Ritalina Dá Sono? Efeitos Colaterais e Cuidados

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Ritalina é o nome comercial dado ao medicamento cloridrato de metilfenidato. Os médicos prescrevem a Ritalina para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e um distúrbio de sono conhecido como narcolepsia.

Ela faz parte de uma classe de medicamentos chamados estimulantes do sistema nervoso central (estimulantes do SNC). A droga funciona alterando os níveis de dopamina e norepinefrina do cérebro, que são neurotransmissores que permitem que os sinais se movam de uma célula nervosa para outra.

A Food and Drug Administratiton (FDA) nos Estados Unidos foi a primeira a licenciar o cloridrato de metilfenidato em 1955 para tratar o que antes era conhecido como hiperatividade, transtorno de déficit de atenção ou ADD. A droga foi comumente prescrita na década de 1990 quando o diagnóstico de TDAH ficou mais conhecido e aceito e chegou ao Brasil em 1998.

Uma pesquisa realizada em 2012 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos descobriu que cerca de 6,4 milhões de crianças entre 4 e 17 anos de idade foram diagnosticadas com TDAH em algum momento da vida, o que significa um aumento de 53% em relação à década anterior. Aproximadamente dois terços dos pacientes atualmente diagnosticados receberam medicamentos como Ritalina ou outro estimulante do sistema nervoso central – SNC.

Quando administrada para o TDAH, ela geralmente faz parte de um plano de tratamento que também pode incluir terapia cognitivo-comportamental, aconselhamento familiar entre outras terapias.

Abaixo, vamos analisar através do resultado de estudos se a Ritalina dá sono ou se este não é um dos efeito do medicamneto para TDAH.

Ritalina pode oferecer benefícios para o sono em adultos com TDAH

O tratamento com metilfenidato (MPH) – a Ritalina – parece ter efeitos benéficos sobre os parâmetros do sono em adultos com TDAH, incluindo aumento da eficiência do sono e uma sensação de melhora do valor restaurador do sono de acordo com uma pesquisa de autoria de Esther Sobanski, do Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim, Alemanha, que se concentrou em 34 pacientes com TDAH que não eram medicados, dos quais 24 não sofriam com distúrbios psiquiátricos, e 34 pessoas sem distúrbios psiquiátricos atuais ou medicação psicotrópica.

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Em comparação com o grupo de controle, todos os indivíduos com TDAH apresentaram redução na eficiência do sono, com latência mais longa de início do sono e despertavam mais vezes durante a noite. Eles tinham o sono alterado, com uma porcentagem maior no estágio 1 e uma porcentagem reduzida do sono REM. Os pacientes também mostraram uma tendência à redução de densidade total de REM e elevada porcentagem de vigília após o início do sono.

Segundo o Dr. Sobanski, este estudo mostrou que problemas de sono tanto objetivos como subjetivos em adultos com TDAH são idênticos aos problemas de sono em crianças com TDAH, incluindo latência e menor eficiência do sono, maior atividade noturna, mais despertares noturnos e atividade REM levemente diminuída durante o sono, embora o significado clínico das últimas descobertas ainda precise ser esclarecido.

O Dr. Sobanski acrescentou que os efeitos do medicamento no sono em adultos com TDAH nunca haviam sido demonstrados antes, e que este estudo demostrou que tem efeitos benéficos em vários parâmetros do sono, além dos efeitos positivos no funcionamento diurno. “Sob tratamento com MPH, os pacientes relataram melhora do humor noturno, menos sintomas psicossomáticos durante o sono, redução da latência do sono e menos despertares noturnos durante a noite passada em nosso laboratório”, disse o especialista.

“Durante as duas semanas em casa, precedendo sua investigação polissonográfica, os pacientes relataram um valor restaurador significativamente melhor do sono e uma tendência a menos despertares noturnos em comparação com o início da pesquisa”.

Sendo assim, foi comprovado que Ritalina dá sono e pode ser uma boa aliada, quando usada sob supervisão médica, das pessoas que sofrem com TDAH.

Efeitos colaterais da Ritalina

A Ritalina pode causar efeitos colaterais. Informe o seu médico se algum desses sintomas forem graves ou permanecer:

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  • Tontura;
  • Boca seca;
  • Nervosismo;
  • Vômito;
  • Dor de cabeça;
  • Diarreia;
  • Dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo;
  • Azia;
  • Rigidez muscular;
  • Perda de apetite;
  • Náusea;
  • Falta de desejo sexual;
  • Inquietação;
  • Sonolência;
  • Dormência, queimação ou formigamento nas mãos ou pés;
  • Dor de estômago;
  • Movimento incontrolável de uma parte do corpo.

Alguns efeitos secundários podem ser graves. Se sentir algum dos seguintes sintomas, contate o seu médico imediatamente ou obtenha tratamento médico de emergência:

  • Cansaço excessivo;
  • Tiques motores ou tiques verbais;
  • Agitação;
  • Alucinação (ver coisas ou ouvir vozes que não existem);
  • Depressão;
  • Fraqueza ou dormência de um braço ou perna;
  • Confusões, acreditar em coisas que não são verdade;
  • Mudança de humor;
  • Humor anormalmente animado;
  • Pulsação rápida, acelerada ou irregular;
  • Dor no peito;
  • Ereções frequentes e dolorosas;
  • Rouquidão;
  • Se sentir suspeitando excepcionalmente das outras pessoas;
  • A cor da pele dos dedos das mãos e dos pés mudam de pálida para azul e para vermelha;
  • Fala lenta ou difícil;
  • Descamação da pele;
  • Ereção que dura mais de 4 horas;
  • Dificuldade em respirar ou engolir;
  • Falta de ar;
  • Erupção cutânea;
  • Coceira;
  • Feridas inexplicáveis nos dedos das mãos ou dos pés;
  • Dormência, dor ou sensibilidade à temperatura nos dedos das mãos ou pés;
  • Convulsões;
  • Inchaço dos olhos, lábios, face, língua, boca ou garganta;
  • Febre;
  • Desmaio;
  • Alterações na visão ou visão turva;
  • Urticária.

Cuidados

Você não deve tomar Ritalina se tiver glaucoma, tiques, síndrome de Tourette, ansiedade grave, tensão ou agitação. O metilfenidato pode se tornar um hábito e fazer com que a pessoa se vicie. Informe o seu médico se tiver problemas com abuso de drogas ou álcool.

Estimulantes causaram derrame, ataque cardíaco e morte súbita em pessoas com pressão alta, doenças cardíacas ou problemas no coração. Não use Ritalina se tiver usando inibidor da monoamina oxidase (MAO) nos últimos 14 dias como por exemplo Elepril, Fostair e Aurorix.

A Ritalina pode causar psicose ou piorar (pensamentos ou comportamentos incomuns), especialmente se a pessoa tiver um histórico de depressão, doença mental ou transtorno bipolar.

Você não deve usar Ritalina se é alérgico ao metilfenidato, ou se tem:

  • Glaucoma;
  • Histórico pessoal ou familiar de tiques (contrações musculares) ou síndrome de Tourette;
  • Ansiedade, tensão ou agitações severas (a medicina estimulante pode piorar esses sintomas);
  • Problemas cardíacos ou problema cardíaco congênito;
  • Pressão alta;
  • Histórico familiar de doença cardíaca ou morte súbita.

Para se certificar de que a Ritalina é segura para você, informe o seu médico se você ou alguém da sua família já teve:

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  • Depressão, doença mental, transtorno bipolar, psicose, pensamentos ou ações suicidas;
  • Tiques motores (contrações musculares) ou síndrome de Tourette;
  • Problemas de circulação sanguínea nas mãos ou pés;
  • Convulsões ou epilepsia;
  • Problemas com esôfago, estômago ou intestinos;
  • Ter realizado eletroencefalografia (EEG);
  • História de dependência de drogas ou álcool.

Em caso de gravidez, não se sabe se a Ritalina irá prejudicar o feto, por isso informe o seu médico se estiver grávida ou planeja engravidar.

Não se sabe se o metilfenidato passa para o leite materno ou se pode prejudicar o bebê em amamentação. Informe o seu médico se estiver amamentando.

A Ritalina dá sono mesmo, deve ser tomada com cuidado, sob orientação de um médico e é um medicamento de tarja preta, portanto, é vendida apenas sob prescrição médica.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já tinha percebido que a Ritalina dá sono? Toma esse remédio por alguma orientação do seu médico? Já sentiu outros efeitos colaterais com ela? Comente abaixo!

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