Diabético Pode Doar Sangue?

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Para controlar os níveis de glicose na corrente sanguínea, as pessoas que sofrem com diabetes são submetidas a algumas restrições alimentares e, por isso, precisam saber se diabético pode doar sangue.

O fato é que cada país tem suas regulamentações e órgãos responsáveis que pautam as diretrizes do que é permitido ou não.

A doação de sangue é um ato voluntário em que o doador disponibiliza uma fração de seu próprio sangue, que deverá ser armazenado e utilizado em transfusões em pacientes compatíveis, quando necessário.

Saiba o que as diretrizes brasileiras regem sobre doação de sangue feita por diabéticos.

Requisitos Para Doar Sangue

Se você está pensando em doar seu sangue, deve se dirigir a um hemocentro que faça a coleta. Além das unidades próprias, também é possível encontrar hemocentros dentro de alguns hospitais.

Normalmente esse é um procedimento que não requer agendamento prévio, mas o doador deve cumprir alguns requisitos necessários para garantir que o material coletado possa, de fato, ajudar outras pessoas.

Quanto à faixa etária, exige-se que o doador tenha entre 16 e 69 anos. Já o peso estipulado para tornar a doação possível é de, no mínimo, 50 quilos.

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No momento da doação, o doador deverá apresentar um documento de identidade com foto, como RG, Carteira Nacional de Habilitação ou passaporte. No entanto, se o doador for menor de idade, então deverá apresentar o consentimento formalizado pelos pais ou responsável legal.

É importante ressaltar, ainda, que o procedimento é totalmente seguro e não ocasiona nenhum tipo de risco, uma vez que o material utilizado para a coleta nunca é reutilizado, mas totalmente descartável.

Além disso, os outros requisitos para a doação são:

  • Pessoas com idade entre 60 e 69 só poderão doar sangue se já tiverem sido submetidos a esse procedimento anteriormente;
  • É necessário estar alimentado antes do procedimento. Recomenda-se, no entanto, que o doador evite alimentos gordurosos nas três horas anteriores ao momento da doação;
  • É necessário respeitar a frequência máxima de doação anual. Homens podem doar sangue até quatro vezes ao ano, enquanto mulheres podem doar até três vezes no mesmo período;
  • É indicado que o doador tenha dormido, pelo menos, seis horas nas última 24 horas anteriores à doação;
  • Se a coleta de sangue ocorrer após o almoço, então o doador deverá aguardar, em média, duas horas para se submeter ao procedimento.

Diabético Pode Doar Sangue?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, as diretrizes adotadas que regem a coleta sanguínea são pautadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS –, que regulamenta os critérios de seleção dos doadores diabéticos.

O primeiro ponto a se considerar para saber se diabético pode doar sangue é que o doador deve estar em boas condições de saúde. Ou seja, não estar com nenhum quadro infeccioso ou doenças descompensadas no momento da doação.

Quanto aos indivíduos diabéticos, podem doar aqueles que tenham diabetes mellitus devidamente controlada por meio de uma dieta para diabético ou de medicação oral.

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Além disso, a doação é permitida a quem não tenha história de pressão baixa, doença vascular ou feridas nos pés oriundas da diabetes. Se você se enquadra nesses parâmetros, então não haverá restrições quanto à doação.

No entanto, pessoas que fazem uso de insulina ou que possuem complicações oriundas da doença não podem se submeter à doação.

Diabetes, Doação e Medicamento

Se você é diabético mas não faz uso de insulina, possui um bom estado de saúde, e faz uso de medicamentos orais diversos para diabetes, então você é um candidato elegível à doação.

Isso, no entanto, só é válido se não houver tido nenhuma alteração nos remédios consumidos nas 4 semanas que precederem o procedimento, já que alteração de medicação pode alterar os níveis de glicose no sangue.

Fatores que Interferem na Doação de Sangue

A doação de sangue é restrita e possui critérios e parâmetros adotados a fim de que se possa garantir que o sangue coletado é saudável e não irá causar danos à pessoa que irá recebe-lo.

Por isso, quando o sangue é doado, ele passa por exames laboratoriais a fim de que os profissionais se certifiquem de que não há qualquer tipo de contaminação sanguínea que possa ser passada a uma pessoa em casos de transfusão.

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Nível de Açúcar na Corrente Sanguínea

Quando o potencial doador está com os níveis de açúcar dentro dos parâmetros definidos pelos órgãos médicos, e o indivíduo apresenta boas condições de saúde, então, a princípio, o sangue pode ser doado desde que não esteja fazendo uso de insulina, como mencionado anteriormente.

Uso de Insulina

Qualquer pessoa que faça uso de insulina a partir de 1980 não é elegível à doação.

Isso se deve às preocupações com transmissão de doenças como Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como vaca louca, que tem como característica a rápida deterioração mental e que não possui cura.

Quais São os Fatores Impeditivos Para a Doação?

Quando se fala em fatores impeditivos para doação sanguínea em relação aos diabéticos, há que se considerar os fatores que impedem a doação temporariamente, e os que impedem permanentemente.

Isso quer dizer que os potenciais doadores, após se recuperar desses fatores temporários, estarão aptas a doar.

Por outro lado, os fatores impeditivos permanentes são critérios que tornam uma pessoa inapta à doação de forma definitiva. Conheça-os:

Fatores Impeditivos Temporários

Se você se encaixa em um ou mais dos critérios abaixo mencionados, então você é considerada uma pessoa inelegível para a doação de sangue até findar tais condições, que são:

  • Ter sido submetido a exames e procedimentos com o uso de endoscópio nos últimos 6 meses;
  • Ter se submetido à extração dentária nas últimas 72 horas;
  • Ter consumido bebida alcoólica nas últimas 12 horas anteriores à doação;
  • Ter se submetido à sessão de tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses – os piercings em cavidade genital/oral impedem a doação;
  • Gripes e resfriados – a doação só poderá ser feita 7 dias após o desaparecimento dos sintomas;
  • Febre e diarreia;
  • Gestação;
  • Amamentação;
  • Ter se submetido à transfusão de sangue nos últimos 12 meses;
  • Manifestação de varizes, hérnias, apendicites e amigdalectomia nos últimos 3 meses;
  • Nefrectomia, tireoidectomia, colectomia, redução de fraturas, colecistectomia, histerectomia, politraumatismos sem sequelas nos últimos 6 meses.

Fatores Impeditivos Permanentes

As condições que impedem a doação de sangue de forma definitiva são:

  • Uso de drogas injetáveis ilícitas;
  • Ter sido diagnosticado com hepatite após os 11 anos de idade;
  • Ter tido malária;
  • Doenças autoimunes como tireoidite de Hashimoto ou lúpus;
  • Já teve qualquer tipo de câncer;
  • Possui problemas de coagulação sanguínea;
  • Tem ou já teve elefantíase, hanseníase, calazar ou brucelose;
  • Presença das seguintes doenças:
  • Hepatites B e C;
  • Doença de Chagas;
  • AIDS (vírus HIV);
  • Doenças associadas aos vírus HTLV I e II.

Cuidados Pós-Doação

Para garantir que seu corpo reaja positivamente ao procedimento, alguns cuidados devem ser tomados, uma vez que foi retirado sangue do seu corpo e você poderá apresentar sinais de fraqueza caso não cumpra os cuidados recomendados, que são:

  • Aumentar o consumo de água;
  • Mantenha o curativo no local onde a agulha fora punçada por 4 horas;
  • Não fume nas 2 horas seguintes após a doação;
  • Não consuma bebidas alcoólicas nas 12 horas seguintes;
  • Não dirija veículos de grande porte;
  • Faça um lanche leve e saudável e ingira bastante líquido para se manter hidratado.

Por Que Monitorar os Níveis de Glicose Após Doação é Importante?

Agora que você sabe que diabético pode doar sangue, desde que não faça uso de insulina ou não possua complicações de saúde, é importante saber que alguns cuidados devem ser tomados.

O principal deles é, após a doação, controlar o nível de glicose na corrente sanguínea. Isso é necessário, pois, algumas pessoas com diabetes do tipo 1 observaram a elevação do nível de glicose de 3 a 5 dias após o período de doação.

Aponta-se que isso seja ocasionado pela perda de sangue e a renovação da produção de glóbulos vermelhos no sangue. Sendo assim, é recomendável acompanhar o índice glicêmico após a doação a fim de evitar efeitos colaterais. Além disso, ingerir ferro e manter-se hidratado é uma recomendação geral para todos os doadores, independentemente da condição diabética.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já se perguntou se diabético pode doar sangue? Conhece algum diabetico que já tentou? Comente abaixo!

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