Mulher Com Coronavírus Apresenta Melhora Após Tratamento Com Células-Tronco, Afirma Estudo

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Você provavelmente já ouviu falar a respeito das células-tronco, chamadas de material bruto do organismo por darem origem a outras células com função especializada e cujo uso em tratamentos médicos tem sido estudado.

Com certeza você também já ouviu falar a respeito do coronavírus e ficou preocupado em encontrar maneiras de como se manter saudável e imune durante o surto de coronavírus.

Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? Bem, de acordo com informações de uma reportagem do South China Morning Post, uma mulher de 65 anos de idade que já tinha diabetes do tipo 2 e ficou muito doente depois de contrair o novo coronavírus (que recebeu o nome de COVID-19) teve uma recuperação surpreendente após ser submetida ao tratamento com células-tronco do cordão umbilical de recém-nascidos.

Ela estava sendo tratada na unidade de terapia intensiva do Hospital Baoshan, que fica na cidade de Kunming na China, por aproximadamente duas semanas depois de ter sido infectada pelo COVID-19.

Embora logo depois de ter ido ao hospital a chinesa tenha respondido bem ao tratamento, as coisas pioraram bastante e os seus órgãos começaram a falhar. Em frente a necessidade de agir rápido, os médicos consultaram o comitê de ética assim como a família da paciente para dar início ao tratamento com células-tronco.

Ela recebeu as três primeiras injeções de células-tronco no dia 9 de fevereiro de 2020 e após não apresentar reações adversas, recebeu mais uma dose, três dias depois da primeira. No dia 13 de fevereiro, a chinesa já conseguia sair da cama e dar uma caminhada curta, precisando apenas de uma ajuda limitada.

A aplicação final foi dada no dia 15 de fevereiro. Dois dias depois, a mulher deixou a unidade de terapia intensiva e pôde retornar à ala normal do hospital. Os seus sinais vitais se normalizaram e um teste de esfregaço na garganta deu negativo para o novo coronavírus.

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A impressionante história foi relatada em um paper publicado por pesquisadores da Universidade Kunming, também da China. Para os autores do estudo, embora um único caso tenha sido abordado, ele pode ser importante para inspirar práticas clínicas semelhantes no tratamento de pacientes criticamente afetados pelo COVID-19.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o caso da senhora chinesa foi um dos 14 testes que empregaram células-tronco no tratamento de pacientes diagnosticados com o coronavírus.

Em 15 de fevereiro de 2020, o diretor de tecnologia biológica do Ministério de Ciência e Tecnologia em Pequim na China, Zhang Xinmin, disse que os resultados preliminares dos experimentos com células-tronco no país sugerem que a terapia é segura e eficiente.

Outro paper, publicado no dia 28 de fevereiro, relatou que outros sete pacientes com coronavírus em Pequim estavam sendo tratados com células-tronco e respondendo ao tratamento de maneira similar à senhora chinesa de 65 anos. As informações são da South China Morning Post e da Mayo Clinic, organização da área de serviços médicos e pesquisas médico-hospitalares dos Estados Unidos.

A controvérsia com as células-tronco

As células-tronco embrionárias são obtidas a partir de embriões em fase inicial. Por motivos óbvios, essa extração de células-tronco embrionárias de embriões humanos representa uma série de questões e problemas éticos.

Por exemplo, as diretrizes dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos determinam que as células-tronco embrionárias extraídas de embriões criados pela fertilização in vitro só podem ser usadas quando o embrião não for mais necessário.

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Surgiram ainda alternativas à coleta de células-tronco, como a técnica de transformar células normais de tecidos em células-tronco, mas a estratégia foi manchada por escândalos nos Estados Unidos, no Japão e na Coreia do Sul, que envolverem a fabricação de dados experimentais.

Na China, a utilização de células-tronco de embriões saudáveis também está proibida, entretanto, os pesquisadores podem usar em seus estudos óvulos fertilizados que foram descartados devido a doenças ou anomalias.

Uma médica que trabalha com pacientes infectados pelo coronavírus em Pequim conversou com o South China Morning Post, porém pediu para não ser identificada, e afirmou que existe uma discussão emergente sobre os potenciais benefícios do tratamento com células-tronco.

Para ela, a indústria das células-tronco pode ter algum interesse investido em promover a sua tecnologia durante períodos de crise. Entretanto, a médica admite que se o tratamento realmente funcionar, deverá ser disponibilizado para mais pacientes. Desde que se obedeça aos parâmetros de ética e segurança, logicamente.

Conheça melhor o novo coronavírus

Ele é uma nova estirpe de uma grande família de vírus causadores de doenças respiratórias, que vão do resfriado comum até a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV, sigla em inglês) e a síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV, sigla em inglês).

O novo tipo de coronavírus, que apareceu na China em dezembro de 2019, recebeu o nome de SARS-CoV-2 e a doença provocada por ele foi chamada de COVID-19. Embora ainda seja necessário estudar melhor essa nova versão do vírus, sabe-se que os seus sintomas podem incluir febre, cansaço, dores leves, diarreia, nariz escorrendo e tosse. Ele ainda pode originar uma infecção no trato respiratório inferior, como uma pneumonia.

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É possível que algumas das pessoas infectadas pela condição não desenvolvam sintomas e não sintam-se mal. Ainda que cerca de 80% dos pacientes se recuperem da doença sem precisar de tratamentos especiais, aproximadamente uma em cada seis pessoas infectadas pelo vírus fica seriamente doente e desenvolve dificuldade para respirar, ao passo que em torno de 2% dos que pegaram o COVID-19 vieram a falecer.

Acredita-se que pessoas mais velhas e os indivíduos que sofrem com problemas de saúde preexistentes, como pressão alta, doença no coração ou diabetes, apresentam maiores riscos de desenvolver doenças sérias em decorrência do COVID-19.

Ainda não há vacina ou um medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a doença provocada pelo novo coronavírus, apesar de que uma empresa americana já testa medicamento contra o coronavírus e tem bons resultados.

Os pacientes afetados pelo SARS-CoV-2 recebem tratamentos para aliviar os sintomas, enquanto aqueles que desenvolvem problemas graves em decorrência do vírus são hospitalizados.

Já o grupo de estratégias recomendadas para prevenir-se contra o novo coronavírus e evitar que outras pessoas sejam infectadas por ele inclui:

  • Lavar as mãos com frequência, usando água e sabonete ao longo de pelo menos 20 segundos e respeitando os cinco momentos de higienização – antes de tocar o paciente; antes de realizar procedimento limpo/asséptico; após risco de exposição a fluidos corporais; após tocar o paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente;
  • Quando não tiver acesso à água e sabonete, higienizar as mãos com um desinfetante próprio para as mãos à base de álcool;
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
  • Não ter contato próximo com pessoas que estiverem doentes;
  • Manter pelo menos um metro de distância de alguém que esteja tossindo ou espirrando;
  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com o cotovelo dobrado ou com um lenço de papel – no caso do lenço, ele deverá ser jogado fora depois da tosse ou espirro;
  • Limpar e desinfetar os objetos e superfícies tocados com frequência, como corrimões de escada, mesas, telefones e utensílios compartilhados de escritório, por exemplo. Sim, até o seu smartphone pode ser responsável pela infecção do vírus!
  • Ficar em casa se estiver sentindo-se mal e procurar o atendimento médico se apresentar febre, tosse e dificuldade para respirar;
  • Manter-se informado sobre os últimos desdobramentos acerca do coronavírus e seguir as instruções das autoridades locais de saúde. As informações são da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

Além disso tudo, você sabia que também pode haver uma relação entre a qualidade do sono e o surto de coronavírus?

Fontes e Referências Adicionais:

Você já tinha ouvido falar do tratamento com células-tronco para diversas doenças? O que acha da possibilidade do uso para coronavírus? Comente abaixo!

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