Gordura no Fígado Grau 1 é Perigoso? Sintomas e O Que Fazer

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Devido a enorme preocupação sobre gordura no fígado, descubra a seguir se gordura no fígado grau 1 é perigoso, seus sintomas e o que fazer.

A gordura no fígado que também é conhecida como esteatose hepática ou DHGN – Doença hepática gordurosa não alcoólica acontece quando a gordura se acumula no fígado, e embora ter pequenas quantidades de gordura neste órgão seja normal, uma grande quantidade pode se tornar um problema de saúde.

O fígado é o segundo maior órgão do corpo humano, ele ajuda a processar nutrientes de alimentos e bebidas e filtra as substâncias que são nocivas para o sangue.

É importante entender o que é gordura no fígado. Além disso,  saber o que causa a gordura no fígado e seus principais sintomas ajuda a detectar  o problema e procurar um diagnóstico médico e tratamento adequado. Saber como seguir uma dieta para tratar a gordura no fígado  também é muito importante.

Quando o excesso de gordura no fígado ocorre em pessoas que consomem muitas bebidas alcoólicas, essa condição é conhecida como doença hepática alcoólica.

De acordo com uma pesquisa publicada no World Journal of Gastroenterology, a gordura no fígado afeta de 25 a 30% das pessoas na Europa e Estados Unidos.

Já de acordo com o site do Dr. Drauzio Varella, a estimativa é que 30% da população sofra com essa condição e aproximadamente metade pode evoluir para formas mais graves desta doença.

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O que causa gordura no fígado

A gordura no fígado se desenvolve quando o corpo produz muita gordura ou não consegue metaboliza-la com eficiência e o excesso é armazenado nas células do fígado, onde o acúmulo causa a esteatose hepática – gordura no fígado.

Esse acúmulo de gordura pode ocorrer devido à vários fatores e em comparação com a doença hepática alcoólica que é causada pelo consumo excessivo de álcool, suas causas são menos claras.

Um ou mais dos seguintes fatores podem ser responsáveis, são eles:

  • Níveis altos de açúcar de no sangue;
  • Altos níveis de gordura, especialmente triglicerídeos no sangue;
  • Obesidade;
  • Resistência à insulina.

Os menos comuns são:

  • Rápida perda de peso;
  • Exposição a certas toxinas;
  • Gravidez;
  • Alguns tipos de infecções como hepatite C;
  • Certos genes também podem aumentar o risco de desenvolver gordura no fígado;
  • Efeitos colaterais de alguns tipos de medicamentos como metotrexato (Trexall), ácido valpróico (Depakote), amiodorona (Pacerone) e tamoxifeno (Nolvadex).

Diferentes graus (estágios) de gordura no fígado

Os estágios de desenvolvimento desta condição são divididos em graus, são eles:

  • Grau 1 (leve): É representado por um leve aumento difuso dos ecos finos no parênquima hepático com resposta normal do diafragma e das bordas dos vasos intra-hepático.
  • Grau 2 (moderado): É representado por um aumento difuso moderado dos ecos finos com a visualização levemente prejudicada dos vasos intra-hepáticos e diafragma.
  • Grau 3 (acentuado): É representado por um aumento acentuado dos ecos fios com pouca ou nenhuma visualização das bordas dos vasos intra-hepáticos, diafragma e porção posterior do lobo direito do fígado.

Quando uma pessoa sofre com o grau 1 de gordura no fígado é importante cuidar para impedir que ele avance para o grau 2 e 3.

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Sintomas de gordura no fígado

Nos estágios iniciais muitas pessoas com essa condição não sabem que têm um problema hepático pois os sintomas, principalmente no caso da gordura no fígado grau 1 podem ser vagos e inespecíficos.

Em muitos casos essa doença é detectada acidentalmente durante exames de sangue de rotina ou ultrassonografia feita devido a outras queixas.

Muitas pessoas se perguntam se a gordura no fígado grau 1 é perigoso, mas embora ela seja menos do que o grau 2 e 3 o maior perigo é que ela se desenvolva para os outros graus.

No grau 1 o acúmulo de gordura ocorre apenas em torno da superfície externa do órgão o que realmente não interfere nas suas funções.

Já os graus 2 e 3 são mais graves pois exigem esforços mais intensos para ajudar a pessoa a se recuperar completamente.

Maneiras fáceis e eficazes de tratar a gordura no fígado grau 1

Você pode combater a gordura no fígado grau 1 seguindo certas técnicas fáceis, porém altamente eficazes em sua rotina.

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Algumas medidas comuns que irão te ajudar a lidar com a gordura no fígado grau 1 são:

Controle os seus níveis de colesterol

Evite o consumo de gorduras saturadas para reverter a gordura no fígado. Siga hábitos alimentares saudáveis e mantenha seus níveis de colesterol estáveis.

Evite o consumo de bebidas alcoólicas

O álcool presente nas bebidas alcoólicas é um dos principais fatores que causam a gordura no fígado, e se você está com o grau 1, reduza a ingestão de álcool para prevenir que o seu fígado sofra com danos futuros.

Controle seus níveis de açúcar no sangue

Se você é diabético ou tem um forte histórico familiar de diabetes, manter seus níveis de açúcar no sangue estáveis através de mudanças no seu estilo de vida e medicamentos pode impedir um avanço maior da gordura do fígado.

Como você pode ver, gordura no fígado grau 1 é perigoso principalmente por poder avançar para outros graus ou até mesmo levar a cirrose ou insuficiência hepática.

Evite os alimentos não saudáveis

Alimentos como arroz branco, farinha refinada, massas, produtos de panificação entre outros que não são saudáveis devem ser restritos, assim como as batatas, pois contêm carboidratos que podem levar à deposição de gorduras no fígado.

Pratique exercícios físicos regularmente e controle o ganho de peso

A obesidade é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento da esteatose hepática, e manter uma rotina regular de exercícios físicos e programas para a perda de peso podem te ajudar a controlar alterações de gordura no fígado.

Pense antes de comer

Manter refeições equilibradas todos os dias pode facilmente te ajudar a manter o seu fígado saudável e longe do excesso de acúmulo de gordura.

Adicione grãos integrais à sua dieta

Os grãos integrais não processados contêm vitaminas essenciais necessárias para que ocorra uma decomposição bem-sucedida de substâncias tóxicas que podem acabar no fígado após o processo de filtragem do sangue.

Restrinja a ingestão de açúcar e sal

Consuma o mínimo possível de açúcar e sal para evitar a gordura no fígado.

Escolha os óleos de cozinha saudáveis

Escolha óleos saudáveis para os seus alimentos como azeite de oliva, óleo de linhaça, óleo de coco entre outros similares que são seguros e saudáveis.

Os óleos vegetais e de sementes prensados a frio contêm ácidos graxos essenciais em sua forma natural, o que são importantes para manter o seu fígado saudável.

Coma frutas e folhas verdes em abundância

Frutas e vegetais são ricos em antioxidantes e por isso ajudam a desintoxicar o corpo liberando suas toxinas além de conterem enzimas e substâncias estimulantes do sistema imunológico que podem fortalecer ainda mais o fígado.

Como você já sabe, a gordura no fígado grau 1 é perigoso quando não diagnosticada a tempo de prevenir que ela cause danos maiores ou evolua para outros graus e até mesmo a insuficiência hepática.

Por geralmente não causar sintomas facilmente perceptíveis é importante manter os seus exames de sangue rotineiros em dia e consultar o seu médico para obter um diagnóstico e tratamento ideal.

Vídeo: 8 sintomas de gordura no fígado

Confira o vídeo abaixo e saiba mais sobre os principais sintomas de gordura no fígado:

Fontes e Referências Adicionais:

Você já se perguntou se gordura no figado grau 1 é perigoso? Já foi diagnosticado com isso? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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