Zinco Aumenta a Testosterona Mesmo?

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Nas últimas décadas, houve um aumento considerável no interesse das pessoas em conquistar a boa forma, principalmente nas questões relacionadas aos processos de redução de gordura corporal e também no desenvolvimento da massa muscular. Em função disto, o interesse dos pesquisadores em conhecer melhor a produção de hormônios e também os seus mecanismos dentro do metabolismo cresceu de forma considerável.

Diferentes estudos buscam identificar a relação dos nutrientes com a produção de hormônios e, entre eles, alguns estudos visam verificar se o zinco aumenta a testosterona.

Sabe-se que todos os nutrientes são fundamentais para o adequado funcionamento do metabolismo, mas alguns minerais se destacam por atuarem diretamente na produção da testosterona, como é caso do zinco.

Vamos conhecer melhor este mineral, saber os motivos pelos quais o zinco aumenta a testosterona, qual sua importância no organismo e como ele pode afetar a produção deste hormônio.

O que é a testosterona?

A testosterona, que é um dos principais hormônios envolvidos no desenvolvimento muscular, é alvo de muitos estudos e sua produção natural no corpo humano está relacionada a diversos fatores genéticos, mas também está vinculada a muitos fatores externos, sendo bastante afetada pelos hábitos saudáveis como a prática regular de atividades físicas e também a adequada ingestão de nutrientes através da alimentação e da suplementação.

A testosterona é um hormônio produzido naturalmente pelo organismo, tanto nas mulheres (nos ovários e nas adrenais) quanto nos homens (nos testículos), e é fundamental em diversos processos do metabolismo. Este hormônio está presente em maior quantidade no organismo masculino, mas também é de grande importância para a saúde feminina.

Os níveis naturais de testosterona aumentam até a fase adulta e depois diminuem como parte do processo de envelhecimento corporal. Estes níveis hormonais também podem ser afetados por diferentes fatores, podendo sofrer alterações em decorrência de doenças inflamatórias, da obesidade, do estresse, de alguns distúrbios genéticos, falta de descanso, danos físicos nos órgãos reprodutores, algumas doenças como o HIV e a diabetes, o uso abusivo de determinados medicamentos, entre muitos outros.

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Qual a importância da testosterona no organismo?

A testosterona é muito importante para o desenvolvimento adequado do sistema reprodutor masculino, como os testículos e a próstata, além de auxiliar diretamente no desenvolvimento da massa muscular e dos ossos. Este hormônio também é responsável pelo aumento do desejo sexual, tanto em homens quanto em mulheres, e pelo aumento da fertilidade.

Entre os muitos benefícios da testosterona, estão a melhora da forma física, pois esta tem influência no aumento da massa magra e também na redução dos níveis de gordura corporal, a redução do estresse, pois diminui os níveis do hormônio cortisol, melhora o humor, combate a fadiga, aumenta a libido, fortalece o sistema imunológico, promove a saúde da massa óssea, além de aumentar os níveis de força e de concentração mental, sendo um grande auxiliar para praticantes de atividades físicas e para atletas.

Quais os problemas causados pela deficiência ou pelo excesso de testosterona?

A deficiência de testosterona no organismo, por sua vez, também pode causar muitos problemas, tais como o aumento da gordura corporal, problemas de fertilidade, perda de força, redução da massa muscular, aumento do cansaço e da indisposição, aumento da perda óssea, disfunção erétil, hipogonadismo, mudanças de humor e até mesmo problemas de depressão, maior risco de doenças cardiovasculares e aumento do risco de osteoporose, entre outros.

Tanto a deficiência como o excesso de testosterona podem trazer sérios prejuízos à saúde. O uso indiscriminado de substâncias anabolizantes, por exemplo, pode levar a sintomas de calvície, retenção líquida, causar doenças como a ginecomastia, que é o aumento das glândulas mamárias, entre outras, pois o excesso de testosterona é transformado em estrogênio no organismo.

Desta forma, manter os níveis adequados do hormônio testosterona é fundamental para a manutenção da saúde, tanto das mulheres quanto dos homens. Como o zinco aumenta a testosterona, assim como outros minerais, entre muitos hábitos, ter uma alimentação equilibrada e completa em nutrientes pode auxiliar no controle hormonal.

Os níveis de testosterona no organismo podem também aumentar com a prática regular de exercícios, principalmente com os exercícios de alta intensidade e os treinos de força. Eles podem ser influenciados também com a redução do consumo de álcool, o aumento do consumo de gorduras saudáveis (entre elas o ômega 3), com a redução do consumo de açúcar, assim como a melhoria da qualidade do sono, auxiliando na produção hormonal.

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O que é o zinco e quais as suas funções no corpo humano? 

O zinco é um mineral bastante importante, sendo amplamente encontrado em todo o corpo humano. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, a recomendação diária de ingestão (RDI) do zinco é de 11 mg por dia para adultos, considerando-se uma dieta de 2000 Kcal por dia.

O zinco faz parte da produção de diferentes proteínas e participa como cofator enzimático em mais de 300 reações químicas que envolvem tanto a síntese quanto a degradação de muitos nutrientes, entre eles os carboidratos, as proteínas, os lipídios e os ácidos nucleicos.

Ele auxilia no funcionamento do sistema imunológico, nos processos de cicatrização e de divisão celular, participa de diferentes processos do sistema reprodutor, incluindo o adequado funcionamento dos espermatozoides e sua contagem total.

O zinco aumenta a testosterona mesmo? 

Diversos estudos demonstraram uma relação direta entre o consumo de zinco e o aumento da testosterona. Entre eles, numa pesquisa realizada com um grupo de 37 homens que possuíam baixos níveis de testosterona no organismo, o consumo do mineral aumentou significativamente os níveis deste hormônio após 6 semanas, mostrando que de fato o zinco aumenta a testosterona naturalmente no organismo.

Outro estudo, realizado com 40 homens entre 20 e 80 anos que foram submetidos a uma dieta pobre em zinco por 20 semanas, mostrou que os baixos níveis deste mineral no organismo podem afetar de forma significativa os níveis de testosterona livre e que o uso de suplementos de zinco pode aumentar os níveis de testosterona em pessoas com deficiência deste mineral.

O zinco tem um papel fundamental na conquista dos resultados de pessoas que buscam o ganho de massa muscular e que querem melhorar seu desempenho em atividades físicas, pois ele participa do processo de três dos mais importantes hormônios anabólicos, sendo o primeiro deles a testosterona, mas também promove o aumento da produção do hormônio do crescimento (GH) e da insulina (IFG-1), que influenciam na síntese de proteínas e no desenvolvimento da massa magra.

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Além disso, o zinco ajuda a inibir a enzima aromatase, que é responsável pela conversão da testosterona em estrogênio (o hormônio feminino), evitando, portanto, a redução dos níveis de testosterona livre no organismo. Quando não há uma quantidade suficiente de zinco no organismo, os níveis desta enzima aumentam e isto causa o aumento da gordura corporal, a redução da massa muscular, diminuição dos níveis de energia e disposição, além de atrapalhar o desempenho físico e sexual.

Quais os problemas relacionados à deficiência do zinco?

A deficiência de zinco pode causar diversos tipos de problemas, entre eles a perda de cabelo, fadiga, dificuldade de cicatrização, acne, hipogonadismo, distúrbios comportamentais, lesões na pele e nos olhos, problemas no sistema imunológico, atrasos no crescimento, menor produção de espermatozoides, problemas de infertilidade, perda de paladar, diarreia, estando também relacionado ao aumento do risco de alguns tipos de câncer, entre outros.

Lembre-se que ao sentir qualquer um destes sintomas, você deve procurar imediatamente a orientação de um profissional da saúde e não deve fazer uso de nenhum medicamento ou suplemento sem o adequado acompanhamento de um médico. 

Quais os alimentos que contêm zinco e como suplementar? 

As principais fontes de zinco na alimentação são as carnes bovinas, de frango, de porco, os peixes, os frutos do mar, principalmente as ostras, queijos, leite, iogurtes, ovos, fígado, os diferentes tipos de feijão, as ervilhas, nozes, castanhas, aveia, além dos cereais de grão integrais e verduras como o repolho.

Muitos nutrientes podem ser adequadamente ingeridos através da alimentação, mas muitos deles podem não ser completamente utilizados pelo organismo. O zinco, por exemplo, pode ter sua biodisponibilidade afetada em função do processo de absorção intestinal ou na circulação sanguínea. A suplementação de zinco é uma das dicas para quem deseja inserir este mineral na alimentação e existem diversos tipos de produtos disponíveis no mercado.

Vale lembrar que a utilização do mineral como suplemento deve ser realizada sempre com o acompanhamento e a orientação de algum profissional da saúde, pois o seu excesso pode ser prejudicial ao organismo.

Um estudo realizado com um grupo de homens adultos submetidos a um consumo de mais de 40 mg de zinco por dia demonstrou o aparecimento de sintomas pelo excesso deste mineral no organismo, entre eles problemas na resposta imune, dores de cabeça, tonturas, vômitos, letargias, diarreia, cólicas abdominais, anemia e também a redução das concentrações de cobre no plasma, podendo causar a deficiência deste outro mineral no organismo.

Existem muitas marcas de suplementos de zinco no mercado, sendo bastante encontrado em cápsulas sob a forma de picolinato, quelatos de aminoácidos, ascorbato, citrato ou gluconato, apresentando boas taxas de absorção no organismo.

Um dos suplementos mais conhecidos do mercado é o ZMA, que inclui na sua formulação o zinco, além da vitamina B6 e do magnésio, que são fundamentais no processo de absorção do zinco no organismo e também participam do processo de conversão do colesterol livre em testosterona, aumentando ainda mais os níveis deste hormônio.

Vídeo:

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Fontes e Referências Adicionais:

Você já tinha ouvido falar que o zinco aumenta a testosterona? Acredita que precisa aumentar sua ingestão do mineral na dieta? Comente abaixo!

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2 comentários em “Zinco Aumenta a Testosterona Mesmo?”

  1. Eu tenho atualmente 50 anos, sou praticante de musculação em treinamento de força a cerca de 03 anos. Tomo ZMA a mais de 02 anos sempre a noite antes de dormir. Vale muito a pena, o custo do auplemento é baixo e o benefício é excelente. Principalmente para quem tem mais de 35 anos. Dentre eles cito:
    – Induz ao sono e melhora muito a qualidade, aumentando o tempo em sono profundo.
    – recuperação muscular: você treina pesado e no dia seguinte está inteiro para treinar novamente.
    – aumenta a imunidade e dificilmente fico doente ou com overtreining.
    – a testo aumenta sim, e o ZMA ajuda muito no ganho de força nos treino de musculação. Acredito que deva ajudar também em treinos de resistência (corrida, crossfit, natação..). Vale a pena mesmo!

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