Pfizer anuncia 95% de eficácia em análise final da sua vacina contra a COVID-19

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A farmacêutica americana Pfizer anunciou na quarta-feira, 18 de novembro, que a análise final da terceira fase de testes da sua vacina contra a COVID-19 indicou uma eficácia de 95% na prevenção da doença.

Aparentemente, a vacina que é produzida pela Pfizer em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech, também ajuda em casos severos da COVID-19. Além disso, as empresas divulgaram que a eficácia da vacina entre os idosos foi de mais de 94%.

Ademais, os fabricantes da vacina afirmaram que a eficácia da vacina se mostrou consistente entre todas as idades, raças e etnias.

Aliás, na segunda-feira, 9 de novembro, a Pfizer já havia anunciado que uma análise inicial da sua vacina contra o novo coronavírus apontou uma eficácia de 90% entre os voluntários que participaram dos testes com o imunizante.

“A análise final ressalta os resultados positivos anunciados em 9 de novembro. Os dados indicam que a nossa vacina consegue induzir uma taxa alta de proteção contra a COVID-19 apenas 29 dias após a primeira dose”, declarou o CEO da BioNTech, Ugur Sahin.

“Além disso, observou-se que a vacina é bem tolerada em todas as faixas etárias. Em grande parte com efeitos colaterais leve a moderados, o que deve ser parcialmente devido à sua dose relativamente baixa”, completou Sahin.

De acordo com as empresas responsáveis pela vacina, o seu efeito colateral mais comum foi a fadiga. Registrou-se que 3,7% dos voluntários contaram que sentiram cansaço após receber a segunda dose do imunizante.

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Nem tudo está definido

Vacina para covid

Entretanto, especialistas da área médica avisam que não está claro por quanto tempo as vacinas em desenvolvimento contra a COVID-19 concederão imunidade. E nem com que frequência será preciso repor as doses já tomadas. Geralmente, os estudos com vacinas levam anos.

Isso porque não há tempo de fazer estudos mais longos com as vacinas, de dois anos de duração, antes de disponibilizá-las. Há urgência por uma vacina contra o novo coronavírus devido ao alto número de casos e mortes que ele vem trazendo.

A saber, até a tarde da quarta-feira, 18 de novembro, o mundo contabilizava mais de 55,9 milhões de infecções pelo novo coronavírus. Além disso, eram aproximadamente 1,34 milhões de morte devido à COVID-19.

Mais detalhes sobre a análise

A análise final da vacina da Pfizer e da BioNTech avaliou 170 casos de COVID-19 entre os mais de 43 mil voluntários que participaram da última fase de testes.

Uma informação importante é que entre esses milhares de voluntários, metade recebeu o placebo (substância neutra, sem efeitos, ou seja, não tomaram a vacina). Já a outra metade tomou a vacina, como é padrão nesse tipo de teste.

Dos 170 casos de COVID-19, 162 eram participantes que tomaram o placebo e somente 8 receberam as duas doses da vacina, informaram as empresas. A partir desses números é que se obteve a estimativa de 95% de eficácia da vacina.

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Além disso, acredita-se que a vacina aparenta prevenir quadros severos da COVID-19 porque dos 10 casos graves de COVID-19 entre os voluntários dos testes na fase três, nove eram de pessoas que tomaram o placebo.

Os próximos passos

Agora, o plano da Pfizer é solicitar uma autorização da Food and Drug Administration (FDA), órgão de saúde americano que controla os medicamentos e alimentos no país, para o uso emergencial da vacina.

A Pfizer e a BioNTech esperam produzir 50 milhões de doses ainda este ano e até 1,3 bilhão de doses em 2021.

Desafios na distribuição

Embora as notícias sobre a vacina da Pfizer a da BioNTech sejam promissoras, a distribuição do imunizante representa desafios, pois ele precisa ficar armazenado em uma temperatura de -70 º C.

A Pfizer afirmou que pretende enviar a sua vacina em caixas especiais com gelo seco e sensores habilitados para GPS. É possível armazenar o imunizante em freezer por até cinco dias.

Já em refrigeradores especiais ela pode ficar por até 15 dias. Entretanto, somente se houver a reposição do gelo seco e se as caixas com a vacina não forem abertas mais de duas vezes ao dia.

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Quando a vacina chega no Brasil?

Enquanto países como Japão, Estados Unidos, Inglaterra e Canadá já fecharam para receber doses da vacina da Pfizer, o Brasil ainda não tem um acordo para receber o imunizante.

No entanto, o governo brasileiro declarou que está em negociação com várias empresas que desenvolvem vacinas contra a COVID-19, entre elas a Pfizer. O Ministério da Saúde informou que teve uma reunião com uma equipe da companhia na terça-feira, 17 de novembro.

O que se sabe é que foi uma reunião técnica, para discutir o andamento da pesquisa e avaliar condições de compra, logística e armazenamento. No entanto, o Ministério da Saúde não deu mais detalhes sobre o encontro.

Portanto, enquanto a vacina da Pfizer ou outro imunizante contra a COVID-19 não chega por aqui, devemos continuar a nos proteger muito bem contra o novo coronavírus.

Ou seja, usar máscaras, manter uma distância de dois metros para outras pessoas, lavar as mãos ou passar álcool em gel com frequência e obedecer a todas as outras medidas preventivas contra o vírus.

Fontes e Referências Adicionais

A notícia te deixou esperançoso? Acha que estamos perto de uma vacina contra a COVID-19? Conte para nós nos comentários!

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