Como o sol faz mal para os seus cabelos e o que você pode fazer

Você provavelmente já se cansou de ouvir a respeito dos efeitos do sol na pele e da necessidade de passar – e reaplicar! – protetor solar todos os dias. Mas, sabia que o sol também pode fazer mal para os seus cabelos?

Segundo a dermatologista Wilma Bergfeld, se as madeixas sofrerem uma exposição prolongada ao sol, os raios ultravioleta A e B (UVA e UVB) poderão danificar a cobertura externa dos fios de cabelo, chamada cutícula.

Cabelos ressecados, quebradiços e com frizz

Dependendo do seu tipo de cabelo, abusar do uso do secador de cabelo pode causar danos significativos aos fios. Da mesma forma, os raios de sol também podem trazer esses problemas.

Se você perceber que os seus cabelos estão começando a ficar mais secos, com mais frizz ou quebradiços, isso pode ser um sinal de que eles estão danificados. Muito calor e ressecamento também podem causar mais quebras e pontas duplas nos cabelos com o passar do tempo.

“O cabelo danificado tem uma aparência e sensação de ressecado, é incontrolável e não segura um cacho ou estilização”, descreveu a dermatologista Wilma Bergfeld.

Mudança na cor do cabelo e grisalho precoce

Após passar férias na praia, você percebeu que os seus fios estavam um pouquinho mais claros? Mesmo sem um tratamento de coloração, o cabelo pode mudar de cor devido ao sol.

Embora não pareça tão ruim, isso também pode ser um sinal de que os seus cabelos estão apanhando do sol.

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“Os raios de sol agem muito como os descolorantes. Os descolorantes reagem com a melanina nos cabelos e removem a cor por meio de uma reação química irreversível. Os descolorantes também danificam a cutícula e a proteína do cabelo, chamada queratina”, explicou Bergfeld.

Além disso, o dano extensivo do calor vindo do sol pode acelerar o processo de aparecimento dos cabelos grisalhos.

Alguns cabelos sofrem mais que outros?

Os seus cabelos podem ser particularmente vulneráveis aos danos solares caso sejam finos ou tenham cor clara.

A dermatologista Wilma Bergfeld esclareceu que isso está associado à falta de espessura ou pigmento que pode proteger os cabelos dos raios do sol.

“Cabelos mais escuros e mais grossos geralmente são mais oleosos. A sua espessura, coloração mais escura e óleo de cobertura ajudam a protegê-los. Os seus cabelos também são mais frágeis e mais propensos ao dano solar se você tiver cabelos finos, lisos ou firmemente enrolados”, completou.

Chapinhas quentes ou bobes, água de piscinas com cloro ou o clareamento dos cabelos também podem torná-los mais vulneráveis aos estresses do calor e do sol. Tudo isso pode causar danos à queratina, que uma vez danificada, permite que o sol e o calor penetrem com mais facilidade nos cabelos, o que resulta em um fio mais frágil.

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Moça com chapéu — Os cabelos também precisam ser protegidos do sol

Então, o que fazer?

De acordo com Bergfeld, uma opção é recorrer a um produto com fator de proteção solar (FPS) voltado para proteger os cabelos dos perigosos raios solares.

Um protetor solar capilar age formando uma barreira protetora na superfície dos cabelos, que ajuda a blindá-los dos danos dos raios ultravioleta (UV). Os ingredientes ativos de um protetor solar capilar geralmente incluem substâncias do tipo filtros UV, que atuam absorvendo ou refletindo a radiação UV.

Mas, um protetor solar capilar age de um jeito diferente do que o protetor solar que se passa na pele. Como os cabelos são feitos tecnicamente de células da pele mortas, eles não têm as mesmas reações ao dano solar que a pele apresenta e, portanto, exigem uma abordagem diferente.

Assim, o protetor solar capilar se foca em proteger a cutícula ao criar uma espécie de amortecedor entre ela e os raios solares. Entretanto, o protetor solar capilar não atua na prevenção do dano celular como os produtos convencionais com FPS fazem.

O couro cabeludo

O couro cabeludo exige uma proteção mais forte contra o sol. Uma queimadura solar no couro cabeludo pode não parecer algo comum, mas a parte de cima da cabeça é uma das regiões do corpo mais suscetíveis à queimadura solar.

Além disso, como essa é a última área do corpo em que pensamos ao longo do dia, é importante mantê-la protegida. Como a região do couro cabeludo é parte da pele, recomenda-se passar um produto convencional com FPS (uma loção ou spray), que realmente previna o dano celular vindo dos raios UV.

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Se você já estiver passando um protetor solar capilar, você também pode aplicá-lo no couro cabeludo. Porém, a lição aqui é que você não pode confiar apenas nele para proteger o seu couro cabeludo.

Inclusive, existem sprays e balms específicos que podem ser usados para proteger o couro cabeludo, mas deixam os cabelos menos oleosos. Outra opção são os protetores solares minerais ou em pó.

Outras formas de proteção

Além de usar o protetor solar nos cabelos e no couro cabeludo, você deve:

Cobrir os cabelos com um lenço ou echarpe, usar um chapéu de aba larga ou uma sombrinha.
Sair de manhãzinha ou no final do dia, para evitar o sol das 10h às 16h. Antes das 10h e após às 16h há menor radiação UVB, que é conhecida por causar queimaduras e ser fator de risco para o câncer de pele.
Ao nadar em uma piscina com cloro, use uma touca para natação. Se o cabelo molhar, use água pura para retirar a água da piscina dos seus fios, de preferência lavando-os bem com shampoo e condicionador de boa qualidade.

As informações são da Cleveland Clinic e da Veja.