8 Hormônios que Engordam e Como Combater os Seus Efeitos Negativos

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O excesso de peso tem muitas causas conhecidas. A principal delas certamente é o consumo de muitas calorias associado à pouca atividade física. Isso sem contar os fatores genéticos, que podem exercer a sua influência neste sentido.

Os cientistas acreditam que os genes podem aumentar as chances de uma pessoa se tornar obesa, mas para que o indivíduo realmente fique com excesso de peso, aqueles fatores principais – comer demais e ser sedentário – também são necessários.

Há ainda o estresse e outras questões emocionais: eles podem influenciar o peso porque, ao se sentirem estressadas, bravas, chateadas, entediadas ou tristes, algumas pessoas podem comer em excesso como forma de aliviar as emoções. Geralmente, essa compulsão alimentar emocional recorre às guloseimas cheias de açúcar, frituras com gorduras ruins, junk food ou outras alimentos de baixa qualidade.

Existem também as doenças que podem provocar o excesso de peso, como hipotireoidismo, síndrome de Cushing e a síndrome do ovário policístico. Além disso, medicamentos como alguns corticosteroides, antidepressivos e remédios para convulsão trazem o ganho de peso na sua lista de efeitos colaterais.

Mas sabe quem também age no meio disso tudo? Os hormônios presentes no organismo. Embora sejam produzidos em pequenas quantidades no corpo, eles exercem uma função bem importante na regulação do metabolismo, desacelerando-o ou acelerando-o.

O desequilíbrio na secreção de alguns desses hormônios pode atrapalhar a manutenção de um peso saudável. Por isso, vamos conhecer 8 hormônios que podem favorecer o ganho de peso e aprender como evitar que eles estimulam esse efeito tão indesejável.

1. Insulina

Produzida pelo pâncreas, a insulina é responsável por auxiliar a glicose (açúcar) presente no sangue, que foi obtida por meio da ingestão de alimentos, a chegar até as células, onde será utilizada como fonte de energia.

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Quando há um excesso de glicose no sangue e esse açúcar não será utilizado como energia para a realização de alguma atividade física ou algum outro tipo de tarefa a ser executada pelo corpo, o excedente acaba armazenado na forma de gordura. Quanto mais insulina o pâncreas secretar para que o organismo dê conta de guardar todo esse açúcar, maior será a probabilidade de que o corpo acumule gordura.

É importante ressaltar que o excesso de glicose no sangue, o pico de insulina e, consequentemente, o acúmulo de gordura, não são produzidos somente pelo consumo de açúcar em si, na forma de doces ou bebidas açucaradas, por exemplo, mas também pela ingestão de outros carboidratos de alto índice glicêmico como pão branco, macarrão branco, batata branca, salgadinho, pizza, pratos fast food, entre outros.

Portanto, para evitar o ganho de peso em decorrência da ação da insulina, a alternativa é evitar a ingestão desses alimentos, especialmente em quantidades elevadas.

2. Cortisol

O cortisol é conhecido como o hormônio do estresse. Quanto mais cortisol uma pessoa tem no organismo, mais massa magra ela queima e mais gordura ela acumula.

Para evitar o aumento do cortisol, a saída é diminuir o estresse. Embora isso possa ser difícil, estratégias como meditação e exercícios de respiração profunda podem ajudar. A sua fonte de estresse é o dia a dia profissional? Então, conheça maneiras de eliminar o estresse no trabalho.

Dormir bem, ou seja, pelo menos sete horas por noite, é outra ferramenta poderosa contra o excesso do hormônio. Vale a pena ainda conhecer os alimentos que deixam o cortisol alto ou baixo.

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3. Testosterona

Ao contrário do que se pode imaginar, a testosterona não é importante somente para os homens, pois há também a testosterona feminina, ainda que seja produzida em uma quantidade mais baixa pelo organismo das mulheres. Trata-se de um hormônio anabólico, ou seja, associado à construção muscular.

Quanto mais músculos uma pessoa tem, mais acelerado é o seu metabolismo e, consequentemente, mais energia o seu corpo consegue queimar em jejum. Portanto, é bastante importante estimular a produção correta e natural de testosterona dentro do organismo.

Mas atenção: a ênfase deve ser dada ao termo “estimular a produção correta e natural de testosterona dentro do organismo”. Não estamos falando aqui que você deve ingerir ou aplicar a testosterona externa, o que não é seguro ou indicado, a não ser que haja uma recomendação médica para isso, no caso da deficiência de testosterona.

Então, como aumentar a produção natural de testosterona? A solução é consumir alimentos que aumentam a testosterona, como aqueles ricos em zinco e magnésio, e praticar treinamentos de força – já foi comprovado que quanto mais exercícios de musculação uma pessoa pratica, mais testosterona ela produz naturalmente.

4 e 5. Progesterona e estrogênio

São dois hormônios femininos, que estão associados ao ciclo menstrual da mulher. Ao longo de um mês, existem variações na quantidade de progesterona e estrogênio que é produzida pelo organismo da mulher.

Um desequilíbrio nos níveis desses hormônios está associado ao acúmulo de gorduras. Principalmente para as mulheres que já tiveram filhos ou já passaram pela menopausa, procurar o equilíbrio na produção desses hormônios é importante.

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Mas como fazer para assegurar que a produção da progesterona e do estrogênio esteja adequada? Dormir bem, diminuir o estresse e praticar atividades físicas ajudam.

6. Hormônios da tireoide

Os hormônios da glândula tireoide são importantes para o metabolismo e em um quadro de hipotireoidismo, há uma baixa na produção desses hormônios.

Mulheres, gestantes, mães que deram à luz nos últimos seis meses e pessoas com mais de 60 anos, com histórico familiar de doença na tireoide, doença autoimune como diabetes do tipo 1 ou doença celíaca, que já foram tratadas com medicamentos antitireoidianos ou iodo radioativo, receberam radiação no pescoço ou no tórax superior ou passaram por uma cirurgia na tireoide (tiroidectomia parcial) têm mais chances de desenvolver o hipotireoidismo.

Uma estratégia importante para auxiliar o bom funcionamento da tireoide é tomar cuidado com os suplementos, especialmente os termogênicos, pois alguns fabricantes adicionam hormônios da tireoide ao produto, de modo errado e proibido, com o intuito de favorecer o emagrecimento.

Isso pode fazer com que a glândula tireoide pare de funcionar e gerar problemas pelo resto de vida. O mesmo pode ocorrer com quem consome hormônios da tireoide por conta própria com o objetivo de emagrecer, sem ter algum problema de saúde que os tornaria necessários e sem a prescrição médica.

Para confirmar que tudo anda certo com os hormônios da tireoide (e com o restante da saúde) é importante manter as consultas e os exames médicas regulares. Aliás, especialmente para quem já foi diagnosticado com problemas na glândula é importante ter cuidados com os alimentos ruins para a tireoide.

7 e 8. Leptina e grelina

Leptina e grelina são dois hormônios bastante relacionados à saciedade e à fome, aspectos cruciais no que se refere ao controle do peso. De um lado, está a grelina, que estimula a fome e, do outro, a leptina, que auxilia a diminuir essa sensação.

Pessoas que apresentam maior gordura corporal, especialmente na região abdominal, têm uma secreção mais elevada de grelina. Isso indica que as pessoas com mais gordura vão sentir mais fome, o que pode se tornar uma bola de neve em relação ao aumento de peso.

A boa notícia é que, conforme essas pessoas forem perdendo peso, a questão hormonal será apaziguada e elas sentirão menos fome. Para isso, estratégias como praticar atividades físicas, diminuir a secreção de insulina, consumir bastante água, descansar bem e a reeducação alimentar são muito úteis.

Mas como saber se os níveis dos meus hormônios estão adequados?

Mais uma vez entra a importância de ter um acompanhamento médico regular: para verificar se os níveis dos hormônios estão como deveriam, é necessário fazer exames de sangue. Se o seu médico não solicitá-los, pergunte a ele a respeito da possibilidade de testar os seus níveis desses hormônios para saber se algo não pode estar desregulado e te atrapalhando a manter um peso saudável.

O médico saberá como interpretar os resultados dos exames, assim como indicar o tratamento apropriado para regular o que estiver descontrolado.

Com informações do Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano Eunice Kennedy Shriver (NICHD, sigla em inglês) dos Estados Unidos e da Mayo Clinic, organização da área de serviços médicos e pesquisas médico-hospitalares dos Estados Unidos.

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Fontes e Referências adicionais:

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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