do colágeno – Não coma isso!

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O colágeno é uma proteína produzida pelo organismo. A sua estrutura parecida com uma fibra é usada na formação de tecido conjuntivo, um tipo de tecido que conecta outros tecidos e é um importante componente dos ossos, da pele, dos músculos, dos tendões e da cartilagem.

A lista de funções específicas do colágeno inclui conceder estrutura, força e elasticidade à pele e atuar na reposição de células mortas da pele. Ele também é importante para as unhas, os cabelos e as articulações.

Gradualmente, o organismo passa a fazer menos colágeno conforme envelhece e a quebra do colágeno existente ocorre em um ritmo mais rápido. O colágeno também fica com uma qualidade mais baixa, em comparação a quando se era mais jovem. 

Com o envelhecimento, o colágeno nas camadas profundas da pele passa de uma rede de fibras firmemente organizada para uma espécie de labirinto desorganizado.

Exposições ambientais podem danificar as fibras de colágeno, reduzindo a sua espessura e força e levando ao aparecimento de rugas na superfície da pele.

Entretanto, existem outros fatores que são conhecidos como verdadeiros inimigos do colágeno. Confira sete deles na lista a seguir!

Mãe e filha
A produção de colágeno diminui com o passar dos anos

1. Açúcar

Não apenas o açúcar por si só, mas todos os alimentos que viram açúcar no organismo, ou seja, fontes de carboidratos como pão branco, arroz branco, macarrão branco e comidas que levam açúcar na receita como bolos e pudins.

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O açúcar em excesso no organismo resulta em um aumento da insulina, que é pró-inflamatória e causa microdanos nos vasos capilares do organismo, o que prejudica o fornecimento de nutrientes para a pele. 

Além disso, o consumo de teores altos de carboidratos causa um pico de insulina, que pode gerar compostos de glicação avançada, que destroem o colágeno.

Estudos já apontaram que pessoas com açúcar no sangue elevado de forma crônica apresentaram uma menor produção de colágeno na pele.

2. Refrigerante e outras bebidas

Neste item entram o refrigerante e outras bebidas que também possuem açúcar, como os sucos industrializados e até alguns sucos naturais. Como acabamos de ver, o açúcar prejudica o colágeno.

Um dos problemas são os sucos naturais e caseiros, feitos sem água ou com pouca água e grandes quantidades de fruta, como três a quatro fatias de melancia ou cinco unidades de laranja, que se transformam em um único copo de suco.

Isso porque toda essa quantidade de fruta gera uma bebida com uma quantia bem concentrada e alta de carboidratos, mesmo que não se adicione açúcar para adoçar o suco, uma vez que a fruta naturalmente possui carboidratos. Beber esse tipo de suco é como consumir várias porções de fruta de uma só vez.

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Coar um suco é outro fator que atrapalha, pois isso remove as suas fibras, que são um tipo de carboidrato que o organismo não digere e que faz com que os outros carboidratos sejam absorvidos mais lentamente pelo corpo.

Sem as fibras, o suco fica com muitos carboidratos de alto índice glicêmico, que são absorvidos mais rapidamente, gerando picos nos níveis de açúcar no sangue. Para entender melhor essa questão, saiba mais sobre o uso dos sucos na dieta.

Já os sucos industrializados são problemáticos, pois costumam ser bem coados e mesmo que não tenham açúcar adicionado, podem ser adoçados com sucos concentrados de outras frutas ou concentrados à base de suco de fruta, que contêm ainda mais carboidratos.

Uma vez que a hidratação é muito importante para a pele, a recomendação é se hidratar com água. Para quem tem dificuldade de tomar água pura, vale a pena dar uma chance às águas saborizadas.

3. Alimentos fritos em altas temperaturas

Fritar alimentos em temperaturas muito altas provoca a liberação de determinados compostos que geram uma certa degradação de colágeno e elastina da pele. 

A elastina também é uma proteína produzida pelo organismo e a sua principal função é permitir que os tecidos do corpo se estiquem e encolham de volta. 

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Para evitar a fritura, você pode optar por preparar os seus alimentos assados ou no aparelho de AirFryer. Saiba mais sobre os perigos da fritura.

4. Carnes processadas, defumadas e curadas

Na lista das carnes processadas entram: mortadela, salame, linguiça e outras com nitrato e nitrito, que servem para dar uma conservação maior a esses produtos, e também são ricas em sódio, que causa inchaço.

Devido à sua composição, esses alimentos são considerados pró-inflamatórios e a degradação do colágeno também já foi associada a eles. 

Para quem gosta dessas carnes, uma saída mais saudável é recorrer a uma mortadela caseira ou a uma linguiça caseira.

5. Bebida alcoólica

A bebida alcoólica é desidratante, ou seja, ela retira muita água da pele, deixando-a mais flácida e mais murcha. Além disso, por ser inflamatório, o álcool desencadeia um processo de degradação de colágeno.

6. Exposição ao sol sem proteção adequada

É importante passar filtro solar no rosto todos os dias. A radiação ultravioleta do sol pode causar muitos problemas para a pele, entre eles, a destruição do colágeno e da elastina. 

7. Dormir mal

As pessoas que dormem pouco têm uma tendência maior de apresentar uma pele com menos colágeno. O sono induz a produção de colágeno e enquanto uma pessoa dorme, a sua pele se repara e renova.

Sem uma quantidade suficiente de sono, o processo de reparação se torna mais lento e a produção de colágeno e elastina não trabalha na sua capacidade total. Portanto, a privação do sono pode resultar em uma diminuição da produção de colágeno.

O nome “sono da beleza” não é à toa”. Recomenda-se dormir pelo menos sete horas por noite e ter um sono de boa qualidade todas as noites. Com informações da Harvard T.H. Chan School of Public Health, da Cleveland Clinic e da Professional Beauty UK.

Fontes e referências adicionais

Você já conhecia esses inimigos do colágeno? Algum deles faz parte da sua rotina? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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