8 principais sintomas de hepatite

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Confira os 8 principais sintomas de hepatite, uma doença inflamatória potencialmente grave, sobretudo por ser, muitas vezes, silenciosa.

Além disso, você irá conferir os tipos de hepatite e suas especificidades, bem como os tratamentos possíveis e as formas de contágio e prevenção.

O que é hepatite

Hepatite é uma doença inflamatória que acomete o fígado e normalmente é desencadeada por uma infecção viral.

No entanto, existem outras causas possíveis, como a hepatite autoimune e a hepatite que se manifesta em decorrência de efeitos colaterais do uso de certos medicamentos, drogas, álcool e outros tipos de toxinas.

A hepatite autoimune ocorre quando o corpo produz anticorpos contra o tecido hepático e as opções de tratamento variam, dependendo do tipo de hepatite que acomete o paciente. É possível prevenir algumas formas de hepatite por meio de imunizações e precauções no estilo de vida.

Tipos de hepatite

A hepatite se subdivide em outras variedades, sendo que as principais são hepatite A, hepatite B e hepatite C. Todas elas afetam o fígado. Embora apresentem sintomas semelhantes, cada variedade exige um tratamento específico.

Hepatite A

A hepatite A é uma doença que não oferece grandes perigos ao paciente, mas é altamente contagiosa. Seu contágio se dá pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas, ou por contato direto com pessoas infectadas.

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Um fígado com esse tipo de hepatite normalmente se cura em torno de dois meses por conta própria. Trata-se de uma condição rara no Brasil, embora tenha um grande potencial de contágio, pois ela é evitada com vacinação.

São mais suscetíveis a contraírem hepatite A as pessoas que não se vacinaram, que vivem em local sem tratamento adequado de água e maus hábitos de higiene.

Diferentemente das outras variedades da doença, a hepatite A não causa doença hepática crônica e raramente é fatal, mas pode causar sintomas debilitantes e hepatite fulminante, que geralmente é fatal.

A OMS estimou que, em 2016, 7.134 pessoas morreram de hepatite A em todo o mundo, o que representa 0,5% do total de mortalidade por hepatite viral.

Hepatite B

A hepatite B possui um tempo médio de recuperação de seis meses. No entanto, a doença pode causar infecção a longo prazo, que pode desencadear sérios danos no fígado.

Ao contrair a doença, o paciente pode espalhar o vírus, mesmo que não sinta seus sintomas. Há uma vacina para hepatite B e essa é a única forma realmente eficaz de se imunizar contra a doença.

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O vírus da hepatite B é mais comumente transmissível de mãe para filho durante a gestação e o parto, bem como através do contato com sangue ou outros fluidos corporais.

Os números de hepatite B são mais alarmantes que os de hepatite A. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2015, 257 milhões de pessoas possuíam infecção crônica causada pela hepatite B.

Além disso, a OMS divulgou uma estimativa de 887.000 mortes, principalmente por cirrose e câncer de fígado primário desencadeados pela doença.

A doença pode ser prevenida com vacinação. A primeira dose deve ser administrada logo após o nascimento do bebê, ainda na maternidade ou hospital.

Hepatite C

A hepatite C pode ser, em grande parte dos casos, assintomática. Estima-se que cerca de 80% das pessoas com a doença apresentem uma infecção a longo prazo. Em alguns casos, essa doença pode desencadear cirrose, que é uma lesão no fígado.

Infelizmente, não há vacinas para prevenir hepatite C.

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Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, portanto, trata-se de uma condição considerada comum, com mais de 150 mil casos de hepatite C reportados anualmente no Brasil.

Outros tipos de hepatite

Além das manifestações que mencionamos acima, a hepatite pode ser do tipo D, que é uma forma rara e grave da doença e que só acomete pacientes em conjunto com a hepatite B, já que o vírus não é capaz de se multiplicar de outra maneira.

O contágio viral ocorre por contato direto com pacientes infectados.

Há, ainda, a hepatite E, uma doença transmitida pela água, causada pelo vírus da hepatite E (HEV). Essa doença ocorre principalmente em áreas com falta de saneamento básico e normalmente resulta da ingestão de matéria fecal em água contaminada.

Principais sintomas de hepatite

Nas pessoas acometidas por formas infecciosas de hepatite crônica, como hepatite B e C, os sintomas podem não ser notados de início, por isso diz-se que a doença é silenciosa. Muitas vezes, os sintomas podem não ocorrer até que o dano afete a função hepática.

Portanto, é importante estar sempre atento às condições gerais de saúde e sempre fazer exames de sangue de rotina.

Por outro lado, os sintomas de hepatite aguda tendem a aparecer rapidamente e estão entre eles:

  1. Fadiga;
  2. Pele e olhos amarelos, que podem ser sinais de icterícia;
  3. Sintomas semelhantes aos da gripe: febre, coriza, dor de cabeça;
  4. Urina escura;
  5. Fezes pálidas;
  6. Perda de peso não intencional;
  7. Dor abdominal;
  8. Perda de apetite.

A hepatite crônica se desenvolve lentamente, portanto esses sinais e sintomas podem ser sutis demais para serem notados.

Tratamento e prevenção

Exame de hepatite

A forma mais efetiva de se prevenir dos sintomas e danos causados pela hepatite A e B é através imunização, que é feita por meio de vacinação. A vacina contra essas doenças é distribuída gratuitamente no país pelo Sistema Único de Saúde.

As primeiras doses são administradas, inclusive, nas primeiras horas de vida do recém-nascido. Além disso, manter a higiene e não consumir água e demais alimentos de higiene duvidosa pode ajudar a prevenir não apenas hepatite, mas uma série de outras doenças e complicações.

Quando a doença já está instalada, o tratamento irá depender da sua variedade.

Enquanto a hepatite A não requer tratamento, por ser uma complicação sem danos significativos e de curto prazo, medicamentos antivirais podem tratar a hepatite B, podendo seguir por meses ou até mesmo anos.

As pessoas que desenvolvem hepatite C crônica geralmente precisam uma combinação de terapias de medicamentos antivirais. Os pacientes também podem necessitar de exames diversos para precisar um tratamento mais específico.

Por outro lado, ainda não existem medicamentos antivirais capazes de conter as hepatites D e E.

Já a hepatite autoimune é, via de regra, tratada com corticosteroides, como prednisona ou budesonida. A azatioprina, um fármaco que suprime o sistema imunológico, também é frequentemente administrada no tratamento.

Outras drogas imunossupressoras também podem ser outras alternativas à azatioprina no tratamento.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já conhecia os principais sintomas da hepatite? Já recebeu o diagnóstico de algum dos tipos da doença? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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