Tricomoníase Tem Cura? O Que é, Sintomas, Tratamento e Prevenção

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Você sabe o que é a tricomoníase? Se você não sabe ou tem dúvidas a respeito dessa doença sexualmente transmissível, aqui você vai entender o que é essa doença, quais são os sintomas dela e obter informações sobre se a tricomoníase tem cura.

A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível causada por um parasita. Segundo a American Sexual Health Association e a Centers for Disease Control and Prevention (CDC), cerca de um milhão de novos casos de tricomoníase são estimados todos os anos. Dados também mostram que a doença é mais comum em mulheres do que em homens.

Uma das formas de deixar o seu corpo mais forte para combater esse tipo de doença é garantindo que ele esteja sempre com uma imunidade alta. Para isso, existem várias opções como os alimentos que aumentam a imunidade e até os remédios para aumentar a sua imunidade.

Embora seja muito comum, a pessoa infectada nem sempre apresenta sintomas, o que pode dificultar o tratamento e gerar complicações.

Além de tirar suas dúvidas sobre a tricomoníase, você vai saber em que consiste o tratamento, se existe cura para a condição e ter acesso a várias dicas de prevenção para evitar a contração e a transmissão da doença para outras pessoas.

Tricomoníase – O Que é?

A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível causada por um parasita transmitido por meio de relações sexuais.

O parasita responsável pela tricomoníase é o protozoário Trichomonas vaginalis e ele pode infectar tanto homens quanto mulheres, mas nas mulheres a doença é mais comum. Estudos indicam que as mulheres infectadas tem de 14 a 49 anos de idade e que mulheres acima de 40 anos tem um risco 2 vezes maior de serem infectadas.

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A infecção geralmente afeta o trato genital inferior nas mulheres – como a vagina, a uretra (canal por onde passa a urina) ou ambos – e nos homens, a infecção afeta apenas a uretra.

Normalmente, outros locais do corpo como a boca, as mãos e o ânus – mesmo que tenham tido contato com o órgão genital infectado pelo protozoário – não são afetados pelo parasita.

A transmissão da doença se dá durante a prática de sexo oral, anal ou vaginal. O parasita também pode ser transmitido por meio do toque nas áreas genitais.

O risco de contrair a infecção aumenta quanto maior for o número de parceiros sexuais que o indivíduo tiver e também pela presença de um ou mais dos fatores de risco mencionados abaixo:

  • Fazer sexo sem proteção;
  • Ter mais de um parceiro sexual;
  • Já ter tido tricomoníase anteriormente;
  • Ser mulher, principalmente se for mais velha;
  • Ter histórico de outras doenças sexualmente transmissíveis.

Sintomas

Os sintomas da doença surgem entre 5 e 28 dias depois da exposição ao parasita. Em alguns casos, os sinais da infecção podem ocorrer mais tarde ou nem aparecerem.

Estimativas indicam que cerca de 70% das pessoas infectadas, principalmente no caso dos homens, não apresentam sintomas de tricomoníase. Além disso, os sintomas são diferentes para homens e mulheres.

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O primeiro sinal de tricomoníase é uma irritação nas áreas genitais, mas casos mais graves podem causar sintomas mais sérios como uma secreção no órgão genital causado pela infecção.

Na mulher, os sintomas podem incluir:

  • Micção dolorosa;
  • Irritação genital;
  • Corrimento vaginal com sangue;
  • Sensação de queimação ao urinar ou ao redor do órgão genital;
  • Corrimento vaginal espumoso e com mau cheiro que pode ser claro, cinza, branco, amarelo ou verde;
  • Inchaço ou vermelhidão na virilha;
  • Prurido genital;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Conta de urinar com frequência.

No homem, alguns sintomas de podem ser observados são:

  • Dor ao urinar;
  • Coceira no pênis;
  • Necessidade frequente de urina;
  • Sensação de queimação logo depois de urinar ou de ejacular;
  • Presença de secreção na uretra ou no pênis.

Tricomoníase Tem Cura?

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a tricomoníase é a doença sexualmente transmissível curável mais comum.

No entanto, se ela não for tratada, dificilmente o parasita será eliminado naturalmente e sem o tratamento adequado a doença pode perdurar por vários meses ou até por anos. Apenas em casos raros a doença pode ser combatida pelo próprio sistema imunológico.

Possíveis Complicações

Apesar de ter tratamento, a tricomoníase pode causar certas complicações de saúde se a infecção não for detectada e tratada. Algumas delas são:

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1. Problemas na gravidez

Na gravidez, a infecção pode causar uma série de complicações como:

  • Aumento do risco de nascimento prematuro do feto;
  • Baixo peso ao nascer que tende a ser menor do que 2,5 kg;
  • Ruptura precoce da membrana que protege o bebê;
  • Transmissão do parasita para o recém-nascido durante o trabalho de parto.

De acordo com um estudo publicado no periódico científico Annals of Epidemiology em 2009, o bebê tem um risco maior de desenvolver deficiências intelectuais quando a mãe sofre problemas como a tricomoníase durante a gestação. Mas o uso de antibióticos é totalmente seguro durante a gravidez desde que seu uso seja orientado por um médico.

2. Risco de AIDS

Contrair tricomoníase pode aumentar o risco de uma pessoa contrair outras doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a AIDS. Isso pode acontecer por causa de fatores como:

  • Mudança no equilíbrio da flora vaginal;
  • Inflamação genital;
  • Sistema imunológico enfraquecido.

3. Risco de DSTs

Outras doenças sexualmente transmissíveis como a clamídia, a gonorreia e a vaginose bacteriana podem ser contraídas com mais facilidade quando uma pessoa está com tricomoníase.

4. Doença inflamatória pélvica

A tricomoníase não tratada pode resultar em uma doença inflamatória pélvica que pode causar complicações como:

  • Dor abdominal ou dor pélvica crônica;
  • Bloqueio das trompas de Falópio devido à formação de tecido cicatricial na região;
  • Infertilidade.

Diagnóstico

A tricomoníase é facilmente diagnosticada por meio de exames como o exame pélvico e diversas análises laboratoriais que podem incluir:

  • Culturas de células;
  • Exames que detectam o DNA de Trichomonas vaginalis;
  • Testes de antígenos, que são anticorpos que surgem quando há a infecção;
  • Exame de amostra de secreção vaginal para mulheres ou de corrimento uretral para homens.

Em geral, os resultados saem em aproximadamente uma semana.

Mulheres devem ter os seguintes cuidados especiais antes da consulta:

  • Evitar o uso de duchas na área genital por ao menos 24 horas antes da consulta médica;
  • Não usar sabonetes ou produtos íntimos para não mascarar o cheiro e nem causar irritação no local;
  • Tentar ir na consulta quando não estiver menstruada;
  • Evitar relações sexuais vaginais ou a inserção de qualquer objeto – incluindo tampões – na vagina por 24 a 48 horas antes de ir ao médico.

Vale lembrar que também é importante testar para outras doenças sexualmente transmissíveis se o resultado para tricomoníase for positivo.

É importante lembrar que o exame de Papanicolau que é regularmente feito pelas mulheres não é capaz de diagnosticar doenças sexualmente transmissíveis como a tricomoníase. Assim, mesmo que a mulher tenha ido recentemente ao ginecologista, é indicado procurar o médico novamente se sintomas da tricomoníase forem observados.

Como Tratar

O tratamento da tricomoníase normalmente é bem simples. Mesmo mulheres grávidas podem ser tratadas com segurança por meio do uso de antibióticos durante a gestação para evitar complicações e danos à saúde do bebê.

Em geral, a infecção é tratada com uma dose única de antibióticos como o metronidazol ou o tinidazol. Ambos medicamentos são antibióticos de uso oral que são capazes de eliminar parasitas, mas o metronidazol é o mais comumente indicado. O metronidazol também está disponível na forma de cremes, mas no caso da tricomoníase apenas os comprimidos de uso oral são eficazes no combate à infecção

Também é possível que o médico recomende o uso de uma dose mais baixa do antibiótico para ser tomada 2 vezes ao dia durante 7 dias ao invés da dose única.

Efeitos colaterais dos antibióticos usados no tratamento da tricomoníase podem incluir:

  • Tontura;
  • Dor de estômago;
  • Gosto metálico na boca;
  • Azia;
  • Náusea e vômito.

Os sintomas da tricomoníase desaparecem em aproximadamente uma semana após o tratamento. Se os sintomas persistirem mesmo depois de tomar o antibiótico, é importante retornar ao médico para verificar porque o remédio não fez efeito e repetir a dose, se for necessário, ou fazer novos testes para analisar se os sintomas estão sendo causados por outro tipo de infecção sexualmente transmissível.

Cuidados Durante e Após o Tratamento

  • Tanto a pessoa infectada quanto o seu parceiro sexual devem ser testados e tratados para a tricomoníase;
  • É preferível evitar relações sexuais durante o tratamento da infecção de depois de 7 dias após o término do tratamento;
  • Não é indicado consumir álcool durante o uso de antibióticos e nem por 3 dias depois de o tratamento ser finalizado porque a bebida pode causar náuseas e vômitos graves além de outros efeitos adversos – como o rubor da pele e o batimento cardíaco acelerado – e de reduzir a eficácia do tratamento;
  • Entre 2 semanas a 3 meses após o fim do tratamento, é indicado voltar ao médico para verificar se a infecção voltou;
  • É importante tomar todas as doses do antibiótico corretamente par que o tratamento seja eficaz
  • O retorno ao médico é indispensável se você estiver vomitando depois de tomar o medicamento pois provavelmente ele não fará efeito
  • Na gravidez, alguns médicos preferem recomendar o uso do antibiótico em doses menores por vários dias para reduzir o risco de efeitos colaterais como náuseas e vômitos que é maior quando o remédio é tomado em uma única dose mais alta;
  • Durante a amamentação, é seguro usar o antibiótico, mas alguns médicos indicam evitar amamentar logo depois de tomar o comprimido e esperar ao menos 12 horas, se possível, antes de amamentar novamente.

Prevenção

Várias medidas de prevenção muito simples podem ser adotadas para evitar a infecção, a reinfecção e a transmissão do parasita para outras pessoas. As formas de prevenção mais comuns são:

  • Evitar ter relações sexuais com vários parceiros ao mesmo tempo;
  • Usar preservativo em todas as relações sexuais;
  • Não usar duchas nas áreas genitais pois essa prática pode afetar o equilíbrio de bactérias saudáveis nos órgãos genitais;
  • Evitar fazer sexo por 7 a 10 dias após o término do tratamento para a tricomoníase com antibióticos;
  • Não abusar do uso de álcool ou substâncias ilegais porque elas podem aumentar o risco de uma pessoa praticar sexo inseguro.

Outras Dicas

Existem relatos de pessoas que adotam tratamentos caseiros como o uso de vinagre de maçã, de suco ou extrato de romã, de alho, de chá preto e de peróxido de hidrogênio devido as suas propriedades antimicrobianas.

Porém, não é indicado tentar curar a tricomoníase com remédios caseiros, pois não existem evidências contundentes de que esse tipo de tratamento realmente funciona.

Ao suspeitar de que você foi infectado por alguma doença sexualmente transmissível, o melhor a fazer é procurar um médico para diagnosticar o problema e iniciar o tratamento adequado. A maioria das infecções sexualmente transmissíveis respondem bem a um tratamento simples e rápido com antibióticos.

Quando o tratamento é feito seguindo as orientações médicas, a tricomoníase tem cura e ocorre em cerca de uma semana. Assim, não hesite em procurar um médico para que ele possa prescrever o antibiótico na dose correta para sua infecção ser curada rapidamente e com segurança.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já tinha ouvido falar que a tricomoníase tem cura? Conhece alguém que já contraiu essa DST? Comente abaixo!

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Sobre Felipe Santos e Dra. Patrícia Leite

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