Ácido Araquidônico – O Que é, Para Que Serve, Alimentos e Dicas

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O ácido araquidônico é um tipo de ácido graxo encontrado naturalmente no nosso organismo. Trata-se de uma gordura insaturada que traz diversos benefícios para a saúde, além de promover o bom desenvolvimento do corpo e reduzir o risco de doenças. Ele é um componente essencial de órgãos glandulares, do cérebro e do fígado.

Abaixo, vamos explicar para que serve o ácido araquidônico no nosso corpo e indicar fontes saudáveis de alimentos em que é possível encontrá-lo.

Ácido araquidônico – O que é?

O ácido araquidônico é um ácido graxo comumente encontrado no óleo de amendoim. Ele é responsável por processos inflamatórios que ocorrem no tecido muscular.

Trata-se de um ácido graxo poli-insaturado do tipo ômega-6 que é encontrado no nosso organismo, particularmente nos músculos, fígado e cérebro. Além da presença natural no organismo, o ácido araquidônico pode ser usado como suplemento.

Muitas pessoas confundem o ácido linoleico com o araquidônico. Isso ocorre porque o ácido araquidônico é produzido no nosso organismo através da conversão do ácido linoleico (facilmente encontrado em óleos vegetais), que é convertido em ácido gama-linoleico, que pode então ser transformado em ácido araquidônico através de processos metabólicos no organismo.

Para que serve

Por ter uma função inflamatória nos músculos, o ácido araquidônico é amplamente vendido como um suplemento para praticantes de musculação com o intuito de aumentar o ganho muscular. Além disso, ele serve para diversas funções metabólicas relacionadas com a saúde do cérebro, articulações e fígado.

Benefícios do ácido araquidônico

1. Ganho de massa ou hipertrofia

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No aumento da massa muscular, estudo científicos mostraram que o aumento do ácido araquidônico eleva a capacidade anaeróbica e faz com que as fibras musculares fiquem mais espessas, resultando em uma maior síntese de proteínas. Não é à toa que o ácido araquidônico é muito usado por fisiculturistas para induzir a inflamação nos tecidos musculares, forçando os músculos a crescer ainda mais. Isso é muito importante para pessoas que buscam a hipertrofia muscular.

Quando o músculo é forçado nos treinos, ele é tensionado e pequenas lesões ocorrem nas fibras musculares. Essas lesões são propositais, para que no processo de recuperação, o músculo cresça. O uso de ácido araquidônico pode tornar esse processo inflamatório mais eficaz, trazendo ganhos de massa mais rápidos para o atleta.

Isso ocorre porque o ácido araquidônico é capaz de causar pequenos processos inflamatórios e isso ajuda na contração muscular e no crescimento dos músculos. Esse efeito também é bastante útil em pessoas que desejam perder peso e ganhar força por meio de treinos de resistência física.

Assim, uma inflamação induzida por ácido araquidônico é benéfica para promover o ganho de massa muscular. Além disso, os ácidos graxos ajudam as fibras musculares a usar as proteínas de maneira mais eficiente.

2. Tratamento de depressão

O ácido araquidônico também é vendido como um suplemento para tratamento de depressão na forma de óleos de peixe devido ao alto teor de gordura saudável, que ajuda a manter saudáveis regiões do cérebro responsáveis pelos sentimentos e pelo desenvolvimento de sintomas depressivos.

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Existem diversas pesquisas sobre o uso de ácido araquidônico para ajudar no tratamento da depressão. Os cientistas mostraram que o ácido graxo tem componentes que ajudam a aliviar os sintomas da depressão e também a reverter sinais negativos presentes no cérebro. Geralmente, são mais indicados óleos de peixe ricos em ômega 3 para a depressão. Porém, o ácido araquidônico do tipo ômega 6 também pode ser benéfico nesse sentido.

3. Tratamento de artrite reumatoide

Estudos clínicos já indicam que uma dieta rica em ácido araquidônico pode ser muito eficaz no tratamento de artrite reumatoide. Foi observada uma grande redução de inchaço nas articulações de pacientes com a doença, o que é um resultado promissor.

4. Melhoria do sistema imunológico

O ácido araquidônico promove um aumento na produção de substâncias eicosanoides (derivadas de ácidos graxos) que ajudam a melhorar a imunidade e as respostas inflamatórias no corpo. Os eicosanoides formados a partir dos ácidos graxos ajudam os tecidos na regeneração após o término do processo inflamatório, reduzindo a incidência e ajudando no tratamento de doenças que resultam em processos inflamatórios como câncer, asma, artrite reumatoide e doenças autoimunes.

Essas substâncias também ajudam a diminuir a dor. Assim, processos inflamatórios são beneficiados quando o ácido araquidônico está presente em quantidades adequadas no organismo.

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Alimentos

O aumento de ácido araquidônico no organismo por vias naturais se dá por mudanças na dieta. O consumo de ovos, peixes e carnes é indicado para pessoas que desejam uma maior quantidade de ácido araquidônico.

Separamos então uma lista com as principais fontes de alimentos que contém ácido araquidônico a seguir:

  1. Peixes: O peixe é sem dúvida a fonte mais rica e conhecida de ácidos graxos do tipo ômega 3, que são essenciais para um organismo saudável. Porém, os peixes também têm grande quantidade de ácidos graxos do tipo ômega 6, como o ácido araquidônico.
    Peixes como o salmão são os mais ricos em ácido araquidônico. Uma porção de cerca de 85 gramas de salmão contém quase 300 miligramas de ácido araquidônico. Um estudo realizado pelo National Health and Nutrition Examination Survey nos EUA em 2006 estimou que peixes e produtos originados de peixes contribuíam com cerca de 5,8% da ingestão total de ácido araquidônico no EUA.
  2. Ovos: Um ovo cozido, por exemplo, contém aproximadamente 74 miligramas de ácido araquidônico. Os ovos são a segunda principal fonte de ácido araquidônico através da dieta, logo atrás dos peixes.
  3. Carne: A carne bovina e seus produtos derivados são a terceira principal fonte de ácido araquidônico. Embora os níveis do ácido graxo sejam menores do que das carnes brancas, o consumo de carne ainda é muito maior do que de outros tipos. Uma porção de cerca de 85 gramas de carne bovina ou carne de cordeiro apresenta 42 miligramas de ácido araquidônico.
  4. Produtos avícolas: A ingestão de ácido araquidônico é facilmente aumentada através do consumo de frangos. Uma porção de uma xícara de frango assado, por exemplo, contém cerca de 154 miligramas de ácido araquidônico. Aves como o pato contêm uma quantidade ainda maior de ácido araquidônico e têm o benefício de ser um tipo de carne menos gorduroso que as demais.

Efeitos colaterais

Como qualquer outra substância, o uso de ácido araquidônico pode gerar alguns efeitos adversos. Por induzir processo inflamatórios, o uso desse ácido graxo pode ser perigoso se já houver processos inflamatórios pré-existentes no organismo. Assim, pessoas com diabetes ou eczema devem tomar cuidado com o uso do ácido araquidônico.

Outro efeito colateral preocupante é um possível desequilíbrio entre as quantidades de ômega 6 e ômega 3 no organismo. Se houver um desequilíbrio muito grande entre esses ácido graxos, podem ocorrer efeitos adversos relacionados à saúde do sistema imunológico e do sistema cardiovascular.

Isso ocorre porque o corpo humano necessita de uma razão de equilíbrio de ácidos graxos do tipo ômega 3 e ômega 6 de 1:1. Se houver maior quantidade de ômega 6, o corpo pode ficar deficiente de ômega 3, causando sintomas como pele seca, cabelo e unhas quebradiças, micção frequente, insônia, problemas de concentração e alterações de humor.

Já ter um excesso de ácidos graxos do tipo ômega 6 no organismo pode causar doenças cardiovasculares, asma, doenças autoimunes, obesidade, doença de Alzheimer, síndrome do intestino irritável e levar até ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer.

Dicas

Apesar de acelerar a hipertrofia, o corpo ainda precisa de descanso entre treinos para que a recuperação e que o ganho de massa sejam eficazes. Assim, não deixe de alternar os músculos treinados em dias seguintes e tenha pelo menos um dia de descanso total na semana.

Se você é fisiculturista e deseja obter os benefícios do ácido araquidônico, é possível usar suplementos de 1000 até 2000 miligramas cerca de 45 minutos antes do treino diário.

Porém, o ideal é sempre consultar um especialista no assunto para indicar a quantidade adequada aos seus objetivos sem prejudicar a saúde.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já tinha ouvido falar da suplementação com ácido araquidônico? Acredita que consome em sua dieta uma boa quantidade dos alimentos ricos na substância? Comente abaixo!

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