Existem alguns problemas de saúde que, além do incômodo físico, causam certo constrangimento e fazem com que a pessoa busque remédios caseiros para resolver a situação, como é o caso da coceira nas partes íntimas.
Entretanto, apesar do receio que muita gente tem de procurar a orientação de um profissional, é importante ter em mente que, às vezes, a coceira nas partes íntimas pode ser um sintoma de algo que requeira um tratamento específico.
Por isso, a seguir vamos conhecer os principais remédios caseiros para a coceira nas partes íntimas, além de entender quando é a hora de procurar o auxílio de um médico.
Veja também: Coceira na vagina: causas e tratamento
Principais causas da coceira nas partes íntimas
A coceira nas partes íntimas não é um problema por si só, mas sim um sintoma de algum distúrbio de saúde.
Desta forma, podemos citar alguns problemas mais comuns que causam esse desconforto. São eles:
- Infecções por bactérias, como no caso da vaginose bacteriana
- Infecções fúngicas, sendo a mais comum a candidíase
- Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
- Alergias e irritações, em geral a sabonetes ou a produtos usados para lavar as roupas
- Desequilíbrio da microbiota genital
Assim, devido à variedade de causas, a coceira nas partes íntimas é um problema que atinge um grande número de pessoas, e muitas vezes vem associada a outros sintomas, como veremos mais abaixo.
Outros possíveis sintomas
Além da coceira, os problemas citados acima podem causar outros sintomas bastante incômodos. Os mais comuns são:
- Vermelhidão local
- Corrimento
- Inchaço nas partes íntimas
- Presença de corrimento ou secreção
- Dor e ardência ao urinar
- Desconforto durante as relações sexuais
Esses sintomas vão depender do agente causador da coceira, e também da sensibilidade de cada pessoa.
6 remédios caseiros para coceira nas partes íntimas
Agora que já conhecemos as principais causas da coceira nas partes íntimas, bem como outros sintomas que podem estar associados a isso, vamos conhecer os 6 principais tratamentos caseiros para o problema:
1. Banho de assento
O banho de assento é uma técnica antiga usada para aliviar sintomas que atingem a região íntima e o ânus, seja de mulheres ou de homens.
Nessa técnica, a pessoa deve colocar água morna em uma bacia limpa, juntamente com outros ingredientes com propriedades benéficas, como:
- Camomila, que possui propriedades calmantes e ajuda a melhorar a irritação local
- Vinagre, um antisséptico natural. Mas é importante usá-lo em pequenas quantidades, para não irritar ainda mais a região. Assim, o que é comumente orientado por profissionais de saúde é colocar uma colher de sopa por litro de água
- Bicarbonato de sódio, uma substância que ajuda a equilibrar o pH vaginal
Veja também: 7 opções de banhos de assento para candidíase
2. Iogurte natural
O iogurte natural é um alimento probiótico repleto de lactobacilos, que são bactérias benéficas para o nosso organismo.
Esses bacilos ajudam a manter a flora vaginal e intestinal equilibradas, e assim impede a proliferação de fungos e bactérias nocivos.
Desta forma, o iogurte natural pode ser usado de duas maneiras:
- Ingerido, seja puro ou com outros alimentos
- Tópico, na área externa da vagina
Mas, é importante que o iogurte seja realmente natural e sem aditivos ou conservantes.
3. Óleo de coco
O óleo de coco em uso tópico na pele é indicado por muitos especialistas para evitar tanto o ressecamento da mucosa quanto para evitar a proliferação de fungos.
No entanto, é importantíssimo se atentar à procedência do óleo, bem como à pureza do mesmo, já que conservantes e outros aditivos podem causar irritação da pele e da mucosa.
4. Alimentos que melhoram o sistema imune
Incluir na dieta alimentos que podem melhorar o sistema imunológico é uma forma de prevenir e mesmo acelerar a cura de algumas doenças que possam causar a coceira nas partes íntimas.
Alguns exemplos são:
- Alho, de preferência cru
- Alimentos probióticos, como iogurte e kefir
- Chá de gengibre
- Chá verde ou preto
Mas, como dito antes, esses alimentos devem ser ingeridos, e não colocados em contato com a mucosa vaginal.
5. Beber bastante água
Manter uma boa hidratação ajuda a expulsar as bactérias presentes na uretra, contribuindo assim para a prevenção de alguns problemas de saúde, como a infecção urinária.
Além disso, a água ajuda a diluir mais a urina, o que evita a irritação da mucosa íntima da mulher.
6. Usar roupas íntimas de algodão
Por fim, usar roupas íntimas de algodão é algo recomendado por praticamente todos os médicos, em especial ginecologistas.
Essas recomendações se devem ao fato de os tecidos sintéticos, diferentemente do algodão, impedirem a respiração da pele e das mucosas, além de deixarem a região mais úmida.
Assim, ao usar calcinha de algodão, a proliferação de bactérias e fungos é diminuída, e a mucosa se torna mais saudável.
Quando procurar um médico?
Apesar de ser um problema comum, a coceira nas partes íntimas deve sempre ser investigada por um médico.
Desta forma, o profissional poderá realizar os exames necessários para identificar as causas do problema, e assim prescrever o melhor tratamento possível.
Além disso, o médico pode também orientar quanto a algumas formas de prevenção da coceira nas partes íntimas. Algumas delas são:
- Usar roupas íntimas de algodão
- Dar preferência a sabonetes neutros e sem fragrâncias fortes
- Evitar o uso de calças jeans por períodos muito longos de tempo
- Beber bastante água
- Urinar após as relações sexuais
- Manter uma alimentação balanceada
Fontes e referências adicionais
- Candidíase vaginal recorrente: manejo clínico, Revista FEMINA
- Linha de cuidado saúde da mulher: protocolo de enfermagem vulvovaginites, Secretaria de Saúde de Joinville
- La microbiota vaginal: composición, papel protector, patología asociada y perspectivas terapéuticas, Enfermedades Infecciosas y Microbiología Clínica
Fontes e referências adicionais
- Candidíase vaginal recorrente: manejo clínico, Revista FEMINA
- Linha de cuidado saúde da mulher: protocolo de enfermagem vulvovaginites, Secretaria de Saúde de Joinville
- La microbiota vaginal: composición, papel protector, patología asociada y perspectivas terapéuticas, Enfermedades Infecciosas y Microbiología Clínica