Melhores dicas para acelerar a queima de gorduras

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Ter gordurinhas localizadas pelo corpo é algo que incomoda muitas pessoas. Elas geram desconforto ao vestir uma roupa mais justa ou uma roupa de banho para ir à praia ou piscina.

Entretanto, cultivar muita gordura no corpo é algo que não faz nada bem para a saúde. O excesso de gordura corporal pode provocar danos aos rins, além de ter uma relação com a apneia do sono e o aumento dos níveis sanguíneos de substâncias que causam inflamação.

É necessário ter uma cautela especial com a gordura localizada ao redor da cintura, pois ela aumenta ainda mais os riscos de saúde associados a ter gordura em outras regiões do corpo.

Mulheres com mais de 88,9 cm de cintura e homens com mais de 101,6 cm de cintura apresentam maiores chances de desenvolver doenças associadas à obesidade.

O sobrepeso e a obesidade podem ainda aumentar os riscos de ter diabetes do tipo 2, pressão alta, doença no coração, acidente vascular cerebral (AVC), alguns tipos de câncer, osteoartrite, doença hepática gordurosa.

O problema não afeta só quem está acima do peso

Mas a gordura localizada também pode insistir em permanecer até mesmo no corpo de quem já emagreceu bastante ou apresenta dificuldades para ganhar massa muscular.

A teimosa gordurinha localizada pode ficar em regiões como o quadril, a parte inferior da coxa, os braços ou a barriga.

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Por que será que isso acontece? Por que a tal da gordura localizada persiste em não ir embora mesmo com os esforços de uma dieta balanceada para emagrecer e exercícios físicos?

E qual seria a solução para combater o problema? Fique conosco, pois no artigo de hoje vamos trazer respostas para essas perguntas.

Primeiramente: conheça melhor a gordura localizada

Existem basicamente dois tipos de gordura. A gordura subcutânea, que fica abaixo da pele e é o que chamamos de gordura localizada pois fica mais evidente. E a gordura visceral, uma gordura mais profunda.

A gordura subcutânea é muito mais reativa à insulina. O hormônio ajuda a transformar a glicose no sangue em energia ou a armazená-la nos músculos, fígado ou como gordura para ser usada mais tarde.

Quando a insulina cai na corrente sanguínea e se prepara para armazenar a glicose na forma de gorduras, o local onde se guarda essa glicose é justamente a gordura subcutânea.

Assim, se há uma produção muito alta de insulina, o que ocorre devido aos picos de glicose no sangue resultantes do consumo de carboidratos simples, haverá um aumento considerável dessa gordura localizada.

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A resposta não está nas dietas restritivas

Dieta

Na busca de eliminar a gordura localizada, algumas pessoas podem aderir a dietas com reduções drásticas de calorias. Por exemplo, elas envolvem um consumo diário de 1,1 mil, 1 mil, 900 ou até menos calorias.

É muito difícil fornecer a energia e os nutrientes que o organismo necessita por meio dessas dietas, o que pode gerar problemas de saúde como deficiências nutricionais e efeitos colaterais decorrentes da falta de energia. Além disso, elas são ineficientes para perder gordura localizada.

Ao aderir a um programa alimentar do tipo, a pessoa até perde peso na balança, entretanto, a gordura localizada persiste em permanecer no corpo. Em parte, isso se explica pelo fato desses regimes provocarem a perda de massa em forma de músculos.

Além disso, em busca da sobrevivência por estar nesse estado de privação de calorias, o organismo vai armazenar gorduras para ter acesso à energia.

Em suma, as dietas restritivas vão tornar ainda mais difícil perder gordura localizada. Sem contar que é bem difícil manter-se nesse tipo de dieta.

Então, o que fazer para perder gordura localizada mais rapidamente?

A primeira dica já detalhamos aqui: parar de vez com as dietas malucas e radicais, em que reduz-se muito consumo diário de calorias, como na dieta do ovo ou dieta militar.

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Em segundo lugar, aderir a estratégias que mexem com a parte metabólica e de neurotransmissores do organismo que pode ajudar a queimar mais gorduras:

1. Jejum intermitente

Não precisa ser extremo e começar com um jejum mais pesado, como aqueles a partir de 16 horas, que são muito desafiadores para algumas pessoas. Um jejum de 12 horas já produz uma ativação maior da lipólise ou queima de gordura.

Por exemplo, em um jejum intermitente de 12 horas, a pessoa pode jantar às 19h e comer novamente às 7h da manhã. O que não parece ser tão difícil, uma vez que a pessoa passará dormindo a maior parte das horas em jejum.

No entanto, para todas as outras pessoas é essencial consultar o médico antes de iniciar a dieta para assegurar de que não pode ser perigoso fazer o jejum intermitente.

2. Ciclo de calorias

Estudos apontaram que os resultados em termos de perda de peso e adesão à dieta são melhores quando é feita uma ciclagem de calorias. Mas como é que isso pode funcionar?

Uma abordagem para emagrecer consiste em descontar da dieta diária uma quantidade de calorias, com base em quanto peso que deseja perder. Isso ainda leva em conta o número de calorias que se gasta diariamente.

Para saber o número exato para o seu caso em particular, é preciso ter a orientação de um nutricionista. Ele fará o cálculo com base em peso, altura, sexo, condições de saúde existentes, entre outros fatores individuais.

Um exemplo

Mas tomemos o exemplo de uma pessoa que normalmente consome 2 mil calorias por dia e chegou ao valor de desconto de 500 calorias. Portanto, ela vai passar a consumir 1,5 mil calorias diariamente.

Já no ciclo de calorias, a ideia é multiplicar o teor diário de calorias. No caso 1,5 mil calorias por sete para ter o total semanal de calorias – 10,5 mil calorias. Então, no lugar de consumir 1,5 mil calorias todo santo dia, a pessoa diversifica o teor calórico dependendo do dia da semana.

Por exemplo, ela pode consumir 1,3 mil calorias por dia de segunda-feira a sexta-feira e 2 mil calorias por dia no sábado e no domingo.

Isso é vantajoso em termos psicológicos, pois permite comer um pouquinho mais no final de semana, como se fosse uma espécie de recompensa, o que torna mais fácil manter-se firme ao plano alimentar.

Além disso, acredita-se que a técnica auxilia em termos de secreção de hormônios e neurotransmissores que podem favorecer uma queima mais rápida de gorduras.

3. Ciclo de carboidratos

Aqui, a oscilação ocorre na composição nutricional, mais precisamente no consumo diário de carboidratos. Estamos falando do ciclo de carboidratos ou carb cycle, em inglês.

O teor de calorias da dieta não muda, mas a quantidade de macronutrientes varia a cada dia. A quantia de proteínas continua igual, mas os teores de carboidratos e gorduras mudam a cada dia. Quando se aumenta o carboidrato, reduz-se a gordura (do tipo saudável) e vice-versa.

Por exemplo, em dois dias da semana a pessoa consome uma quantidade normal de carboidratos (high-carb). O teor exato varia conforme o tamanho da pessoa e da quantia de exercício que ela pratica.

Já em três dias da semana ela ingere um teor médio de carboidratos (medium-carb). Enquanto nos dois dias restantes, consome uma quantidade pequena de carboidratos (low-carb).

Vídeo: Como perder gordura localizada

Assista nos vídeos a seguir as dicas das nossas nutricionistas para perder gordura.

Vídeo: Como queimar gordura sem fazer exercícios

Fontes e Referências Adicionais

Você tem dificuldades com o acúmulo de gorduras localizadas? Que tal compartilhar sua experiência nos comentários?

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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