Herpes-zóster: “Fiquei sem dormir, sem comer e quase enlouqueci de dor”

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A aposentada Rita Christina Marinho, de 62 anos, vinha sofrendo com dor e bolhas na região das costas e do seio, quando se lembrou de uma propaganda sobre a vacina para herpes-zóster e suspeitou que estava com a doença.

Rita, que é moradora de Itu, em São Paulo, procurou auxílio médico, mas mesmo seguindo o tratamento correto, ainda sofre com dor crônica decorrente da condição.

O surgimento das bolhas e o desconforto

Sintomas de herpes-zóster
Imagem: Arquivo pessoal

Em 2021, um ano após o isolamento devido à pandemia do coronavírus, a aposentada saiu pela primeira vez para jantar na casa de um primo. 

Lá, começou a sentir um incômodo grande na região das costas, perto de onde se fecha o sutiã. A dor foi piorando com o passar dos dias e bolhas avermelhadas nas costas e nos seios.

A confirmação do diagnóstico e a busca por tratamento 

Rita disse que, inicialmente, atribuiu o desconforto a algum esforço físico que pudesse ter feito, mas lembrou-se de ter visto uma propaganda da vacina contra o herpes-zóster com imagens semelhantes às bolhas que estavam em sua pele.

Em consulta com a dermatologista e após o exame clínico, a aposentada recebeu o diagnóstico, que confirmou que ela estava com a doença. 

A médica indicou um tratamento com antiviral e remédio para dor, mas a aposentada continuou a sentir desconforto. Uma semana depois, ela decidiu consultar um neurologista, porém o tratamento recomendado por ele também não adiantou.

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O agravamento dos sintomas e impacto na vida diária

Nas semanas seguintes, o quadro se agravou, pois as bolhas aumentaram e algumas estouraram. Rita começou a sentir muita coceira e a sua pele ardia durante o banho. 

Ela relatou que em alguns dias, se assemelhava a um zumbi, pois passou várias noites sem dormir, sem comer e sentia que estava à beira da loucura devido à tanta dor. 

Como a paciente já estava acamada, precisou de atendimento domiciliar. O médico que a atendeu foi a sua salvação, conforme a própria Rita descreveu. Ele aumentou a dose de alguns medicamentos e substituiu outros. 

O profissional ainda explicou que a doença é contagiosa e orientou como tratar as feridas, recomendando a lavagem com sabonete líquido, secagem com uma fralda de pano fina e aplicação de uma pomada quatro vezes ao dia.

Melhora e desafios contínuos

Rita, óculos de sol, tomando alguma bebida, se divertindo.
Imagem: Arquivo pessoal

Depois de um mês e meio, as bolhas diminuíram e a aposentada foi melhorando gradativamente. Por orientação médica, um ano após a doença, ela tomou a vacina contra o herpes-zóster. 

No entanto, a doença impactou o seu dia a dia.. Ela sente dores ao realizar atividades diárias como cozinhar, cuidar do jardim, fazer a limpeza da casa e estender roupas no varal.

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A condição ainda dificulta o uso prolongado de sutiã, pois causa dor e coceira na região afetada. Ficar sem a peça também é incômodo, já que os seus seios são grandes e lhe causam desconforto. 

Além disso, a doença afetou até mesmo a prática de seus hobbies, como o crochê e o tricô. Segundo Rita, antes da doença, ela passava o dia fazendo essas atividades, mas agora consegue praticá-las por, no máximo, uma hora.

O problema se agrava quando o clima está frio ou quando a aposentada faz esforço físico. Ela afirmou que às vezes passa um mês bem, mas em alguns períodos sente coceira, dor e “choquinhos” diariamente.

Rita também aconselhou as pessoas a partir de 50 anos a se vacinarem. Ela considera que o “preço” que paga atualmente é muito maior do que o valor da vacina que viu na propaganda anos atrás, uma vez que vai além da condição financeira, envolvendo a sua saúde e qualidade de vida.

Herpes-zóster

O herpes-zóster, popularmente conhecido como cobreiro, é uma doença infecciosa provocada pelo vírus da catapora (varicela-zóster).  

Quando nos contaminamos com a catapora, normalmente na infância, conservamos esse vírus “adormecido” em nosso corpo. 

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No momento em que surge uma oportunidade, como uma queda na imunidade ocasionada pelo avanço da idade, o uso de medicamentos, o estresse ou alguma outra doença, o vírus é reativado e causa um novo problema: o herpes-zóster.

Contágio e risco para diferentes grupos 

Essa doença é contagiosa para aqueles que nunca tiveram catapora e não foram vacinados. Por outro lado, aqueles que já tiveram catapora e receberam a vacina, a doença não é contagiosa, inclusive se houver contato com as lesões na pele de uma pessoa infectada.

No entanto, aqueles que já tiveram catapora no passado, mas não foram vacinados, têm uma quantidade maior de vírus adormecido no organismo e, consequentemente, maior probabilidade de desenvolver o herpes-zóster.

As feridas que se formam na pele do infectado estão repletas de vesículas (bolhas que contêm líquido) que carregam uma grande quantidade do vírus. A transmissão ocorre pelo contato direto com essas lesões.

Em casos de herpes-zóster em pacientes com imunidade muito baixa e quadro cutâneo disseminado, a transmissão pode ocorrer por meio das gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir ou espirrar.

Sintomas e complicações 

Os principais sintomas são a dor intensa e as feridas preenchidas com líquido. O vírus é neurotrópico, o que significa que tem muita afinidade por terminações nervosas. Assim, ele segue o percurso do nervo e o compromete, provocando grande dor.

A condição pode manifestar-se em qualquer trajeto nervoso. Um deles é o peito, enquanto outras formas incluem o herpes facial e oftalmológico. Além disso, pode resultar em sequelas físicas, como dor crônica, paralisia facial e sequelas neurológicas e oftalmológicas, como perda de visão e/ou audição.

A melhor forma de prevenção é por meio da vacinação, recomendada para adultos com 50 anos ou mais, mas está disponível somente na rede particular. As informações são do VivaBem UOL.

O que você achou do caso de Rita Christina? Você já conhecia a doença? Convive com alguém que tem herpes-zóster? Comente abaixo! 

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