Trombose cerebral (coágulo de sangue no cérebro): o que é, sintomas, causas e tratamento

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A trombose cerebral é uma condição perigosa que pode atingir qualquer pessoa. Ela acontece quando um coágulo de sangue entope uma das artérias que levam sangue ao cérebro, impedindo a passagem de sangue e prejudicando as células cerebrais que precisam de oxigênio e nutrientes para funcionar corretamente.

A condição pode provocar complicações graves como dificuldades na fala, cegueira e paralisia. Além disso, a trombose cerebral pode levar à morte se não for tratada a tempo.

Por isso, é fundamental estar atento aos sintomas da trombose cerebral, embora eles nem sempre sejam claros. O sinal mais comum é uma dor de cabeça muito intensa, constante e persistente.

Se você suspeitar que está sofrendo de trombose cerebral, é importante ir ao hospital imediatamente. Lá, o médico fará o diagnóstico e iniciará o tratamento adequado, que pode envolver medicamentos para aliviar os sintomas e dissolver o coágulo.

Para evitar a trombose cerebral, você pode adotar um estilo de vida mais saudável. Isso inclui fazer exercícios regularmente, manter uma alimentação equilibrada e não fumar. 

Você já sabia o que é trombose cerebral? Veja abaixo mais detalhes sobre os sintomas, causas e tratamentos. 

Sintomas da trombose cerebral

Dor de cabeça forte
A dor de cabeça forte e súbita é um dos principais sintomas da trombose cerebral

É importante estar atento aos sintomas mais comuns da trombose cerebral, que podem incluir: 

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  • Dor de cabeça súbita, intensa constante e persistente
  • Fraqueza muscular, especialmente em um lado do corpo 
  • Dificuldade para falar e dificuldade de compreensão
  • Boca torta
  • Formigamento ou paralisia de um lado do corpo 
  • Problemas de visão, como visão dupla ou perda de visão em um olho 
  • Convulsões 
  • Náusea e vômito
  • Tontura e perda do equilíbrio (veja aqui mais sobre tonturas e o que fazer)
  • Papiledema, em que ocorre um inchaço anormal no nervo óptico
  • Consciência alterada

Por outro lado, os sintomas menos comuns da trombose cerebral incluem: 

  • Confusão 
  • Alterações de comportamento 
  • Problemas de audição 
  • Alterações no paladar ou no olfato.

Se você suspeitar que está sofrendo de trombose cerebral, é essencial buscar ajuda médica imediatamente, pois o tempo é crucial para minimizar os danos e aumentar as chances de recuperação. 

Mesmo que os sintomas possam variar, tenha em mente que essa condição é grave e pode levar a danos cerebrais permanentes ou até mesmo à morte.

Diagnóstico

Você sabia que o diagnóstico da trombose cerebral envolve uma série de exames? Além de avaliar os sintomas do paciente, o médico pode solicitar exames de imagem, como uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada do cérebro, para confirmar o diagnóstico e visualizar a presença de coágulos sanguíneos e possíveis danos cerebrais.

Além disso, o médico pode pedir um eletrocardiograma (ECG) para detectar anormalidades no ritmo cardíaco que possam estar relacionadas à trombose cerebral.

Outros exames, como hemograma, coagulograma e dosagem de D-dímero, também podem ser solicitados para avaliar a coagulação sanguínea e sinais de trombose.

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É importante lembrar que o diagnóstico deve ser feito por um clínico geral ou neurologista, que irá avaliar os sintomas e pedir os exames necessários. 

Caso o diagnóstico seja confirmado, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para minimizar os danos cerebrais e prevenir a recorrência da trombose.

Possíveis causas da trombose cerebral

A trombose cerebral pode ter diversas causas, como a formação de coágulos sanguíneos que se deslocam para as artérias cerebrais, aterosclerose, lesões na cabeça, infecções, inflamações e doenças autoimunes que afetam o sistema vascular, como a trombofilia.

Além disso, existem diversos fatores de risco, como:

  • Histórico familiar
  • Obesidade (veja aqui a diferença entre sobrepeso e obesidade)
  • Tabagismo 
  • Sedentarismo 
  • Hipertensão 
  • Diabetes
  • Níveis elevados de colesterol no sangue 
  • Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas 
  • Uso de anticoncepcionais orais 
  • Gravidez 
  • Desidratação (conheça 7 sintomas de desidratação e como evitar)
  • Uso de drogas 
  • Realização de punção lombar 
  • Procedimentos neurocirúrgicos
  • Doença cardíaca congênita (a pessoa nasceu com a condição) ou adquirida (a pessoa desenvolveu o problema ao longo da vida)
  • Câncer
  • Infecções, como a COVID-19
  • Anemias falciforme e hemolítica crônica
  • Deficiências de proteínas e ferro
  • Trauma cranioencefálico ou lesão

É importante destacar que você pode estar em risco se tiver diabetes não tratada, histórico familiar de doenças cardíacas, AVC ou se for uma mulher no puerpério

Se você apresenta um ou mais fatores de risco associados à trombose cerebral, lembre-se que é importante procurar um médico para fazer exames capazes de detectar possíveis problemas de saúde e tomar medidas preventivas.

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Como tratar a trombose cerebral

Quando o diagnóstico de trombose cerebral é confirmado, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para minimizar os danos cerebrais e prevenir a recorrência da trombose.

O tratamento pode variar conforme a gravidade do caso e os fatores que geraram a trombose cerebral. Normalmente, ele envolve o uso de medicamentos anticoagulantes para dissolver o coágulo que está entupindo a artéria do cérebro, ajudar a prevenir a formação de novos coágulos sanguíneos e reduzir o risco de embolia pulmonar.

Após o tratamento, pode ser necessário ficar internado entre quatro a sete dias para ser feita a observação constante do estado de saúde. Isso ocorre porque durante este período, existe maior chance de sofrer uma hemorragia interna ou ter uma nova trombose cerebral.

Em casos mais graves, pode ser necessário realizar uma cirurgia para remover o coágulo sanguíneo que está obstruindo o fluxo sanguíneo no cérebro. O procedimento é conhecido como trombectomia mecânica e é realizado por um neurocirurgião.

Além disso, a equipe médica pode prescrever medicamentos para controlar a pressão arterial e reduzir a inflamação, bem como para prevenir convulsões e aliviar dores de cabeça.

Embora a trombose cerebral possa levar a sequelas, ela tem cura, especialmente quando o tratamento é iniciado na primeira hora após o surgimento dos sintomas. 

Possíveis sequelas

Memória
Problemas de cognição e memória são sequelas comuns da condição

A trombose cerebral é uma condição grave que pode levar a diferentes tipos de sequelas. Quando um coágulo sanguíneo bloqueia o fluxo de sangue no cérebro, isso pode causar danos cerebrais permanentes. As sequelas variam conforme a região do cérebro afetada e a gravidade do caso.

As sequelas mais comuns incluem:

  • Dificuldades de fala e comunicação: A trombose cerebral pode afetar a região do cérebro responsável pela linguagem, o que pode levar a dificuldades de comunicação, como fala arrastada, dificuldade para encontrar as palavras corretas ou até mesmo perda total da fala.
  • Problemas de memória e cognitivos: O bloqueio do fluxo sanguíneo no cérebro também pode causar problemas de memória e cognitivos, como dificuldade para lembrar de informações recentes, perda de concentração e dificuldade para tomar decisões.
  • Paralisia e fraqueza muscular: Em casos mais graves, a trombose cerebral pode levar à paralisia e fraqueza muscular, afetando a capacidade de movimentar e controlar os membros.
  • Problemas visuais: A trombose cerebral também pode afetar a visão, causando visão turva, perda de visão parcial ou total.

É importante lembrar que nem todos os pacientes que sofrem de trombose cerebral apresentam sequelas. 

Fontes e referências adicionais

Você sabia que a trombose cerebral é uma condição grave? Quais das sequelas da trombose cerebral mais chamaram a sua atenção? Você ou alguém que você conhece já teve trombose cerebral? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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