Mudanças Que Podem Tornar a Rotina Durante a Pandemia Menos Pesada

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Não dá para negar: vivenciar o momento da pandemia do novo coronavírus é algo pesado. Afinal, o que o novo coronavírus pode fazer no organismo assusta, as notícias acerca do avanço da COVID-19 trazem bastante apreensão e ficar isolado em casa para evitar a exposição vírus não é fácil, sem contar os problemas financeiros que a pandemia trouxe a muitas famílias.

Mas as conclusões de um estudo publicado no dia 18 de maio na revista científica Nature Neuroscience, que indicaram haver uma associação entre o ambiente físico e o nível de felicidade de uma pessoa, podem nos dar ideias de como tornar a rotina durante a pandemia menos penosa.

O estudo

Para investigar se uma variação nas experiências diárias poderia resultar em um estado emocional mais positivo, o professor assistente de psicologia da Universidade de Wisconsin nos Estados Unidos Aaron Heller e seus colegas rastrearam via GPS pessoas de Nova Iorque e Miami ao longo de três a quatro meses.

Durante o período, os participantes da pesquisa foram questionados via mensagem de celular se estavam sentindo emoções positivas ou negativas. Foi observado que quando as pessoas tinham uma maior variação na sua localização, elas relatavam ter experimentado emoções positivas como estar atencioso, animado, feliz, relaxado ou forte.

Para saber se a relação entre as emoções positivas e a variação na localização tinha alguma associação com a atividade cerebral dos participantes, os pesquisadores submeteram aproximadamente metade desses participantes a exames de imagem por ressonância magnética (IRM).

Os pesquisadores observaram que os participantes que tinham uma ligação mais forte entre a diversidade de experiências e as emoções positivas também apresentavam uma conexão mais forte entre a atividade cerebral no hipocampo e no corpo estriado.

A professora assistente de psicologia da Universidade de Nova Iorque nos Estados Unidos, Catherine Hartley, explicou que o hipocampo é uma região do cérebro centralmente envolvida com a navegação espacial e com a formação de memória, mas que também é sensível a novidades em termos de ambiente espaciais.

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Hartley, que é uma das coautoras do estudo, esclareceu ainda que o corpo estriado está envolvido com o aprendizado acerca de quais ações e elementos do ambiente são gratificantes.

Heller adicionou que embora eles não tenha identificado um aumento da atividade nessas regiões cerebrais, eles observaram uma conectividade entre essas áreas, ligada ao nível em que a exploração do ambiente de uma pessoa estava associada ao humor positivo no dia a dia.

Segundo o professor assistente de psicologia da Universidade de Wisconsin, essa conexão cerebral entre o hipocampo e o corpo estriado é importante para atribuir valor a diferentes locais.

Para o pesquisador, isso sugere que diferenças individuais em termos de engajamento desse circuito cerebral podem influenciar em que nível a novidade e a diversidade no ambiente de uma pessoa é experimentada como gratificante. O que poderia, por sua vez, estimular uma maior busca por novas experiências.

Mas como adaptar isso a um contexto de pandemia?

Os autores do estudo reconheceram que pode ser difícil aplicar as descobertas do estudo no cenário de uma pandemia, em que as pessoas precisam permanecer em casa a maior parte possível do tempo.

A pesquisa observou uma associação entre a variação na localização dos participantes e as emoções positivas. Porém, enquanto a crise da COVID-19 não é solucionada, não dá para ficar indo de um local ou outro, pois ao fazer isso os riscos de ser exposto e contaminado pelo novo coronavírus são expressivos.

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Mas isso não significa que seja impossível adaptar as conclusões do estudo à rotina da pandemia para tentar torná-la mais leve. Segundo Hartley, mesmo em um regime de distanciamento social é possível diversificar a gama de experiências.

“Explorar pode significar fazer um caminho novo ao sair para dar uma caminhada ou introduzir uma variedade naquilo que você lê ou assiste ou com quem você tem contato todo dia. Enquanto o nosso estudo examinou os benefícios associados a novas experiências ligadas a locais físicos, o nosso trabalho sugere que se expor a cenas, sons e experiências aos quais não foi exposto recentemente pode ser similarmente gratificante”, explicou a professora assistente de psicologia.

O professor assistente de psicologia da Universidade de Nevada nos Estados Unidos, James Hyman, não participou do estudo, porém concordou com a colega. Segundo ele, existem muitas razões para acreditar que incluir outros tipos de novidade na rotina pode ter efeitos parecidos com os observados com a variedade de local físico.

“Leia novos livros, assista a novos programas, escute músicas novas, desafie-se a aprender e fazer coisas novas. Nós sabemos que quanto mais você fizer essas coisas dia após dia, o seu hipocampo e corpo estriado ventral deverão se tornar mais fortemente conectados. Como bônus, você se sentirá mais feliz”, sugeriu Hyman.

Além disso, dá para diferenciar os exercícios praticados em casa com um treino iniciante para fazer durante o surto de coronavírus ou com opções de treinos aeróbicos para fazer em casa durante a pandemia.

Para o professor da Universidade de Nevada, ao mesmo tempo em que a pandemia do novo coronavírus traz desafios sem precedentes, de algumas formas ela pode ser o melhor momento para tentar coisas novas, uma vez que muitos não podem sair para trabalhar, ir à escola ou faculdade ou participar de qualquer uma das suas atividades habituais. As informações são do site Healthline.

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Fontes e Referências Adicionais:

Você tem vivido muitas tensões e preocupações durante a pandemia da COVID-19? Como tem tentado passar ou se livrar delas? Comente abaixo!

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