Exame de ureia – Para que serve e quando fazer

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Você sabe o que é o exame de ureia? Sabe se ele é feito com o sangue ou com a urina? Veja para que serve e quando fazer esse exame.

É possível medir a ureia através de um exame de sangue de rotina e também por meio de uma amostra de urina. No entanto, a forma mais comum de fazer um exame de ureia é com uma amostra de sangue.

A saber, o teste de ureia mede a quantidade de nitrogênio da ureia presente no sangue. É normal ter um resíduo de ureia no sangue, mas é preciso ficar atento a níveis altos que podem indicar um mau funcionamento dos rins ou do fígado.

Sendo assim, entenda para que serve o exame de ureia e quando fazer.

Para que serve o exame de ureia

amostra de sangue

A quantidade de ureia no sangue ajuda a saber se os rins e o fígado estão fazendo bem o seu trabalho.

Toda vez que ingerimos alguma fonte de proteínas, o nosso fígado metaboliza esse alimento e acaba produzindo nitrogênio da ureia no processo. Essa ureia fica no sangue e chega até os rins, onde é filtrada e eliminada pela urina.

Porém, se houver qualquer falha nesse processo, pode sobrar muita ureia no sangue e isso não é bom para a saúde. Na realidade, o excesso de ureia no sangue (ou uremia) é tóxico para o organismo.

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Dessa forma, além de confirmar ou descartar o diagnóstico de uremia, o exame de ureia serve para avaliar a função dos rins e do fígado e descobrir por que o corpo está acumulando ureia.

Dependendo do laboratório, os níveis normais de ureia no sangue em adultos podem variar de 13 a 43 mg/dL.

Assim, níveis acima do limite podem indicar problemas de saúde como:

  • Obstrução no trato urinário;
  • Insuficiência renal;
  • Sangramento gastrointestinal;
  • Excesso de proteínas na dieta;
  • Desidratação;
  • Doença renal;
  • Problemas hepáticos.

Por outro lado, a ureia baixa pode indicar:

  • Falta de proteínas na alimentação;
  • Hidratação excessiva;
  • Desnutrição;
  • Problemas no fígado;
  • Gravidez.

Quando fazer o exame de ureia no sangue

Existem alguns motivos que podem levar o seu médico a pedir um exame de ureia, como por exemplo:

  • Check-up de rotina;
  • Acompanhamento de um problema renal já detectado;
  • Monitoramento de um problema no fígado;
  • Avaliação dos níveis de ureia antes de iniciar um tratamento medicamentoso para fins de comparação.

Além disso, o exame de ureia é feito quando a pessoa apresenta sintomas que sugerem algum problema no fígado ou nos rins, como:

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  • Dor para urinar;
  • Fluxo de urina alterado;
  • Sangue na urina;
  • Inchaço no corpo como resultado da retenção de líquidos;
  • Cansaço;
  • Dor no meio das costas.

Para ajudar no diagnóstico, o médico também pode solicitar um exame de creatinina, além de outros testes. Os exames complementares ajudam a encontrar a origem do problema.

Na maioria dos casos, mudanças significativas no nível de ureia no sangue indicam problemas com a função renal.

Mas às vezes a variação não quer dizer que você tem um problema de saúde. Por exemplo, uma alteração pouco significativa nos níveis de ureia pode apenas significar que você bebeu muita água no dia da coleta da amostra de sangue.

Por isso, é sempre importante consultar um bom médico para interpretar seus resultados e indicar se você precisa ou não de tratamento.

Fontes e Referências Adicionais

Você já fez um exame de ureia para avaliar a sua função renal? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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