A barriga de grávida é o sinal visual mais evidente e aguardado da gestação para muitas mulheres.
Ela começa a aparecer entre a 12ª e a 16ª semanas de gestação, entre o umbigo e o osso do púbis, quando o crescimento do útero extrapola os limites ósseos da região pélvica. É por isso que a gestante sente dor no “pé da barriga” logo no início da gravidez.
Assim, é a partir do terceiro ou quarto mês, que a barriga de grávida aparece e começa a crescer gradativamente, para acomodar o bebê em desenvolvimento.
Veja como é a barriga de grávida no início da gestação e nas multíparas. Veja também quais fatores influenciam no tamanho da barriga e quando isso deve ser motivo de preocupação.
Barriga de grávida no início da gestação
Mesmo quando a barriga de grávida ainda não é evidente aos olhos de outras pessoas, a mulher que ainda não sabe que está gestante pode sentir que sua barriga está mais inchada abaixo do umbigo. Uma das maneiras que muitas mulheres notam esse inchaço é com o jeans ficando mais apertado na região da pelve.
Isso acontece porque o endométrio, que deveria ter sido eliminado na menstruação, fica retido no útero, aumentando o volume na região pélvica. Inclusive, o atraso menstrual é o primeiro sinal de uma gravidez.
O aumento da barriga no início da gravidez, especialmente nas primeiras 8 semanas, ocorre por causa da ação dos hormônios e da retenção de líquido, não refletindo o aumento do útero ou do bebê, visto que ainda são muito pequenos para fazer aparecer a barriga de grávida.
Quando pensamos em barriga de grávida, logo vem à mente aquela barriga grande e dura. Mas no início, é comum que a barriga de grávida seja mais mole, por conta da retenção de líquido causada pelo aumento do volume sanguíneo no corpo da mãe, que ocorre para suprir a demanda do bebê em crescimento.
Barriga de grávida das multíparas
No caso das mães que já passaram por uma gestação, as multíparas, a barriga de grávida pode ou não ser maior, dependendo de como está a musculatura do abdômen. Se ela estiver um pouco mais frouxa, por conta da gestação anterior, é possível que a barriga fique maior na próxima gestação.
Existe outro fator biológico que influencia no tamanho da barriga de grávida das mães que já tiveram outras gestações, que é a flacidez da musculatura uterina e pélvica. Quando a musculatura está mais frouxa, as fibras se esticam com mais facilidade, podendo resultar em uma barriga de grávida aparentemente maior.
Todas essas mudanças ocorrem, por causa das mudanças hormonais que ocorrem no corpo da mulher. Veja quais são essas mudanças e os sintomas que elas causam.
Tamanho da barriga de grávida: fatores que influenciam
Além da questão muscular, outros fatores determinam o tamanho da barriga de grávida e o tempo em que ela aparece, por exemplo:
- Tempo de gravidez.
- Gravidez de gêmeos ou múltiplos.
- Tamanho do bebê.
- Quantidade de líquido amniótico, que preenche a bolsa e envolve o bebê em desenvolvimento.
- Quantidade de gordura na região abdominal da mãe.
Mulheres com maior acúmulo de gordura na região abdominal podem ficar com a barriga de grávida aparentemente maior, porque o crescimento do útero empurra o tecido adiposo (gordura), deixando-o mais proeminente.
Mulheres com lordose acentuada, podem ter maior projeção da barriga para frente, fazendo-a parecer maior, quando comparada com a barriga de mulheres que não têm hiperlordose.
O crescimento máximo da barriga acima do umbigo ocorre apenas no 8º mês de gravidez. O volume da barriga de grávida começa a diminuir no 9º mês de gestação, por causa do menor volume de líquido amniótico na placenta. É nesse momento que ocorre o encaixe do bebê na pelve, preparando-o para o nascimento.
Além da barriga de grávida, o corpo da mulher passa por outras transformações, gerando uma variedade de sintomas:
- Sensação de que os seios estão inchados e formigando. Por causa do inchaço, eles também podem ficar mais sensíveis ou doloridos.
- Sensação de que há grumos nos seios, por conta do aumento dos ductos mamários.
- Mudança na cor das aréolas dos seios, a parte circular ao redor do bico.
- Formação de uma linha no umbigo, que se estende até o osso do púbis.
- Mudança no aspecto do cabelo, que pode ficar mais quebradiço e seco.
- Fadiga e sono.
- Náuseas e vômitos.
- Sensibilidade a cheiros.
- Pressão baixa.
- Prisão de ventre.
- Urinar com mais frequência.
- Aumento da temperatura corporal.
Quando se preocupar com o tamanho da barriga de grávida
Tudo na gravidez é novo, mesmo que a mulher já tenha ficado grávida outras vezes. Por isso, é comum haver a preocupação quando a barriga de grávida é maior ou menor do que o esperado, comparada com uma gravidez anterior, ou com a barriga de outras gestantes.
É por isso que, além do tamanho da barriga (medida da altura uterina), o médico ou a médica ginecologista avalia o peso do bebê com uma ultrassonografia.
Um menor tamanho da barriga de grávida pode indicar que o feto está pequeno para sua idade gestacional ou apenas evidencia que a gestante não tem muita gordura acumulada na região abdominal.
Já o contrário, ou seja, uma altura uterina maior do que o esperado, pode indicar um excesso de líquido amniótico, gravidez gemelar, presença de miomas, diabetes gestacional ou excesso de gordura na região abdominal, que acaba contribuindo para o aumento do tamanho da barriga de grávida.
Cada gravidez é única, por isso é tão importante ter o acompanhamento de um médico ou médica em quem você confie, para poder tirar todas as suas dúvidas quanto ao tamanho da sua barriga e a outras questões da maternidade.
Fontes e referências adicionais
- Curva da altura uterina por idade gestacional em gestantes de baixo risco, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2006; 28(1): 3-9.
- Predição da restrição do crescimento fetal pela medida da altura uterina, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2004; 26(5): 383-389.
- A altura uterina é capaz de diagnosticar os desvios do volume de líquido amniótico?, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2013; 35(2): 49-54.
Fontes e referências adicionais
- Curva da altura uterina por idade gestacional em gestantes de baixo risco, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2006; 28(1): 3-9.
- Predição da restrição do crescimento fetal pela medida da altura uterina, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2004; 26(5): 383-389.
- A altura uterina é capaz de diagnosticar os desvios do volume de líquido amniótico?, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2013; 35(2): 49-54.