Ácido Mandélico – Para Que Serve, Como Usar e Contraindicações

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Quando se fala em cuidados com a pele, vem crescendo o uso de substâncias conhecidas como alfa hidroxiácidos para tratar problemas comuns de pele como marcas de envelhecimento, pigmentação irregular ou excesso de espinhas.

O ácido mandélico é um desses hidroxiácidos que contribuem muito para a manutenção e saúde da pele e apresenta a vantagem de poder ser usado em qualquer tipo de pele, por ser pouco irritante. Vamos mostrar para que serve o ácido mandélico, dar dicas de como usar e conferir informações relevantes sobre o produto como benefícios, contraindicações e preço de mercado.

O que é ácido mandélico?

O ácido mandélico é uma substância muito utilizada como precursor de diversos produtos cosméticos e farmacêuticos. Tal substância foi descoberta no ano de 1831 por um farmacêutico alemão chamado Ferdinand Ludwig Winckler, que descobriu o composto enquanto aquecia um extrato de amêndoas denominado amigdalina com ácido clorídrico diluído.

Assim, o ácido mandélico é um derivado de amêndoas e o seu nome tem origem na palavra “Mandel” que, em alemão, significa amêndoa.

O ácido mandélico tem um histórico em usos médicos logo após sua descoberta, sendo bastante utilizado como precursor de medicamentos e como agente antibacteriano para tratar infecções urinárias, por exemplo. Atualmente, ele está presente em diversos produtos do nosso dia a dia.

Para que serve?

Como já mencionado, o ácido mandélico pertence a uma classe de compostos chamada de alfa hidroxiácidos (AHA) ou ácidos alfa hidróxi. Esses ácidos atuam principalmente acelerando a taxa de renovação celular e eliminando as células mortas da nossa pele.

O ácido mandélico tem vantagens em relação a outros produtos para a pele como o ácido glicólico e o ácido lático, por exemplo, que são muito mais irritantes e agressivos. Dessa forma, o ácido mandélico pode ser amplamente usado em diversos tipos de pele, inclusive sendo muito indicado para pessoas com pele sensível ou que nunca usaram um agente de esfoliação, já que ele é bem mais suave que os demais.

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Como os hidroxiácidos funcionam

De um modo geral, as substâncias conhecidas como hidroxiácidos são capazes de suavizar, dar firmeza e iluminar a pele. São substâncias que não agridem muito a pele e que em concentrações baixas podem ser usadas por praticamente qualquer pessoa que não tenha a pele hiper sensível.

O dermatologista Dr. Haleh Bakshandeh afirma que os hidroxiácidos enfraquecem uma espécie de cola celular formada pela aglomeração de células mortas sobre a pele, agindo então como um esfoliante potente que remove tais células mortas, deixando expostas as células mais saudáveis e jovens da pele.

Em concentrações mais altas, essas substâncias conseguem trabalhar também na camada mais profunda da pele, o que resulta em benefícios como reestruturação e estímulo de formação de colágeno e elastina e supressão da melanina, melhorando a elasticidade e evitando a formação de manchas na camada externa da pele.

Diferente de outros AHA, o ácido mandélico é solúvel em óleo, permitindo que ele funcione dentro dos poros e também na superfície da pele. Assim, ele é ótimo para quem sofre de problemas comuns de pele como acne devido à oleosidade excessiva ou hiperpigmentação, por exemplo.

Abaixo, selecionamos os principais benefícios do ácido mandélico para a pele.

Benefícios do ácido mandélico

1. Prevenção e tratamento de acne

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Pessoas com problemas de acne na pele podem se beneficiar do uso do ácido mandélico. Independentemente da causa das espinhas, o produto é bastante eficaz na prevenção de acne e também no tratamento das já existentes, já que esse ácido apresenta propriedades antibacterianas que são muito eficazes contra as espinhas que costumam inflamar na pele. Também é muito eficaz para pessoas que sofrem de foliculite gram-negativa, que é uma inflamação que ocorre nos folículos capilares.

2. Tratamento para danos causados pelo sol

Além dos benefícios no controle de acne, o ácido mandélico é útil para tratar manchas resultantes de exposição excessiva aos raios solares sem proteção adequada. O composto também é capaz de reduzir a aparência de fotoenvelhecimento em pessoas que se expõem muito ao sol sem proteção.

3. Tratamento para hiperpigmentação

Manchas na pele resultantes de melasma, hiperpigmentação ou sardas grandes podem ser reduzidas com o uso de ácido mandélico. O melasma, por exemplo, que é uma pigmentação que ocorre devido a alterações hormonais, costuma melhorar em até 50% após um mês de uso do produto e continua melhorando gradualmente conforme o uso do ácido.

4. Antienvelhecimento

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O uso de ácido mandélico também ajuda a evitar e amenizar sinais de envelhecimento como rugas e manchas de idade. Também é possível observar uma melhora na textura da pele com a aplicação do produto.

5. Esfoliante

O ácido mandélico é um ótimo produto esfoliante para a pele, que ajuda a remover cravos e espinhas e remover as células mortas da pele, dando lugar a uma pele mais bonita e saudável.

Como usar

Apesar de ser uma substância pouco irritante, é preciso ter cuidado com tudo que se aplica diretamente sobre a pele. O ácido mandélico deve ser usado de acordo com as recomendações de um dermatologista ou seguindo as instruções do rótulo do produto.

Como a molécula do ácido mandélico é maior que os outros tipos de ácidos utilizados como agentes esfoliantes, ela penetra menos e mais lentamente na pele, e esse é um dos motivos por ele ser um produto mais suave.

Ainda assim, ser mais suave ou menos irritante não significa que o uso do ácido mandélico é livre. Se usado em excesso, pode ocorrer o efeito contrário esperado em casos de tratamento de hiperpigmentação, por exemplo, conhecido como efeito rebote. O efeito rebote ocorre quando a pigmentação na pele é estimulada ainda mais devido ao tratamento excessivo ou inadequado, fazendo com que a pele crie uma barreira de proteção como resistência à substância utilizada de forma inadequada, o que faz com que apareçam outros sinais na pele ou que a hiperpigmentação aumente. Além da ineficácia do produto, cria-se também um novo problema nesses casos.

Aqui está um passo a passo de como usar o ácido mandélico em sua pele:

  1. Limpe a pele: Em primeiro lugar, limpe bem a pele. Lave o rosto com água morna e seque com uma toalha limpa;
  2. Faça um teste: Aplique uma pequena quantidade do produto no braço para ver como sua pele reage. Se tudo ocorrer bem, aplique uma quantidade pequena na testa e observe novamente. Só após esses dois testes, espalhe o produto sobre todo o rosto;
  3. Aplique lentamente: Sempre que for usar qualquer tipo de ácido diretamente na pele, use com moderação e de forma suave e lenta com concentrações baixas para avaliar se sua pele não vai reagir mal ao produto;
  4. Use protetor solar diariamente: Diversos estudos mostram que os AHA deixam a pele mais sensível do que o normal as radiações ultravioletas, tornando indispensável o uso do protetor solar com fator de proteção solar de no mínimo 30;
  5. Cuidado com efeitos adversos: Ao experimentar qualquer desconforto como vermelhidão, descamação excessiva ou alguma reação alérgica ao ácido mandélico, procure um médico.

Preço

O valor do ácido mandélico varia dependendo do laboratório que o produz, da concentração, da forma (gel ou creme) e da quantidade vendida. Em geral, os produtos com ácido mandélico costumam ter uma concentração que varia de 3 a 15%.

As concentrações mais baixas são indicadas para ação esfoliante, hidratante ou renovação celular. Já as concentrações mais próximas de 15% têm seu uso indicado para o tratamento de rugas e queratoses, que são manchas ásperas parecidas com espinhas que ocorrem na pele. Concentrações de ácido mandélico entre 30 a 50% só são encontradas em gel para tratamentos de peeling por um profissional da saúde.

Para se ter uma ideia de preço, um produto de 30,0 mL com concentração de 10% de ácido mandélico custa em média 30 a 40 reais.

Contraindicações

As principais contraindicações relaciondas ao uso de ácido mandélico incluem:

  • Mulheres gestante ou amamentando devem evitar o produto por poder ocorrer danos ao feto ou bebê;
  • Pessoas com lesões na região de aplicação não devem usar o produto pois ele pode promover uma reação agressiva ou alérgica na pele;
  • Indivíduos que têm herpes ativa também não devem usar o produto pois a pele fica mais sensível, podendo haver reincidência de herpes na região;
  • Pessoas com pele muito sensível ou com hiperssensibilidade ao ácido mandélico ou a outros tipos de ácidos e produtos para esfoliação.
  • Alguém que se expõe muito ao sol sem proteção adequada deve suspender o uso de ácido mandélico por poder sofrer com desidratação devido à sensibilidade que o produto pode causar na pele.

Dicas

É importante atentar à concentração do produto. Mesmo sendo menos irritante que a maioria dos produtos para a pele, o ácido mandélico em concentração alta pode irritar profundamente a pele. Por isso, é sempre indicado fazer um teste na pele com uma pequena quantidade antes de aplicar o produto no rosto inteiro.

Outra dica importante é não utilizar retinol com nenhum tipo de AHA e não usar outros tipos de ácidos para tratamento de pele ao mesmo tempo e na mesma região que o ácido mandélico é aplicado sem antes consultar um dermatologista. Isso porque alguns tipos de ácidos podem interagir uns com os outros, causando irritação extrema e danos irreparáveis no local de aplicação.

Sempre aplique o produto com a pele limpa, preferencialmente com água morna. Se for usar pela manhã, não se esqueça de aplicar protetor solar antes de sair de casa para proteger a pele que ficará mais sensível após o uso do ácido mandélico.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já tinha ouvido falar do ácido mandélico e de seus usos e benefícios para a pele? Já experimentou algum produto com este ácido? Comente abaixo!

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