CoronaVac: tudo o que você precisa saber simplificado

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A Coronavac é a aposta de vacina contra a COVID-19 do governo estadual de São Paulo. Quem produz o imunizante no Brasil é o Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

O anúncio da quinta-feira (07/11) de que o governo de São Paulo enviou para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido do uso emergencial da vacina, veio ao lado da apresentação dos dados de eficácia da fase 3 de testes com a vacina.

Esta etapa contou com quase 13 mil participantes no Brasil e registrou uma eficácia de 78%. Ou seja, os testes apontaram que 78% dos que receberam a vacina tiveram proteção contra a COVID-19. Além disso, o índice de proteção contra casos graves e moderados foi de 100%.

Vale lembrar que a taxa mínima de eficácia que a Anvisa e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam para as vacinas é de 50%.

Os dados divulgados querem dizer que 22% das pessoas que tomam a vacina podem ter apenas casos leves de COVID-19, ou seja, nenhum desses casos resultará em mortes e/ou internações.

No entanto, ainda não se divulgou o detalhamento da eficácia da Coronavac e os dados completos da terceira fase dos estudos do imunizante, assim como a forma como se calculou o seu percentual de eficácia.

Conforme o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, antes serão enviadas as informações para a Anvisa e depois divulgadas essas informações em publicações científicas.

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Números dos testes da Coronavac

Apesar disso, Covas adiantou que entre os 12,476 mil voluntários dos testes, houve entre 200 a 218 casos de COVID-19. Mas nenhum deles precisou de internação e todos se recuperaram.

Destes, aproximadamente 160 foram entre os que tomaram placebo e cerca de 60 entre os que receberam a vacina, de acordo com Covas.

Vale destacar que o placebo é uma substância neutra, sem efeitos, que costuma usar-se em pesquisas como os testes de vacina para efeitos comparativos entre os participantes dos estudos.

Como a Coronavac funciona?

Vacina da COVID-19

Os vírus cultivados em laboratório são expostos ao calor ou produtos químicos para que sejam inativados, ou seja, não consigam se reproduzir. É por isso que eles não conseguem deixar a pessoa doente.

A partir dos vírus inativados e de uma substância que ajuda a alertar o sistema imunológico, é que se produz o imunizante.

Ao encontrar os vírus inativados, as células que iniciam a resposta imune os capturam e ativam os linfócitos (células de defesa do organismo), que produzem os anticorpos contra o novo coronavírus.

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Ao mesmo tempo, outras células do sistema imunológico passam a destruir as células infectadas pelo vírus inativado da vacina.

Além disso, os linfócitos se diferenciam em células de memória, que continuam no organismo e possibilitam uma reação imune mais rápida caso o vírus infecte o corpo novamente.

Ela é segura?

De acordo com a BBC Brasil, estudos de eficácia com nove mil voluntários no Brasil indicaram a segurança da vacina. Resultados preliminares do final de outubro apontaram que 35% dos participantes tiveram reações adversas.

Mas não houve o registro de efeitos graves e os principais problemas foram:

  • dor de cabeça;
  • fadiga;
  • dor e inchaço no local da aplicação.

Registro definitivo e datas

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, a própria Sinovac solicitará o registro definitivo da Coronavac junto à Anvisa. No entanto, Dimas Covas não informou a data exata.

Enquanto o prazo para a análise do uso emergencial é de 10 dias, para o registro definitivo o período é de 60 dias. A expectativa do governo de São Paulo é ter a autorização do uso emergencial até 25 de janeiro.

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Ainda na tarde de 07/11, o ministro da saúde Eduardo Pazuello anunciou a assinatura de um contrato com o Instituto Butantan para a compra de 100 milhões de doses da vacina. Serão 46 milhões até abril e 54 milhões até o final do ano.

De acordo com o ministro, toda a produção do instituto fará parte do Plano Nacional de Imunização. Além disso, ele ainda afirmou que o ministério negocia adquirir vacinas com laboratórios de outros países.

Especialista aprova nível de eficácia

Vacinação

Para a microbiologista Natália Pasternak, o nível de eficácia da Coronavac é excelente e compatível com a tecnologia usada em seu desenvolvimento.

De acordo com a especialista, devido a essa tecnologia, já se esperava que a eficácia fosse menor que outras vacinas que registraram mais de 90% de eficácia.

Como uma vacina de vírus inativado, da forma que explicamos acima, a Coronavac não consegue produzir uma resposta tão completa quanto os imunizantes de RNA ou vetor viral, que entram na célula e imitam de modo mais eficiente a infecção natural, explicou.

Ainda assim, a microbiologista acredita que se houver uma boa campanha de vacinação, a Coronavac será uma ótima vacina para o país. Outro ponto a se destacar é que o imunizante não precisa ser armazenado em temperaturas tão baixas quanto a vacina da Pfizer, por exemplo.

O fato de poder transportar e armazenar a Coronavac em temperaturas de refrigeradores comuns, de 2º C a 8º C, facilita a sua logística em um plano de imunização.

As vacinas são vítimas, muitas vezes, de notícias mentirosas, as chamadas fake news. Por isso, aproveite que está aqui e confira o vídeo em que a nossa nutricionista apresenta outros mitos sobre o novo coronavírus para que você não caia neles:

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Você está ansioso para se vacinar contra a COVID-19? O que acha da opção do governo paulista pela vacina do Butantan? Conte para nós nos comentários!

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