Exame de Curva Glicêmica – O Que é, Resultado, Para Que Serve e Mais

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Os hábitos alimentares ruins, o aumento do estresse e também o sedentarismo são as principais causas para o crescimento dos índices de excesso de peso, dos índices de obesidade e também o aumento da incidência de muitas doenças, dentre elas a Diabetes Mellitus tipo 2. Atualmente, no mundo, existem 371 milhões de pessoas com diabetes, sendo a maior parte de diabetes tipo 2, que é causada por um estilo de vida ruim.

Para que se possa identificar um possível quadro de diabetes tipo 2, é importante que faça os exames periódicos todos os anos, entre eles o exame de curva glicêmica. Conheça abaixo o que é o exame de curva glicêmica, saiba o que é e para que serve e entenda melhor como este exame pode ajudar no controle da sua saúde.

Os carboidratos na alimentação

Muitas vezes, os carboidratos são considerados grandes vilões na alimentação, pois ao longo dos últimos anos houve um expressivo crescimento de diversas doenças que estão diretamente relacionadas ao consumo de carboidratos refinados e produtos contendo açúcar.

É importante que se entenda que todos os nutrientes são fundamentais para que se tenha um bem-estar completo, porém, alguns tipos de carboidratos podem causar prejuízos à saúde.

Os carboidratos são macronutrientes e estes são abundantes na natureza, sendo muito utilizados há séculos por nossa sociedade. A principal função deste macronutriente é promover energia ao organismo e a todas as suas funções vitais, sendo rapidamente convertido em glicose para que esta seja transportada para todas as células do corpo humano.

De acordo com a Dietary Reference Intakes publicada pela USDA, recomenda-se que entre 45% e 65% das calorias sejam provenientes de carboidratos.

Os carboidratos considerados saudáveis são encontrados nas frutas, nos legumes, nas verduras, nos grãos e nos produtos integrais. Os carboidratos considerados ruins e que devem ser evitados estão contidos nos produtos à base de grãos refinados e em produtos ricos em açúcar, entre eles os doces, os pães brancos, as massas brancas, os refrigerantes, sucos concentrados, os biscoitos, sorvetes, entre muitos outros produtos processados.

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O que é glicemia?

O termo glicemia se refere à quantidade de glicose presente no plasma sanguíneo, sendo um índice muito importante para a verificação e o diagnóstico de algumas doenças e controle de problemas como a diabetes. Quando as taxas de glicemia estão abaixo do normal, isto caracteriza um quadro de hipoglicemia, e quando estes excedem os valores considerados normais, isto caracteriza um quadro de hiperglicemia.

A glicemia é basicamente regulada por dois hormônios, a insulina e o glucagon. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e que permite a entrada de glicose nas células para que esta seja transformada em energia. O glucagon também é um hormônio produzido pelo pâncreas e que tem um efeito oposto ao da insulina, pois este é responsável pelo aumento da taxa de açúcar na corrente sanguínea.

Quando ocorre uma queda na taxa de açúcar do sangue, gerando um quadro de hipoglicemia, o glucagon entra em ação. Este é responsável por quebrar o glicogênio armazenado no fígado em glicose e também por levar esta glicose novamente para a corrente sanguínea para ajudar a normalizar a taxa de açúcar no sangue. Em pacientes diabéticos, os níveis altos de glicemia no sangue podem inibir a liberação do hormônio glucagon, gerando quadros de hipoglicemia grave.

A taxa de glicemia irá variar bastante em função dos alimentos que são ingeridos e esta irá determinar a quantidade do hormônio insulina que deverá ser liberado pelo pâncreas. Os níveis normais de glicose na corrente sanguínea devem estar entre 70 mg/dL e 100 mg/dL em condições de jejum, para adultos saudáveis. Entre os muitos exames que são realizados para a verificação das taxas de glicemias, está o exame de curva glicêmica.

O que é o exame de curva glicêmica e para que serve?

A curva glicêmica é um exame de sangue feito em conjunto com um teste oral para medir a tolerância do organismo à glicose que também é conhecido como Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG). Este exame verifica a capacidade do organismo em processar uma determinada quantidade de glicose e normalmente é utilizado para se diagnosticar um possível quadro de diabetes.

A diabetes tipo 2 é uma doença crônica e que pode afetar a forma como o corpo metaboliza a glicose, criando uma resistência aos efeitos da insulina, que é o hormônio regulador da entrada de glicose nas células. Quando o corpo não produz este hormônio de forma adequada, diversos sintomas podem surgir, dentre eles problemas de cicatrização, vontade de urinar várias vezes ao dia, formigamento nos pés, alterações na visão, infecções frequentes, entre muitos outros. A diabetes tipo 2 é grave e pode ser fatal.

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O exame de curva glicêmica deve sempre ser realizado em jejum de 8 a 14 horas e, preferencialmente, no período da manhã. O paciente é submetido a uma sobrecarga de glicose que consiste em uma solução aquosa de 25% e com 75 g de glicose por via oral. Em seguida, são realizadas coletas de sangue para determinar a dosagem de glicose em vários períodos diferentes, até que se chegue a 120 minutos após a ingestão da solução que é chamada de curva glicêmica clássica.

Alguns cuidados devem ser tomados antes da realização deste tipo de exame. Não é recomendada a realização de exercícios físicos antes do mesmo, já que estes podem causar alterações na corrente sanguínea. Também deve ser evitada a utilização de medicamentos que possam causar alterações na curva glicêmica e que tenham alguma interferência no metabolismo dos carboidratos, entre eles os medicamentos laxantes.

Os valores de referência que são considerados para uma curva glicêmica normal utilizados para o exame de curva glicêmica são de 100 mg/dL de glicose na corrente sanguínea, para os casos de jejum, e de até 140 mg/dL de glicose no sangue, após 2 horas da ingestão da mesma. Para um resultado acima de 125 mg/dL até 200 mg/dL de glicose, considera-se um quadro de diabetes e um novo exame pode ser solicitado para a confirmação do resultado e a realização adequada de um diagnóstico.

Além da análise da curva glicêmica que visa verificar alguma alteração no metabolismo da glicose, o exame também pode incluir a curva insulinêmica, que consiste em um exame para avaliar o aumento da insulina em resposta á sobrecarga de glicose e também a resistência à insulina.

Conclusão

O exame de curva glicêmica é um dos exames mais importantes de rotina, auxiliando na verificação das taxas de glicemia do sangue e sendo fundamental para o correto diagnóstico de doenças como a diabetes. Existem vários fatores relacionados à realização deste exame que pode apresentar uma curva insulinêmica normal ou que pode apresentar alterações nos resultados. A realização dos exames de rotina é fundamental para a manutenção da saúde ao longo da vida.

Fontes e Referências Adicionais:

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Você já realizou algum exame de curba glicêmica? Qual foi o seu resultado e que indicações o médico lhe passou? Comente abaixo!

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