A Dieta da Proteína: Como Funciona, Cardápio e Dicas

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A dieta da proteína é muito utilizada para as pessoas que desejam emagrecer e existem diversas variações dela hoje em dia. As dietas desse tipo, que são ricas em um único tipo de alimento e pobre nos demais, deve ser seguida com precisão e durante um período pré-determinado, já que pode gerar danos sérios à saúde se não for seguida corretamente, segundo uma corrente médica. Com a consciência de todos os pré-requisitos dessa dieta, os benefícios extraídos dela são eficazes e permanentes.

Basta entender como funciona, conhecer os alimentos permitidos no cardápio (e os que não são) e praticar o treino recomendado para tirar proveito dessa dieta tão famosa.

Como Funciona

Inicialmente, para entender como funciona a dieta da proteína, deve-se deixar claro que ela requer que, de 30% a 50% das calorias ingeridas durante o dia, provenham das proteínas. Especialistas recomendam entre 0,5g e 1g de proteína por cada quilo que compõe seu peso.

O processo ocorre da seguinte forma: o corpo, acostumado a queimar carboidratos como combustível, passa a queimar gorduras estocadas quando há pouca ingestão de carboidratos. Esse processo metabólico de queimar as gorduras na falta de carboidratos chama-se cetose.

Durante os primeiros dias da dieta, é comum sentir enjoo, fraqueza, desidratação, tremores, mudanças de humor, dores de cabeça, indisposição, sonolência e tontura. Com o tempo, o corpo acostuma-se com essas sensações, que também vão diminuindo ao longo da dieta.

Além disso, a proteína demora mais para ser digerida e metabolizada, e isso significa que o corpo queima mais calorias para processá-la. Assim, elas dão uma sensação de saciedade prolongada, fator de considerável ajuda para quem quer emagrecer.

Benefícios à saúde

Estar no processo de cetose, característica da dieta da proteína, pode trazer muitos benefícios. O mais comentado deles é a perda rápida de gordura, principalmente a que fica acumulada na região de cintura. Além disso, devido ao baixo consumo de carboidratos, a quantidade de glicose no sangue diminui, o que resulta em uma sensação prolongada de saciedade e um menor desejo por doces e outros carboidratos.

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Com o consumo elevado de proteínas, a manutenção da massa magra é facilitada, sendo mais fácil de realizar exercícios físicos. Além disso, o metabolismo acelera e contribui ainda mais para a queima de calorias. O processo de cetose ainda ajuda a evitar a retenção de líquidos.

Proteínas são essenciais para diversas funções do corpo, incluindo crescimento, desenvolvimento do cérebro, saúde dos ossos e produção de hormônios.

Cuidados

Todas as dietas que restringem muito o que pode ser consumido trazem riscos e requerem alguns cuidados a mais de quem as segue. A dieta da proteína não é exceção e médicos alertam que algumas fontes de proteína, como carnes gordas e derivados do leite integral, por exemplo, podem elevar o colesterol. Por isso, evitar esses grupos de alimentos ou consumi-los em versões de pouca gordura é essencial.

Outro cuidado a se tomar é para os que possuem problemas renais. A proteína tenciona os rins e podem levar a sérios problemas nesses órgãos, além de aumentarem as chances de ocorrer cálculo renal ou osteoporose (na dieta da proteína, urina-se mais cálcio do que o normal).

Durante a cetose, o corpo forma substâncias que podem afetar o apetite e causar náuseas e problemas respiratórios. Para evitar esses quadros, beber bastante água é fundamental, além de consumir alguns carboidratos “bons” já citados anteriormente, os quais não irão afetar negativamente na dieta da proteína. 

Cardápio

O cardápio de uma dieta da proteína consiste, basicamente, em escolher alimentos nutritivos e ricos em proteínas. Alguns exemplos são: carnes magras, frutos do mar, feijão, soja e derivados do leite. Alguma dietas proteicas fazem recomendações para escolha de carnes magras enquanto outras não veem nenhum problema nos cortes gordurosos.

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Para auxiliar na escolha dos melhores alimentos para essa dieta, abaixo está uma lista de alguns deles e a quantidade de proteínas encontradas em cada um:

  • ½ copo de queijo cottage (versão light): 14g
  • 3 pedaços pequenos de tofu: 13g
  • ½ copo de lentilha: 9g
  • 2 colheres de sopa de manteiga de amendoim: 8g
  • 1 fatia de carne, peixe ou frango: 15g
  • 1 fatia de queijo: 5g
  • ½ copo de feijão: 7g
  • 1 ovo: 6g

Não é só de proteína que se faz o cardápio a dieta da proteína. Adicionar alguns tipos de carboidratos e gorduras, em pouca quantidade, também é importante. Os carboidratos mais indicados são frutas, vegetais e grãos inteiros. Já para as gorduras, recomenda-se nozes, sementes, azeitonas, óleos, peixe e abacate.

Vegetarianos precisam ser mais criativos para consumir e compor suas refeições. Alguns exemplos de alimentos para a rotina do vegetariano, são: manteiga de amendoim, arroz e feijão, tofu, linhaça, farinha de trigo e quinoa. As proteínas de origem vegetal são tão deliciosas e nutritivas quanto as de origem animal. Porém, só na combinação certa entre si é que elas conseguem passar os principais aminoácidos que o corpo precisa.

A dieta da proteína normalmente contém um cardápio que permite que a pessoa coma ilimitadas quantidade de carne, frango, peixe, ovos, alguns vegetais e queijos, enquanto os carboidratos são muito limitados, mas não deixam de ser importantes. Os alimentos que devem ser evitados são: açúcar, óleos de sementes, gorduras trans, doces artificias, produtos industrializados que são diet, entre outros.

Dicas

Seguindo o cardápio correto e entendendo como funciona, a dieta da proteína pode ajudar a pessoa a perder peso e construir massa muscular. Para facilitar o processo da dieta e amenizar quaisquer efeitos incômodos, a principal dica é beber muita água ou bebidas com eletrólitos (sem açúcar, para não interromper o processo de cetose).

A segunda grande dica é tomar cuidado para não deixar de consumir alguns nutrientes importantíssimos, como vitaminas e minerais. Além disso, é considerável a ideia de mesclar diferentes proteínas em uma mesma refeição. Por exemplo, consuma salmão (que é rico em ômega 3), feijão ou lentilha (que fornecem fibras), nozes na salada e amêndoas. A ideia é revezar e aglomerar diversos tipos de alimentos ricos em proteína e, assim, usufruir dos demais compostos presentes nestes, como as vitaminas e minerais.

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Você já experimentou fazer a dieta da proteína para emagrecer alguma vez? Foi capaz de seguir suas restrições sem problemas? Comente abaixo.

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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