Um vídeo que apresenta uma técnica de remoção do umbigo ganhou repercussão entre perfis do Twitter no início do mês.
No entanto, é importante ressaltar que essa técnica não possui embasamento científico e apresenta sérios riscos à saúde, podendo até levar à morte, segundo alertou o cirurgião plástico Alexandre Kataoka ao Viva Bem UOL.
No vídeo, a pessoa segura a parte do umbigo que foi retirada e a exibe como uma maneira de deixar a tatuagem plana no abdômen.
O alerta do cirurgião plástico
O especialista explicou que a intervenção parece ser realizada em cima do umbigo, retirando a cicatriz umbilical e fechando com os pontos. Ele completou que se trata de algo que não dá para entender, pois há a troca do umbigo por uma cicatriz.
O cirurgião plástico enfatizou que intervenções desse tipo, realizadas com fins estéticos, não são aconselháveis, pois expõem a pessoa a riscos desnecessários, além de resultarem em uma cicatriz visível.
Kataoka afirmou ainda que qualquer procedimento médico deve ser benéfico para o paciente, mas advertiu que essa técnica em particular só traz riscos.
Os riscos
A lista de riscos associados a um procedimento de retirada do umbigo inclui:
- Necroses (morte do tecido da região)
- Dificuldades de cicatrização, que podem resultar em inflamações e infecções
- Infecções, que podem evoluir para quadros generalizados e até morte
- Perfuração do intestino, principalmente em pessoas com hérnias na área
A importância e função do umbigo
É importante ressaltar que o vídeo não menciona o nome do tatuador responsável, nem se a intervenção foi realizada por ele ou por um cirurgião especializado.
Para compreender a importância do umbigo, é necessário entender que a sua função prática se encerra logo após o nascimento. Depois disso, ele se transforma apenas em uma cicatriz.
A partir daí, o umbigo não tem nenhuma função fisiológica, sendo apenas uma característica estética e anatômica, conforme esclareceu Alexandre Kataoka.
Entretanto, durante a gestação, o umbigo tem a função de conectar o feto à mãe, viabilizando que o bebê seja nutrido e receba anticorpos, além de ter o seu sangue oxigenado, entre outras coisas que permitem que o neném sobreviva no útero.
Após o nascimento, o cordão umbilical é cortado a uma pequena distância da barriga do bebê, formando o coto umbilical.
À medida que a criança cresce, o coto é coberto pela pele do abdômen, formando o umbigo que conhecemos. É importante destacar que o formato final do umbigo pode variar de pessoa para pessoa. As informações são do VivaBem UOL.