Remédios que atrapalham seu rendimento nos exercícios e você não sabia

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Se você está planejando iniciar uma rotina de treinos para emagrecer ou ganhar massa muscular certamente já sabe que precisa pensar em uma série de coisas antes de começar: o tipo de exercício que vai fazer, a academia onde vai treinar, o horário dos seus treinos, a dieta adequada para acompanhar o treinamento, entre outros aspectos.

No entanto, toda essa preparação ainda precisa incluir uma consulta médica. Não apenas para checar se você está apto a fazer a atividade física que deseja, mas também para conversar com o médico sobre os remédios que está tomando.

Isso porque alguns medicamentos podem interferir nos treinos. Entretanto, isso não significa deixar de usar o remédio, o que pode ser bem perigoso, especialmente quando o medicamento trata uma condição mais séria, nem abandonar a ideia de começar a se exercitar.

É tudo uma questão de fazer adaptações, para que tanto o remédio quanto os treinos possam fazer parte da rotina, sem que um atrapalhe o outro. 

Por exemplo, isso pode incluir ajustar horários para evitar treinar sob o efeito do remédio ou mudar o tipo de exercício, conforme as reações que o medicamento pode trazer. Ficar atento aos sinais que o próprio corpo dá durante o tratamento também é importante para saber identificar quando é seguro treinar ou não. Porém, tudo isso precisa sempre ser orientado pelo médico.

Além de consultar o médico, é fundamental conversar com o educador físico responsável por instruir o treinamento e avisá-lo a respeito dos medicamentos que está usando, para que ele esteja ciente e atento ao seu caso.

Passando mal durante treino
Combinar certos remédios com a prática de exercícios não é uma boa ideia

Vamos ver isso com mais detalhes na lista a seguir, que apresenta alguns remédios que podem interferir nos exercícios.

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Estatinas

Estatinas como sinvastatina, atorvastatina e rosuvastatina são medicamentos indicados para reduzir o colesterol. Elas não diminuem a performance, resistência ou força de maneira consistente, mas os seus efeitos colaterais podem incluir a dor muscular.

A boa notícia é que é esperado que a dor muscular melhore depois de algumas semanas tomando a estatina de acordo com a prescrição médica. 

Para quem enfrenta esse efeito colateral, o conselho da doutora em farmácia HaVy Ngo-Hamilton é não se deixar desanimar quanto aos exercícios, mas modificar o seu treino, com o objetivo de diminuir a pressão nos músculos. 

Diuréticos

Eles são usados para tratar a pressão alta e a insuficiência cardíaca. Há diferentes tipos de diuréticos e o médico escolhe o medicamento a ser usado conforme a condição que precisa tratar.

Alguns exemplos são: tiazida, diuréticos de alça e diuréticos poupadores de potássio. Esses medicamentos ajudam o corpo na remoção de fluido (líquido) e a diminuir a pressão nos vasos sanguíneos, mas também podem aumentar o risco de desidratação.

Quem usa um diurético deve ficar atento aos sintomas da desidratação e beber muita água ao longo de todo o dia, antes, durante e após os exercícios, para evitar a desidratação no treino.

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Remédios para a pressão alta

O grupo dos remédios para a pressão alta inclui os bloqueadores de canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) e bloqueadores de receptores da angiotensina (BRA).

Segundo Ngo-Hamilton, quem toma um medicamento para pressão alta precisa ficar de olho nos sintomas de pressão baixa que podem surgir após o treino, como tontura ou sensação de desmaio.

Algumas pessoas usam tanto um remédio para pressão arterial quanto um diurético, que também pode diminuir a pressão. Assim, também é importante que elas se mantenham bem hidratadas para prevenir quedas e lesões, avisou a doutora em farmácia.

Ela ainda recomenda ter cuidado ao sair da posição deitada ou sentada para a posição em pé, pois pode haver uma queda drástica na pressão arterial ao mudar de posição, causando vertigem.

Quem tem diabetes

Medicamentos como metoprolol, atenolol e carvedilol exigem um cuidado a mais por parte dos pacientes diabéticos porque além de diminuir a pressão arterial, eles também podem mascarar os sintomas do baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia).

A sudorese é o único sintoma que esses remédios não mascaram, mas suar é algo normal durante um exercício, portanto, um caso de baixo açúcar no sangue durante uma sessão de treinos pode passar batido e causar consequências graves, alertou Ngo-Hamilton.

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Sedativos e remédios para alergia

Os sedativos podem causar sonolência e sensação de estar grogue, o que pode diminuir os níveis de energia de quem vai se exercitar. 

Alguns remédios para alergia também são famosos por dar sono e, assim como certos medicamentos para dormir, eles podem fazer o paciente se sentir lento e descoordenado.

Uma vez que acidentes e quedas podem acontecer devido a uma coordenação prejudicada e a uma reação mais lenta, é bem perigoso treinar sob o efeito desses medicamentos.

Estimulantes

Especialmente os estimulantes usados para tratar o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), como adderall e ritalina, podem aumentar o ritmo cardíaco e de respiração.

Assim, para o médico emergencista Robert Glatter, é aconselhável tomar esses remédios depois do treino, não antes.

Além disso, a doutora em farmácia HaVy Ngo-Hamilton afirmou que os estimulantes podem mascarar a fadiga induzida pelo exercício, tornando mais difícil para o praticante identificar quando chegou ao seu limite. Ela disse ainda que os estimulantes podem causar tremores nas mãos e deixar o paciente irritado e ansioso. As informações são do Healthline.

Fontes e referências adicionais

Você toma algum desses remédios? Imaginava que eles poderiam afetar os exercícios? Comente abaixo!

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