Mãe se prepara por 14 anos para doar rim para o filho

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A analista de sistemas Célia Gil, de 53 anos, teve a sua vida virada de cabeça para baixo em 2009, quando recebeu a notícia de que seu filho, então com 26 anos, havia sido diagnosticado com doença renal crônica.

A condição o levaria a precisar de um transplante renal no futuro. A chance de ser a doadora do filho, mesmo sem saber quando o transplante seria necessário, fez Célia embarcar em uma jornada de autocuidado para preservar os seus próprios órgãos.

Mudança de hábitos para uma vida saudável 

Daniel e Célia
Foto Célia Gil/ Imagem cedida ao Metrópoles

Passarem-se 14 anos até que o seu filho, Daniel Gil, atualmente com 41 anos, precisasse do transplante. Nesse meio tempo, Célia mudou os seus hábitos de vida porque sabia que teria que estar muito bem para ser a doadora. Ela, que saía bastante, passou a sair bem menos e a evitar bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos.

Em casa, a alimentação começou a contar com menos sal. Carne vermelha e refrigerantes se tornaram raros, ao passo que mais legumes, verduras e sucos naturais foram incluídos no cardápio familiar. Essas mudanças não beneficiaram apenas Célia: elas resultaram em boas taxas de saúde para todos.

Ao longo desses 14 anos, a mulher frequentemente perguntava aos médicos se poderia ser a doadora de rim para o seu filho, mas eles explicavam que a resposta só poderia ser dada quando ele realmente precisasse do transplante.

O agravamento de um quadro como o do filho de Célia é lento e os médicos recomendaram não fazer exames para verificar a compatibilidade renal antes do momento apropriado. Afinal, devido à idade, havia o risco de Célia desenvolver doenças que a impediriam de ser uma doadora.

Diagnóstico de Daniel

Daniel
Foto: Célia Gil/ Imagem cedida ao Metrópoles

O diagnóstico da doença renal crônica de Daniel ocorreu em 2009, quando ele tinha 26 anos. A causa exata do seu diagnóstico nunca foi revelada, mas ele descobriu a doença devido a uma crise de sinusite, quando procurou um hospital. Ao ter a sua pressão arterial aferida, verificou-se que ela estava muito alta, em torno de 20 por 17.

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O filho de Célia foi imediatamente medicado, mas os médicos não conseguiram chegar a um diagnóstico associado ao sistema circulatório.

Após uma série de exames realizados nos três meses seguintes, foi constatado que os seus rins funcionavam em uma capacidade inferior a 50% e Daniel recebeu o diagnóstico de doença renal crônica em nível dois.

A doença renal crônica

A doença renal crônica é caracterizada por um funcionamento renal abaixo da taxa adequada ao longo de uma período superior a 90 dias, conforme explicou ao Metrópoles o nefrologista Pedro Mendes, médico do Hospital Brasília, responsável pelo transplante. As causas mais comuns são pressão alta e a diabetes descontroladas.

Já os tratamentos para doença renal crônica visam retardar a evolução da doença, que é irreversível e de caráter progressivo.

Transplante renal 

Após seguir um tratamento conservador durante 14 anos, que incluía uma dieta rigorosa e medicamentos para o controle da hipertensão arterial, Daniel finalmente se submeteu a um transplante de rim em maio de 2023.

A mãe, o irmão mais novo e a esposa de Daniel entraram na fila de possíveis doadores, mas Célia foi a doadora mais compatível. Pouco mais de um mês após o transplante, a mãe já seguia uma vida normal, mas mantendo os hábitos de saúde. Além disso, ela terá que fazer um acompanhamento médico mais detalhado do órgão no mínimo uma vez por ano.

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Daniel, que é advogado, também está se recuperando bem e já fala em retornar ao trabalho, entretanto, ainda precisa de uma rotina cautelosa, já que não deixou de ser um paciente renal crônico.

Doação de rim em uma idade mais avançada

Célia
Foto: Célia Gil/ Imagem cedida ao Metrópoles

É importante ressaltar que, na maior parte dos casos, a idade não é um impedimento para a doação de órgãos. Isto é, desde que o doador esteja em bom estado de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, em geral, aceita-se a realização do transplante renal até os 75 anos. 

O transplante renal é uma cirurgia segura e muito criteriosa, apontou o médico do Hospital Brasília Pedro Mendes, que disse ainda que o doador vive muito bem e promove um grande impacto na vida da outra pessoa. As informações são do Metrópoles.

Prevenção

Para prevenir doenças renais, é essencial adotar um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada, evitar o uso de medicamentos sem prescrição médica, não fumar e limitar o consumo de álcool. Beber bastante água ao longo do dia também é fundamental, garantindo que o corpo esteja sempre bem hidratado.

Você conhece algum caso como o de Célia e Daniel? Já sabia o que é a doença renal crônica? Comente abaixo!

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