Exame de sangue: beber muita água afeta o resultado? E beber muito pouco?

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Ao fazer uma consulta médica de check-up é bem comum que o profissional de saúde solicite exames de sangue para entender melhor como anda a saúde do seu paciente. 

Através desses testes, o médico consegue avaliar se o nível de glicose no sangue está alto ou baixo, além de outros fatores importantes relacionados à saúde, como colesterol, triglicerídeos, plaquetas e vitaminas.

Já quando se trata da preparação necessária para a realização de exames de sangue, muitas pessoas logo pensam na necessidade de fazer jejum. 

Há algum tempo, o jejum para a coleta da amostra de sangue era recomendado para a maioria dos exames, porém avanços tecnológicos e técnicos possibilitaram que a maioria dos exames pudesse ser realizada sem a necessidade do jejum.

Exame de sangue
É importante consultar o médico para saber se é necessário o jejum para o exame

No entanto, a maioria não é o mesmo que todos e para alguns exames, o jejum ainda pode ser necessário. Por exemplo, para a glicemia, a sugestão é um jejum de oito a 10 horas. Há ainda o caso do lipidograma, perfil lipídico, colesterol e frações, em que o jejum não é obrigatório, mas em alguns casos, os médicos indicam um jejum de 12 horas.

Assim, quando um médico pedir um exame de sangue, é importante perguntar a ele e/ou ao laboratório responsável se é necessário fazer jejum antes da coleta de sangue, por quanto tempo e seguir direitinho as recomendações passadas pelos responsáveis.

Beber muita ou pouca água afeta o resultado do exame?

Quando se fala sobre jejum para exames de sangue é normal que venha uma pergunta à mente: “Será que pode tomar água”? 

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A resposta é: sim. Jejuar antes de um exame de sangue significa que o paciente não deve comer ou beber nada além de água antes da coleta sanguínea para o teste em questão.

A ingestão de água não é um problema para os exames que exigem jejum, desde que se trate da água pura, e feita sem exageros. Isto é, apenas a água mesmo, sem que nenhum ingrediente seja adicionado ao líquido, e em quantidade suficiente para matar a sede.

Beber água
Recomenda-se ingerir uma quantidade de água que seja suficiente para saciar a sede

Não é necessário ficar com sede por várias horas, pois beber água em uma quantidade adequada não altera os resultados dos exames de sangue. Inclusive, a ingestão de água hidrata o organismo e faz com que as veias sejam puncionadas com maior facilidade para a coleta de sangue. 

Consumir água ao longo do jejum preparatório para um exame de sangue ainda é importante para que o organismo se mantenha hidratado. A hidratação não é necessária apenas por uma questão de saúde, mas também porque é um fator que pode afetar a contagem de triglicerídeos.

Segundo o Tuggeranong Square Medical Practice, empresa de saúde da Austrália, a desidratação aumenta o risco de que sejam produzidas leituras artificialmente altas de níveis de triglicerídeos.

Entretanto, recomenda-se ingerir uma quantidade de água que seja suficiente para saciar a sede e não consumir a água em excesso, pois isso sim pode causar interferência nos exames de sangue e urina.

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Para saber direitinho a quantidade de água que você deve tomar antes de fazer um exame de sangue, quer ele exija um jejum preparatório, quer não, converse com o seu médico e/ou com o laboratório responsável, pois isso pode variar conforme o exame a ser feito e as suas condições individuais de saúde.

Você tinha dúvida se beber muita água alterava o exame de sangue? Costumava não beber água antes do exame por conta disso? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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