Trombofilia – Sintomas, causas e como tratar

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Você sofre de trombofilia? Sabe o que é isso? Saiba então quais são os sintomas, as causas e como tratar o risco de desenvolver coágulos sanguíneos.

A trombofilia é caracterizada por um problema na coagulação do sangue. Como resultado, o risco de desenvolver coágulos sanguíneos aumenta.

A princípio, a coagulação do sangue é benéfica – especialmente quando você sofre um sangramento e precisa estancá-lo. No entanto, a formação de coágulos sanguíneos em outros momentos representa um risco de vida.

De fato, um coágulo sanguíneo pode prejudicar ou até mesmo interromper a passagem de sangue – causando complicações como a trombose venosa profunda, a embolia pulmonar ou um AVC, por exemplo.

Por isso, se você tem trombofilia, isso significa que suas chances de ter coágulos sanguíneos é maior do que das outras pessoas. Veja então quais os sintomas e o que fazer para evitar problemas de coagulação.

Causas da trombofilia

circulação do sangue

A trombofilia nada mais é do que a tendência que certas pessoas têm à formação de trombos (ou coágulos de sangue).

Isso acontece por causa do excesso de proteínas de coagulação ou pela falta de proteínas que interrompem o processo. Assim, os coágulos sanguíneos podem se formar com mais facilidade, bloqueando os vasos sanguíneos e dificultando a chegada do oxigênio nos órgãos do corpo.

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A causa da trombofilia depende do tipo, que pode ser hereditário ou adquirido.

Trombofilia hereditária

Na trombofilia hereditária, a doença é herdada de um ou mais genes dos pais. A mutação mais comum responsável pela trombofilia é a mutação do fator V Leiden – que atinge de 1 a cada 20 pessoas de origem europeia.

Em seguida, vem a mutação do gene da protrombina G20210A (ou fator II) que afeta até 2% da população mundial.

Neste caso, a pessoa já nasce com o risco maior de desenvolver coágulos de sangue.

Trombofilia adquirida

Por outro lado, a trombofilia adquirida se desenvolve ao longo da vida. Geralmente, ela acontece quando o fígado, o rim ou outro órgão não é capaz de produzir ou de remover as proteínas de coagulação da forma correta.

A causa dessa falha pode ser o repouso prolongado depois de uma cirurgia ou doença.

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Há também uma doença autoimune chamada de síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, que é bastante comum. Aliás, essa síndrome é um risco para as grávidas, já que isso pode elevar os riscos de complicações na gestação e de sofrer um aborto espontâneo.

Sintomas da trombofilia

A trombofilia por si só não causa nenhum sintoma. Por isso, é importante fazer exames de sangue de rotina e fazer um coagulograma completo para entender qual é o seu risco de desenvolver coágulos de sangue.

No entanto, a partir do momento que você já tem um coágulo sanguíneo, é possível observar alguns sintomas.

Vale lembrar que os sintomas podem variar dependendo do local onde o coágulo se formou. Assim, os sintomas podem incluir:

  • Sensibilidade, calor, inchaço ou dor no braço ou na perna;
  • Falta de ar;
  • Tom azulado na pele;
  • Náusea ou vômito;
  • Tontura;
  • Sudorese;
  • Dor e pressão no peito;
  • Taquicardia;
  • Dificuldade para falar;
  • Fraqueza no rosto ou nos membros;
  • Dor de cabeça súbita e intensa;
  • Problemas de visão.

Mesmo que você não tenha certeza de que tem trombofilia, é importante procurar atendimento médico imediato ao observar algum desses sintomas.

Além disso, é preciso estar sempre alerta aos fatores de risco para a formação de coágulos sanguíneos, que podem incluir:

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  • Idade avançada;
  • Gestação;
  • Obesidade;
  • Uso de anticoncepcionais;
  • Terapia de reposição hormonal;
  • Câncer;
  • Cirurgia que exige longe tempo de recuperação;
  • Varizes.

Como tratar

sinais de trombofilia

Antes de mais nada, é importante manter os exames em dia para saber como está a sua saúde.

Além disso, consultar um médico ou um hematologista é fundamental para saber qual tratamento seguir.

De fato, as mudanças no estilo de vida são os principais aliados no tratamento da trombofilia. Nesse caso, o objetivo do tratamento é diminuir o risco de coágulos sanguíneos. Sendo assim, é interessante que você:

  1. Pare de fumar, se for o seu caso;
  2. Pratique exercícios físicos regularmente;
  3. Se alimente bem;
  4. Evite o sedentarismo;
  5. Mantenha um peso saudável.

Mas se você desenvolver um coágulo, o tratamento pode contar com anticoagulantes – como a varfarina ou a heparina, por exemplo. É muito importante seguir as orientações médicas sobre como você deve usar tais medicamentos e por quanto tempo eles serão necessários.

Além disso, pessoas que tomam anticoagulantes devem informar os médicos antes de fazer qualquer procedimento, devido ao alto risco de sangramento que esses remédios causam.

Por fim, saiba que pessoas com trombofilia podem viver bem sem nunca desenvolver um coágulo sanguíneo.

Ainda assim, o ideal é se prevenir e adotar um estilo de vida saudável associado com exames de sangue frequentes para checar os fatores de coagulação.

Fontes e Referências Adicionais

Você sofre de algum problema de coagulação do sangue como a trombofilia? Então, comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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