Clonidina: indicações, efeitos colaterais e contraindicações

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O cloridrato de clonidina é um medicamento que serve para reduzir a pressão arterial, portanto, é indicado para tratamentos de hipertensão. Ela age promovendo o relaxamento e dilatação dos vasos sanguíneos para facilitar o fluxo de sangue, assim, diminuindo a pressão arterial.

Esse medicamento também é utilizado para aliviar sintomas de hiperatividade, impulsividade e falta de atenção de pessoas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Ela pode ser encontrada com os nomes comerciais Atensina e Clonidin, na forma de comprimidos ou como solução para aplicação transdérmica. Seus efeitos adversos incluem sonolência, boca seca, fadiga, tontura, constipação e falta de apetite.

Diversos medicamentos podem apresentar interações com a clonidina, atrapalhando sua eficácia ou intensificando os efeitos colaterais. É importante que você converse com seu médico sobre o uso de qualquer outro medicamento enquanto estiver em tratamento com a clonidina.

Para que serve?

Pressão alta
A pressão alta é a principal indicação da clonidina

Esse fármaco é indicado para controlar a hipertensão, portanto, ele não promove a cura da hipertensão, mas inibe seus sintomas.

Ele também possui diversos usos clínicos, apesar de seus efeitos ainda serem pouco detalhados, para condições como TDAH, síndrome de abstinência de opioides neonatais, ansiedade, transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) e síndrome de Tourette. 

Além disso, pode ter efeito analgésico em casos de dor intensa devido a um quadro de câncer.

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Como tomar?

O uso da clonidina deve ser feito apenas com prescrição médica. É importante fazer uso conforme a orientação médica e instruções da bula. 

Geralmente, o comprimido de clonidina deve ser ingerido em duas doses, de manhã e de noite. Os comprimidos devem ser tomados inteiros, logo, não devem ser mastigados, partidos ou triturados. 

Já a sua forma de administração transdérmica é mais indicada para casos de tratamentos para dores intensas relacionadas ao câncer e, geralmente, são aplicadas por profissionais de saúde.

Efeitos colaterais

Os efeitos adversos, normalmente, são leves e diminuem no decorrer do tratamento. Alguns efeitos colaterais comuns da clonidina incluem:

  • Sonolência.
  • Prisão de ventre.
  • Cansaço.
  • Insônia.
  • Boca seca.
  • Falta de apetite.
  • Hipotensão.
  • Dor de cabeça.
  • Tontura.
  • Mudanças de humor.

Contraindicações e principais cuidados ao usar clonidina

Clonidina
Reprodução: via Boeringer Ingelheim

O tratamento com a clonidina não deve ser interrompido repentinamente, pois pode causar sintomas de abstinência ou piorar o quadro clínico de hipertensão. A piora da hipertensão é acompanhada de sintomas mais agudos, como tremores no corpo, dor de cabeça, palpitação cardíaca e tontura.

Deve-se evitar dirigir carros e operar máquinas de risco enquanto estiver sentindo muitos efeitos colaterais com esse medicamento. Também deve ser evitado o consumo de álcool, pois pode intensificar os efeitos adversos.

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Interações medicamentosas

Além da sua interação com o álcool, os efeitos da clonidina podem ser intensificados se ela for combinada com:

  • Benzodiazepínicos. 
  • Betabloqueadores.
  • Diuréticos.
  • Acetofenazina, um antipsicótico.
  • Antidepressivos.
  • Opioides.
  • Outros medicamentos anti-hipertensivos.
  • Almotriptano, usado para tratamento de enxaqueca.
  • Alossetrona, indicada para tratamento da síndrome do intestino irritável.

Esses são apenas alguns dos medicamentos que podem ter interação medicamentosa com a clonidina. É recomendado que você consulte seu médico sobre o uso de qualquer outro medicamento enquanto está em tratamento com a clonidina.

Leia também: 8 melhores remédios caseiros para pressão alta.

Fontes e referências adicionais

Você já precisou tomar a clonidina durante algum tratamento? Como foram os resultados com o medicamento? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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