Seroma: saiba como lidar com esta complicação

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Toda cirurgia possui riscos. Provavelmente, seu médico deve ter uma conversa franca sobre a maioria delas antes que você passe por este processo. Apesar disso, o seroma ainda é uma complicação cirúrgica desconhecida da maioria dos pacientes.

Esta complicação pode surgir depois de qualquer cirurgia, principalmente quando se trata de procedimentos estéticos.

Pensando nisso, selecionamos algumas informações importantes para que você tenha todo o conhecimento necessário para o seu pós-operatório.

Saiba quais são os sintomas e, principalmente, o que fazer quando o seroma aparecer.

Entenda o que é o seroma

Em suma, o seroma é uma inflamação decorrente de uma complicação cirúrgica. Esta condição nada mais é do que uma defesa do organismo. Ela acontece quando há acúmulo de líquido embaixo da pele, geralmente perto da cicatriz da cirurgia. 

Sendo assim, ela é mais comum em cirurgias que mexem com a pele e o tecido adiposo.

Cirurgias estéticas como a lipoaspiração, a abdominoplastia e as cirurgias da mama, por exemplo, apresentam um alto risco para o seroma. Da mesma forma, ela também é comum após a cesárea.

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Cicatriz de cesárea
Cicatriz de cesárea

De acordo com o cirurgião plástico, Dr. Luiz Molina, o seroma é uma reação inflamatória causada pelo próprio sistema imunológico do paciente. O líquido, conforme explica Molina, fica represado entre as camadas de pele.

Como resultado, seu corpo pode apresentar os sintomas desta complicação cirúrgica.

Sintomas podem ser os mais variados, explicam os especialistas

O seroma aparece de diversas maneiras. Por ser uma infecção, ele irá apresentar todos os sintomas de um quadro infeccioso no local.

Sendo assim, você pode apresentar um inchaço no local da cirurgia e perto da cicatriz. Da mesma maneira, um líquido claro e transparente pode escorrer desta cicatriz.

Pode haver, do mesmo modo, um aumento da temperatura no local da cirurgia e a pele fica avermelhada.

Quando o seroma se mistura com o sangue, a pele fica em um tom avermelhado ou marrom.  Neste caso, a pele clareia à medida que a cicatrização procede.

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O seroma geralmente aparece nas primeiras duas semanas após o procedimento cirúrgico. Portanto, durante este período, você e seu médico devem prestar atenção a esses possíveis sintomas.

Tratamentos para seroma

Na grande maioria dos casos, o problema pode se resolver sozinho. O seroma pequeno pode ser reabsorvido naturalmente pela pele. Quando isso ocorre, ele desaparece em até 20 dias.

No entanto, em alguns casos, seu médico deve realizar uma punção com seringa. Os especialistas afirmam que o tratamento do seroma só é necessário quando existe um grande acúmulo de líquidos ou surge dor. 

O médico pode solicitar a colocação de um dreno, que é um pequeno tubo inserido na pele diretamente no seroma. Isso irá permitir que o líquido acumulado saia.

Seroma deve ser tratado rapidamente para não evoluir, alertam médicos

Embora seja raro, é importante consultar seu cirurgião para verificar o seroma. Se ele não for tratado adequadamente, pode acabar evoluindo para uma condição mais grave.

De acordo com o Dr. Molina, o seroma pode evoluir e se transformar em um seroma encapsulado. Isto acontece quando o seroma é envolvido por um tecido fibroso e forma uma espécie de cápsula, chamado de pseudobursa.

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Como resultado, há uma contração e aparecem saliências que podem causar alterações importantes na cicatriz. Nestes casos, o quadro pode se agravar deformando a cicatriz e o paciente irá precisar de correção cirúrgica.

Da mesma forma, o médico também pode tratar o seroma encapsulado através de um ultrassom de alta potência, ou tratamento por ultracavitação. Este ultrassom estimula a eliminação do líquido.

Fatores de risco

O seroma pode acontecer por diversos motivos e em qualquer cirurgia. Tudo irá depender de como o seu corpo se recupera. Por outro lado, existem alguns fatores que podem acarretar esta complicação.

Cirurgias extensas, por exemplo, têm mais chances de levar a uma cicatrização com este problema. Da mesma forma, cirurgias que requerem drenagem no pós-operatório também.

Do mesmo modo, o seroma é mais comum após cirurgias que provocam lesões em tecidos. E, é claro, se você já passou por esta complicação, é provável que seu corpo tenha uma predisposição a esta complicação cirúrgica.

Como você pode evitar o seroma?

O seroma é, sem dúvidas, uma condição dolorosa e que pode deixar marcas no seu corpo. Sendo assim, é importante você conhecer alguns passos que ajudam você a evitar a complicação.

Antes de mais nada, é importante você seguir a risca as orientações do seu médico de higienização e repouso.

Da mesma forma, você pode utilizar ar cintas ou curativos compressivos após a cirurgia. Isso ajuda a diminuir as complicações da seroma e pode evitar este problema.

Além disso, é importante você estar atento à sua cicatrização. Estes cuidados podem fazer com que o seu corpo se cure mais rápido e o processo de cicatrização ocorra de forma adequada:

  1. Cuide da higiene do local;
  2. Evite exposição solar;
  3. Não faça muito esforço físico;
  4. Tome cuidado com sua alimentação. Alguns alimentos como produtos ricos em gordura saturada, frituras e açúcar refinado e doces em geral podem prejudicar o processo;
  5. Siga as recomendações médicas.

Embora seja um problema complicado e até mesmo chato de lidar, o seroma é perfeitamente tratável com o acompanhamento adequado. Sendo assim, siga as recomendações médicas e cuide da sua cicatrização.

Você já passou por alguma cirurgia? Acabou desenvolvendo seroma? Conte para a gente nos comentários!

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1 comentário em “Seroma: saiba como lidar com esta complicação”

  1. Olá,desenvolvi seroma 28 dias depois da cirurgia plástica mamaria.Estou em tratamento drenando e efetuando lavagens com antibióticos.Duas semanas depois o líquido diminuiu.Quanto tempo pode demorar para desaparecer? Meu médico me passou que se não respondesse ao tratamento teria trocar a prótese.

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