Monócitos altos ou baixos demais – O que é, e o que fazer

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Monócitos altos ou baixos demais podem indicar problemas de saúde e é importante monitorá-los com frequência para manter a saúde em dia.

Sempre que pegamos o resultado de um exame de sangue, nos deparamos com termos e valores que podem nos confundir. E hoje vamos falar de um desses termos: os monócitos.

Monócitos altos ou baixos demais podem indicar problemas de saúde, e por isso é importante monitorá-los sempre que for fazer um check-up.

Então, vamos entender com detalhes o que são os monócitos, o que significam as alterações e o que fazer para evitá-las.

O que são os monócitos?

O monócito é um dos cinco tipos de leucócitos presentes em nosso sangue. Os outros quatro são:

  • Basófilos;
  • Eosinófilos;
  • Linfócitos;
  • Neutrófilos.

Cada um deles tem uma função específica na defesa do corpo contra a invasão de micro-organismos, e são extremamente importantes para a nossa imunidade.

Os monócitos são produzidos pela medula óssea, e liberados no sangue.

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Mas, quando é necessário, eles saem dos vasos sanguíneos e vão até locais onde há alguma infecção. Quando isso acontece, eles sofrem algumas modificações e passam a se chamar macrófagos.

Valores de referência

Os valores de referência considerados normais para os monócitos podem variar de acordo com os padrões do laboratório que realizou o teste, mas normalmente fica entre 200 a 800 monócitos por microlitro de sangue, o que representa algo entre 2 a 10% dos glóbulos brancos, ou leucócitos.

Monócitos altos demais

O aumento do número de monócitos no sangue, que chamamos de monocitose, pode ser um sinal de que algo não vai bem.

Alguns problemas de saúde podem causar esse aumento, como:

  • Tuberculose;
  • Alguns tipos de câncer, como leucemias e linfomas;
  • Infecções bacterianas e fúngicas;
  • Endocardite, que é uma infecção no coração;
  • Infecções por protozoários;
  • Doenças autoimunes, como a artrite reumatoide.

Mas a monocitose sozinha não é diagnóstico para nenhum desses problemas. Por isso, é importante a avaliação de um médico, que poderá pedir outros exames, caso necessário.

Sintomas de monócitos altos

Como o aumento do número de monócitos no sangue pode ser causado por vários problemas de saúde diferentes, não há como definir quais são os sintomas específicos dessa elevação.

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Riscos de monócitos altos

Uma quantidade alta de monócitos por si só não traz riscos para a saúde. O que deve causar preocupação é a causa dessa elevação, pois isso quer dizer que o corpo está lutando contra alguma infecção, inflamação crônica ou algum outro tipo de problema de saúde.

Monócitos baixos demais

Baixos níveis de monócitos, ou seja, menos de 200 monócitos por microlitro de sangue, são conhecidos como monocitopenia.

As condições associadas ao nível baixo de monócitos são:

  • Deficiência de vitamina B12;
  • Tratamento de quimioterapia ou radioterapia;
  • Problemas na medula óssea;
  • Alguns tipos de leucemia;
  • Terapia com corticoides.

Sintomas

A contagem baixa de monócitos, assim como no caso oposto, não causa sintomas específicos, uma vez que pode ser consequência de uma grande variedade de doenças.

Riscos de monócitos baixos

Uma quantidade muito baixa de monócitos pode indicar que a pessoa está com algum problema imunológico, o que levaria a um maior risco de desenvolver infecções.

O que fazer?

Antes de qualquer coisa, é preciso que um médico avalie os resultados do exame, assim como a presença ou não de sintomas.

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E apenas a partir disso, será possível determinar se há uma doença que precisa ser tratada ou se a alteração de monócitos é apenas temporária, causada por alguma condição como a gravidez ou devido a infecções e inflamações passageiras como resfriados.

Reduzindo os níveis de monócitos

Como o aumento do número de monócitos muitas vezes é causado por algum tipo de inflamação, o consumo de alguns alimentos que tenham algum efeito anti-inflamatório pode ajudar a resolver ou prevenir o problema.

Alguns desses alimentos são:

  • Alho;
  • Azeite de oliva;
  • Vegetais folhosos;
  • Frutas e verduras ricas em antioxidantes;
  • Nozes;
  • Castanhas;
  • Sementes.

De forma geral, em casos de níveis altos de monócitos, recomenda-se o consumo de alimentos ricos em omega-3. Talvez até por isso a adoção da dieta mediterrânea seja uma ótima opção para proteger o organismo de inflamações.

Outra forma de melhorar a contagem de monócitos é adotar um estilo de vida mais saudável, e incluir a prática regular de exercícios na rotina, e perder peso se houver sobrepeso.

Considerações finais

Alterações nos monócitos podem indicar diversos problemas de saúde, mas nem sempre ela vem acompanhadas de sintomas.

Então, é importante lembrar de, sempre que for necessário, realizar um hemograma completo, para que possíveis alterações sejam detectadas e diagnosticadas o quanto antes.

Fontes e Referências Adicionais

Você já foi diagnosticado com monócitos altos ou baixos demais? Quais foram as recomendações do seu médico? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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7 comentários em “Monócitos altos ou baixos demais – O que é, e o que fazer”

  1. Meu emograma deu alterações nos segmentados 39,00
    Monócitos 10,10
    Oque será
    Tsh ultra sensível 0,01 microUI/mL
    T4 Quimioluminescência 15,3 /mcg dL
    T3 total Quimioluminescência 1,38 mcg/dl

    Responder
  2. Meu filho tem 4 anos, eosinófilos dele está 5% o valor de referência do laboratório é de 1%-5%.
    Os monócitos estão em 12% / 1008/ul. e o valor de referência é de 1%-6% / 40-950ul.

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  3. Boa tarde fiz alguns exames de rotina no qual são.

    *Creatinina 0,97
    *Colesterol tolal 243
    *Triglicérides 118
    *Glicemia 92
    *Ácido úrico 5,3
    *PSA 0,70
    *Uréia 43 ( no limite )
    *Urina rotina ( normal)

    Minha preocupação é que no hemograma o monocitos está em 12 e a referência máxima é 10
    Monocitose.
    Estou com medo de estar doente.

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  4. Olá Boa tarde eu fiz um hemograma completo no dia 14/7/20 e o meu Monocitos deu 1% eu ainda vou ao médico levar o resultado desse exame, posso depois falar aqui quais foram as recomendações do médico

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  5. Boa tarde excelente artigo, mas queria realizar uma pergunta na minha ultima analise tinha as analises todas bem excepto o colestrol e os monocitos com 12% acima dos 10% devo ficar preocupado? Obrigado pelo esclarecimento

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