Quem Não Pode Fazer Jejum Intermitente?

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Veja quem não pode fazer jejum intermitente, já que embora proporcione benefícios para a saúde de várias pessoas, ele pode ser perigoso para outras.

Jejum intermitente significa passar longos períodos sem comer, e um número crescente de especialistas em boa forma afirma que esta prática pode ajudar as pessoas a perder gordura e melhorar a saúde.

Porém, essa técnica não é realizada exclusivamente pelas pessoas que se dedicam à boa forma ou nutrição. De fato, todas as pessoas realizam essa prática diariamente de alguma forma, como por exemplo enquanto dormem.

Acontece que as pessoas que fazem jejum intermitente apenas prolongam o período de tempo em que não comem.

Existem várias maneiras de fazer jejum intermitente e estudos seguem provando os seus benefícios para a diminuição da gordura corporal, os benefícios para a diabetes, entre outros.

Porém, mesmo com todos esses benefícios do jejum intermitente, para algumas pessoas ele pode ter o efeito oposto. Veja agora quem não pode fazer jejum intermitente.

1. Pessoas com problemas de sono

As refeições e os horários de alimentação podem interferir no ritmo circadiano e afetar o sono.

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A maioria dos estudos que abordam o efeito do jejum intermitente neste sistema, no sono e na sonolência diurna demonstra atrasos súbitos e significativos na hora de dormir e no estado de vigília durante o jejum intermitente.

Por outro lado, existem algumas evidências preliminares de que o jejum intermitente pode melhorar o sono, impedindo que você acorde no meio da noite.

Quando as pessoas começam o jejum mais cedo, a janela para comer também tende a expirar bem antes de irem para a cama, o que os ajuda a evitar lanches noturnos, que por sua vez pode melhorar a qualidade do sono.

Porém, Alissa Rumsey, nutricionista de Nova York, disse que o jejum intermitente também pode atrapalhar seu ciclo de sono ou levar a noites agitadas.

Vários estudos mostraram que o jejum pode diminuir sua quantidade de sono REM, podendo afetar a memória, o humor e a capacidade de aprendizado, e por isso ele não é recomendado para pessoas com problemas para dormir.

2. Pessoas com ortorexia

Não apenas o jejum intermitente, mas todas as dietas no geral podem dar origem à ortorexia, um distúrbio que envolve uma obsessão por manter uma alimentação saudável, uma dieta perfeita.

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Alguns dos sinais de ortorexia incluem a necessidade de conversar sobre sua dieta o tempo todo e uma grande preocupação com a próxima refeição.

Um sinal importante é quando sua dieta começa a se tornar inflexível, disse Alissa Rumsey, nutricionista de Nova York. Isso inclui alterar ou cancelar passeios sociais porque eles não se alinham aos seus hábitos alimentares.

3. Pessoas que sofrem com ansiedade e/ou estresse

A vida já é repleta de estresse e ansiedade, e o jejum pode aumentar essas emoções. Por isso, quem sofre com estes problemas está dentro do grupo de quem não pode fazer jejum intermitente.

Para alguns, esses sentimentos se afloram a partir da ideia de que devem comer mais do que realmente precisam, mas nem tudo está na sua cabeça: estudos mostram que a fome pode aumentar o cortisol, o hormônio do estresse, deixando-o com “fome”.

A cafeína, um alimento básico entre os praticantes do jejum intermitente, aumenta a ansiedade e o estresse quando você exagera.

Especialistas recomendam trocar o café pelo chá verde, que contém cafeína, junto com o aminoácido calmante L-teanina.

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Dito isto, o jejum também pode cultivar uma resiliência ao estresse, já que alguns pesquisadores acreditam que as células respondem ao estresse relacionado ao exercício de maneira semelhante ao jejum intermitente, o que é apenas mais um motivo para acreditar que nenhuma dieta é adequada para todos.

4. Compulsão alimentar

Você pode sentir fome depois de jejuar durante 18 horas, mas isso não lhe dá licença para se deliciar com um cheeseburger com bacon e batatas fritas.

“Os promotores do jejum intermitente, talvez sem querer, incentivam comportamentos extremos, como a compulsão alimentar”, disse o Dr. Roger Collie em sua pesquisa publicada na revista acadêmica Canadian Medical Association Journal”

Frequentemente eles retratam pessoas comendo montes de alimentos ricos em calorias e gordura, como hambúrgueres, batatas fritas e bolo.

O problema é que se você jejuar, poderá devorar tanto lixo quanto sua garganta conseguir engolir”.

E não é assim que o jejum intermitente deve funcionar, e por isso, as pessoas que têm compulsão alimentar devem evitar seguir essa técnica para não acabar exagerando e até mesmo comendo mais do que se não tivesse jejuado.

5. Atletas e pessoas que praticam muito exercício físico

Anthony D’Orazio, diretor de nutrição e físico da Complete Human Performance, disse que não daria um protocolo de jejum para um atleta que se exercita mais de uma vez por dia.

É uma prática bastante comum em seu trabalho, pois alguns clientes são triatletas que levantam pela manhã e fazem treinamento de resistência à tarde ou à noite.

Para alimentar adequadamente os atletas para a prática desses exercícios, D’Orazio diz que eles estão entre quem não pode fazer jejum intermitente.

Krista Scott-Dixon, diretora da Precision Nutrition disse: “Acho que um dos problemas com qualquer tipo de dieta ou exercícios é quando as pessoas consideram isso fora de contexto. Mesmo algo que é ‘bom’ pode não ser bom para você. Temos que considerar o quadro como um todo.” continuou a especialista.

6. Crianças, adolescentes e mulheres grávidas

O jejum pode afetar os hormônios envolvidos no crescimento, de modo que crianças e adolescentes que ainda estão crescendo não devem fazer jejum intermitente. O mesmo se aplica às mulheres grávidas. Quem está amamentando também deve evitar o jejum intermitente.  

Outras situações que você não deve fazer jejum intermitente:

  1. Se estiver tomando anticoagulante como a varfarina.
  2. Se tiver um IMC – Índice de Massa Corporal – abaixo de 18,5 ou se estiver abaixo do peso.
  3. Menores de 18 anos.
  4. Se estiver com uma condição de saúde ou estiver tomando alguma medicação sob prescrição médica deverá conversar com o seu médico antes de iniciar tanto o jejum intermitente como qualquer outra dieta ou prática de exercício físico.

Esses são os principais exemplos de quem não pode fazer jejum intermitente. Mesmo que você não se enquadre em nenhuma dessas opções, o mais adequado é conversar com o seu médico ou nutricionista antes de começar qualquer dieta.

Vídeo:

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Fontes e Referências Adicionais:

Você já sabia quem não pode fazer jejum intermitente? Tem desejo de experimentar esse modelo de dieta? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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