Vinho, carne ou coca zero: o que tem mais chance de causar câncer, segundo a OMS?

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A classificação de alimentos como possivelmente cancerígenos pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC, sigla em inglês), órgão vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), desperta dúvidas.

Por exemplo, com que frequência os alimentos comuns do dia a dia são incluídos nessa categoria? Além disso, surge o questionamento a respeito de quais comidas e bebidas possuem maior ou menor potencial de causar câncer.

Classificação da IARC

A IARC utiliza uma escala que divide os agentes analisados em quatro grupos:

  • 1A: comprovadamente cancerígenos
  • 2A: provavelmente cancerígenos
  • 2B: possivelmente cancerígenos
  • 3: sem relação comprovada com a doença

Apesar de a avaliação não abranger apenas alimentos, são eles que costumam receber maior atenção por parte dos consumidores. 

É necessário enfatizar que o fato de ser incluído em algum desses grupos não implica que a quantidade que as pessoas normalmente consomem desses alimentos causará câncer, mas sim que a substância apresenta potencial para isso.

Entretanto, é essencial que a população esteja consciente dos possíveis perigos ao consumir esses alimentos, especialmente em quantidades excessivas.

A seguir, apresentamos uma lista de alimentos populares que foram analisados na escala da OMS, desde os comprovadamente cancerígenos até aqueles que apresentam apenas a possibilidade de serem causadores de câncer.

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Grupo 1 – Cancerígenos

Nesse grupo, encontram-se os alimentos com evidências científicas altas quanto ao potencial de causar câncer, tanto em animais quanto em seres humanos.

Bebidas alcoólicas, como vinho, cerveja e gin 

Uísque sendo derramado no copo.
Não é de hoje que ouvimos falar sobre os perigos das bebidas alcoólicas

A OMS afirma que não há uma dose máxima segura para o consumo de bebidas alcoólicas, pois todas as quantidades oferecem riscos. Toda bebida alcoólica é considerada cancerígena e estima-se que 4% dos casos diagnosticados anualmente de câncer sejam atribuíveis ao álcool.

Carnes processadas, como salaminho, presunto e bacon 

Esses alimentos, que passam por processo químico para alteração de sabor ou aumento do tempo de conservação, também são considerados cancerígenos. A lista de produtos que fazem parte do grupo inclui, por exemplo:

Noz de areca 

Há mais de 10 anos, a especiaria que é comum na Ásia e costuma ser mastigada, é considerada cancerígena, devido à sua associação comprovada com casos de câncer de boca.

Grupo 2A – Provavelmente cancerígenos

Há evidências consistentes entre os alimentos que integram essa categoria e o desenvolvimento de câncer em animais, entretanto, essas evidências ainda são limitadas no que se refere aos seres humanos. 

Porém, os mecanismos observados sugerem uma alta probabilidade de que eles consigam causar tumores em pessoas, razão pela qual são considerados “provavelmente cancerígenos”. Alguns exemplos incluem:

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Carne vermelha

De acordo com a análise da IARC, há estudos que relacionam o consumo de carne vermelha, de forma geral, ao câncer colorretal, em especial. Embora esse seja um alimento benéfico para a saúde, o consumo excessivo deve ser evitado.

Bebidas quentes 

Desde 2018, a agência considera bebidas com temperatura acima de 65 °C como um fator que provavelmente pode levar ao câncer de esôfago.

Frituras 

Não é um alimento em si que é prejudicial, mas o processo de fritura. As emissões liberadas ao fritar foram associadas a um aumento do risco de câncer de pulmão.

Grupo 2B – Possivelmente cancerígenos

Esse é o nível mais baixo da classificação relacionada ao câncer. Os agentes são incluídos nessa categoria quando existem evidências, mas elas são consideradas limitadas tanto em animais quanto em seres humanos. Alguns exemplos são:

Aspartame 

Este é um adoçante artificial amplamente utilizado em refrigerantes sem açúcar. Ele foi incluído nessa categoria após três estudos sugerirem um aumento do risco de câncer de fígado. 

No entanto, esses estudos foram considerados insuficientes para que a OMS modificasse o limite de ingestão diária considerada segura, estabelecido em até 40 mg por kg de peso corporal diariamente.

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Extrato de aloe vera (babosa) 

Um estudo apontou que ratos que consumiram água enriquecida com a planta apresentaram maior risco de desenvolver câncer de intestino grosso, no entanto, não há evidências sólidas em relação aos humanos.

Legumes em conserva 

Essa avaliação voltou-se especificamente para o preparo desse tipo de alimento em países asiáticos, como China, Coreia do Sul e Japão.

Embora não tenham sido identificadas evidências consistentes em seres humanos, conforme a IARC, um único estudo mostrou que extratos de vegetais em conserva do norte da China induziram a transformação morfológica de células embrionárias de hamster sírio em cultura.

Por esse motivo, a agência classificou esses alimentos como possivelmente causadores de câncer. As informações são de O Globo.

Você consome algum dos alimentos ou bebidas citados com frequência? Comente abaixo!

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