3 xícaras de café por dia ajudam a queimar gordura e reduzir o risco de diabetes, mostra estudo

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Muito se discute a respeito dos benefícios e dos malefícios da cafeína e mais um estudo chegou para agregar a essa discussão. A pesquisa foi publicada em 14 de março no BMJ Medicine e sugeriu que a cafeína pode ajudar a reduzir o risco de diabetes do tipo 2, possivelmente devido ao efeito da substância no peso e gordura corporal.

Estudos anteriores já tinham indicado que o consumo moderado de café está associado a um risco menor de diabetes do tipo 2 e doença cardiovascular. Além disso, um estudo associou a ingestão de cafeína a uma redução na gordura corporal, ao passo que o excesso de peso é um fator de risco para a diabetes.

Mulher com café
O café faz parte da rotina diária de muitos brasileiros

No entanto, esses estudos não foram projetados para separar os potenciais efeitos da cafeína dos efeitos dos antioxidantes que também estão presentes em bebidas que contêm cafeína, como café, chá verde e chá preto.

Para compensar essa limitação, os autores do estudo que saiu no BMJ Medicine recorreram a um método genético chamado randomização mendeliana, como forma de examinar o impacto dos níveis sanguíneos de cafeína na gordura corporal e no risco de diabetes do tipo 2.

Como isso foi feito?

Para a randomização mendeliana, os pesquisadores se focaram em duas variantes genéticas comuns de dois genes associados à velocidade na qual o corpo metaboliza a cafeína ingerida.

As pessoas que possuem as variantes genéticas associadas a um metabolismo mais lento da cafeína consomem menos café, em média. Entretanto, eles possuem níveis mais altos de cafeína no sangue, em comparação àquelas que metabolizam a cafeína mais rapidamente.

No estudo, os pesquisadores examinaram dados genéticos e outros dados de aproximadamente 10 mil pessoas com ascendência predominantemente europeia, que participaram de seis estudos de longo prazo.

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A partir dessa análise, os cientistas identificaram que as pessoas geneticamente predispostas a ter taxas altas de cafeína no sangue tinham maior propensão de ter um nível mais baixo de Índice de Massa Corporal (IMC) e gordura corporal.

Além disso, elas apresentaram um risco menor de ter diabetes do tipo 2. Os pesquisadores estimaram que cerca de metade do risco reduzido de diabetes era devido a um IMC mais baixo.

Estudo tem limitações

Uma das limitações do estudo é que a maioria dos dados incluídos na análise são de pessoas com ascendência europeia. Assim, os resultados podem não ser aplicáveis a outros grupos de pessoas.

Além disso, os pesquisadores avaliaram apenas duas variantes genéticas associadas ao metabolismo do café. Mas, outras variantes também podem moldar o risco de diabetes do tipo 2 de uma pessoa em relação à sua ingestão de cafeína.

Ainda é muito cedo para prescrever cafeína

A médica de medicina interna e diretora médica do Medical Offices of Manhattan em Nova Iorque, Denise Pate, apontou que os pesquisadores não analisaram especificamente a ligação entre o metabolismo da cafeína e os níveis de glicose do sangue, que é onde a diabetes do tipo 2 é diagnosticada.

Não está claro se prescrever a cafeína ajudaria as pessoas a prevenir o desenvolvimento da diabetes. Além disso, os autores da pesquisa apontaram para a necessidade de fazer ensaios randomizados controlados, com o objetivo de avaliar se bebidas não calóricas que contêm cafeína podem ajudar a reduzir o risco de obesidade e diabetes do tipo 2.

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Por enquanto, Pete disse que não recomendaria que as pessoas começassem a ingerir cafeína como forma de diminuir o risco de diabetes. No lugar disso, ela orientou a se focar na alimentação saudável e na prática regular de atividades físicas, que são formas já conhecidas de diminuir o risco de ter diabetes do tipo 2. As informações são do Healthline.

Aproveite para conferir mais informações a respeito da relação entre o café e a diabetes.

Moderação é a palavra-chave

Quem gosta de café pode ter se empolgado e depois desanimado ao longo deste artigo para, no final, decidir que vai continuar a tomar a bebida, mesmo que não haja garantias de que ela realmente vai diminuir o risco de diabetes.

No entanto, é fundamental lembrar que é importante não exagerar na quantidade de café e cafeína, que em excesso pode causar ansiedade, insônia, nervosismo, náusea, dor de cabeça, aumento do ritmo cardíaco e dor no peito. Saiba mais sobre os malefícios do café e se café demais faz mal à saúde.

Citando a European Food Safe Authority (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos), a endocrinologista Cíntia Cercato informou ao G1 que a dose diária indicada de cafeína varia de pessoa para pessoa.

Por exemplo, para adultos saudáveis com aproximadamente 70 kg, a dose diária é de 300 mg a 400 mg de cafeína, que correspondem a quatro xícaras de café coado. Já para as pessoas sensíveis à cafeína, a dose diária é de 100 mg a 200 mg de cafeína.

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Ainda segundo o G1, o café expresso tem o triplo de cafeína que o café coado. Para fazer o cálculo da quantidade de cafeína por café, é preciso levar em conta que 125 ml ou ½ xícara de café coado tem 85 mg de cafeína, ao passo que 30 ml de café expresso possui 60 mg de cafeína, completou a publicação.

Fontes e referências adicionais

Você gosta de tomar café? Quantas xícaras consome por dia? Comente abaixo!

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