Dor pélvica: 8 possíveis causas e como tratar

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A pelve, popularmente mais conhecida como bacia, é uma estrutura óssea complexa que constitui a porção inferior do tronco, onde ocorre a fixação dos membros inferiores. 

Consequentemente, a dor pélvica é sentida na parte inferior do abdômen, e costuma ser um sinal de problemas no sistema urinário, intestinal, ginecológicos ou relacionados à gravidez.

A dor pélvica pode ser aguda, ocorrendo de maneira súbita e não durando muitos dias, ou crônica, uma dor que progride lentamente e pode durar mais de 6 meses. Pode também ocorrer em relação a alguma atividade específica, sendo sentida quando a pessoa se exercita fisicamente, urina ou tem relações sexuais.

Por ser uma dor recorrentemente, relacionada ao sistema reprodutor feminino, costuma ser mais presente nas mulheres, porém também pode ocorrer em homens, estando nestes casos mais relacionada a problemas intestinais ou na próstata.

Uma vez que a dor pélvica pode ser causada por diferentes segmentos do organismo, o mais indicado é que se procure um clínico geral, que irá analisar o quadro com a ajuda de alguns possíveis exames diagnósticos, como exames de urina, tomografias e ultrassons, e indicar o profissional específico mais indicado para o caso.

Dependendo da causa da dor pélvica, os tratamentos mais comuns costumam envolver sessões de fisioterapia e/ou a administração de medicamentos com ação analgésica, anti-inflamatória ou antibióticos em casos de infecções bacterianas.

Algumas das possíveis causas mais comuns de dor pélvica são:

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1. Apendicite

Apendicite
Uma cirurgia pode ser necessária para tratar a apendicite

A apendicite consiste na inflamação do apêndice, um pequeno órgão localizado na primeira porção do intestino grosso. 

Não há um consenso sobre o que este órgão faz, com alguns especialistas dizendo que ele funciona como um depósitos de bactérias que possuem um papel na digestão, outros alegando que possui um papel para o sistema imunológico e ainda outros indicando que o órgão não possui nenhuma função, sendo apenas um resquício da evolução humana em nosso organismo.

A dor pélvica relacionada à apendicite costuma ocorrer em volta do umbigo e ser mais focada no lado direito da região pélvica, e pode vir acompanhada de náusea, inchaços na região, febre e uma redução do apetite. O tratamento pode incluir antibióticos e a remoção cirúrgica do apêndice. 

2. Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)

As ISTs são infecções que podem ser transmitidas a partir do contato sexual, e que costumam atingir os órgãos do sistema reprodutor masculino e feminino.

Devido a localização dos órgãos que podem ser afetados, é possível que as ISTs tragam dores para a região pélvica, além de outros sintomas como coceiras na região íntima, corrimentos com cheiros mais fortes que o habitual, dor ao urinar e feridas na genitália. 

Caso haja suspeita de IST, é necessário procurar ajuda com um urologista ou ginecologista, que analisará de qual infecção se trata e recomendará o tratamento mais apropriado para a melhora do quadro clínico. Muitas ISTs são tratadas com o uso de antibióticos, porém alguns casos, como HIV e herpes, precisam de cuidados mais específicos.

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3. Hérnia inguinal

Uma outra possível causa de dores na região pélvica são hérnias inguinais, pequenas protusões intestinais ou de outros órgãos abdominais que causam fortes dores na região.

Este tipo de hérnia é mais comum em pessoas que se encontram acima do peso ou que realizaram alguma cirurgia na região do abdômen. 

Após o diagnóstico com um clínico geral, o tratamento costuma incluir, com certa frequência, a intervenção cirúrgica para a reparação da hérnia e alívio das dores.

4. Infecção urinária

Infecção urinária
A dor pélvica geralmente afeta quem tem uma infecção urinária

Possivelmente a causa mais comum de dores pélvicas, a infecção urinária ocorre quando algum patógeno causa uma infecção em algum órgão do sistema urinário, como na uretra, na bexiga ou nos rins.

A dor pélvica nestes casos costuma ocorrer como uma sensação de peso na região da bexiga, e pode vir acompanhada de desconfortos como dores ou sensações de queimação na hora de urinar. Pode também causar febre e algumas alterações na urina, como uma coloração mais escura ou odores mais fortes.

O tratamento de infecções urinárias costuma ser realizado com o uso de antibióticos indicados por um médico urologista, além de ser recomendado beber bastante água durante o tratamento.

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5. Constipação ou síndrome do intestino irritável

Tanto a constipação como a síndrome do intestino irritável (SII), mesmo que causadas por fatores diferentes, podem levar a dores intestinais na região pélvica.

A constipação, ou intestino preso, costuma ser resolvida com algumas mudanças na alimentação, aumentando o consumo de fibras na dieta com cereais integrais e frutas e ingerindo pelo menos dois litros de água no dia a dia. 

Já a síndrome do intestino irritável é classificada como um distúrbio intestinal que causa a irritação do órgão. Sua causa ainda não é conhecida, mas pode ser diagnosticada com a ajuda de clínicos gerais ou gastroenterologistas a partir da observação dos sintomas, que podem incluir dor pélvica, inchaço, constipação e diarréia.

O tratamento da síndrome do intestino irritável costuma incluir algumas mudanças na dieta e, em alguns casos, a administração de medicamentos.

6. Diverticulite

A diverticulite é a infecção dos divertículos do cólon, pequenas bolsas que se formam com o passar dos anos nas paredes da parte central do intestino grosso. 

Estas bolsas podem surgir naturalmente devido ao avanço da idade ou por hábitos como o tabagismo, o sedentarismo ou dietas com baixo teor de fibras, de forma que é estimado que 7 a cada 10 pessoas após os 70 anos de idade já possuam divertículos. 

Os divertículos podem ocorrer também em outras porções do intestino, porém na grande maioria das vezes se formam apenas na região do cólon.

 A infecção dos divertículos ocorre principalmente devido a manutenção de hábitos como a própria prisão de ventre e pelo avanço natural da idade.

A diverticulite costuma causar dor na porção esquerda da região pélvica, e pode ser acompanhada de constipação, diarreia, febre e perda de apetite. O tratamento é realizado com a ajuda de gastroenterologistas e consiste basicamente na administração de antibióticos e antiinflamatórios e em possíveis alterações na dieta e estilo de vida.

7. Prostatite

A prostatite é o inchaço da próstata, uma glândula do sistema genital masculino localizada abaixo da bexiga e responsável pela produção do líquido seminal.

A prostatite pode ocorrer devido a infecções e lesões na própria glândula, ou como resultado de algum distúrbio no sistema imunológico masculino. Os sintomas incluem principalmente dores na região pélvica ou genitais e dificuldade de urinar.

A prostatite pode se curar sozinha, mas em casos de infecção bacteriana é necessária a administração de antibióticos, que podem ser prescritos por um médico urologista, após a análise diagnóstica. 

8. Endometriose

Endometriose
Ao desconfiar que tem endometriose, a mulher deve procurar um ginecologista

A endometriose é é uma condição na qual as células da mucosa que reveste o útero, o endométrio, ao invés de descamarem e serem expelidas durante a menstruação, se movimentam de maneira oposta, podendo chegar até os ovários ou na região abdominal, onde voltam a se multiplicar e a sangrar.

Os principais sintomas são dores na região pélvica e um aumento do fluxo menstrual. O diagnóstico e tratamento devem ser realizados com a ajuda de um médico ginecologista.

A melhora do quadro pode ocorrer com o uso de medicamentos em casos mais leves, ou com intervenções hormonais ou cirúrgicas nos casos mais graves.

Fontes e referências adicionais

Você já sofreu com a dor pélvica? Descobriu a causa do problema? Comente abaixo!

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