Remédio para enjoo: os 6 mais usados

O enjoo é um problema extremamente comum, que possui uma série de causas e um número igualmente alto de tratamentos, embora quase todo mundo tenha um “remédio para enjoo” favorito.

Entretanto, não existe um remédio que seja perfeito para todos os casos, já que o tratamento deve atacar as causas do enjoo, que, como vimos, variam muito.

Por isso, a seguir vamos conhecer os 6 melhores remédios para tratar o problema e seus efeitos colaterais, além de conhecer algumas soluções caseiras que podem aliviar o enjoo naturalmente.

Veja também: 5 melhores chás para enjoo.

O que é o enjoo?

O enjoo, ou náusea, é uma sensação caracterizada por uma vontade de vomitar que pode ou não estar associada a outros sintomas, como:

Falta de apetite
Dores abdominais
Mal-estar generalizado

Além disso, o enjoo pode também vir acompanhado da ânsia de vômito, o reflexo corporal de preparação para o vômito em si, que pode incluir contrações do estômago e reflexos na garganta e na língua.

Porém, é importante lembrar que a náusea e a ânsia não necessariamente resultam em vômito.

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Causas do enjoo

A náusea não é uma doença em si, mas um sintoma de alguns problemas de saúde, uso de medicamentos e mesmo por fatores inofensivos para a maior parte das pessoas.

Assim, o enjoo pode ocorrer pelas seguintes causas:

Movimento, como o do carro
Efeito colateral de medicamentos
Lesão muito dolorosa
Pós-operatório
Infecções virais
Gravidez
Enxaqueca
Labirintite
Refluxo gástrico
Ansiedade
Doença da vesícula biliar, como colecistite ou cálculos biliares
Gastrite ou úlceras
Ataque cardíaco
Comer muito em uma única refeição
Reação a determinados cheiros
Concussão ou traumatismo craniano
Gastroparesia

Apesar de todas as possíveis causas, a principal ainda é o enjoo sentido devido ao movimento, principalmente em crianças.

Então, vamos agora conhecer os principais remédios que podem prevenir e tratar o enjoo e quais são os possíveis efeitos colaterais de cada um deles.

Remédios para enjoo mais usados

Os principais medicamentos para enjoo, chamados de antieméticos, atuam por meio de um dos 4 mecanismos abaixo:

Bloqueando o centro de vômito no cérebro.
Diminuindo dos espasmos dos músculos gástricos.
Agindo diretamente no estômago, aumentando a velocidade de esvaziamento do órgão e mandando os alimentos para o intestino.
Bloqueando receptores intestinais que enviam sinais de enjoo para o cérebro.

Os mais usados são os seguintes:

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1. Meclizina

A meclizina, ou Meclin, é um anti-histamínico usado principalmente para tratar e prevenir o enjoo causado pelo movimento e pela labirintite.

Entretanto, por ser um anti-histamínico, seu principal efeito colateral é a sonolência, além de incluir:

Tontura
Boca seca
Dores de cabeça

Como tomar:

O uso da meclizina deve sempre ser orientado por um médico, e vai depender da causa do enjoo:

Radioterapia: um a dois comprimidos de 2 a 12 horas antes da sessão de radioterapia.
Movimento: um a dois comprimido cerca de uma hora antes da viagem.
Labirintite e outras labirintopatias: um a quatro comprimidos, conforme a necessidade.
Gravidez: um a quatro comprimidos, conforme a necessidade.

2. Dimenidrinato

O dimenidrinato, também chamado de Dramin, é outro remédio da classe dos anti-histamínicos, é um dos mais populares quando se trata de aliviar o enjoo.

Ele é utilizado para tratar o enjoo causado por diferentes fatores, tanto em crianças quanto em adultos, e seu principal efeito colateral é a sonolência.

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Como tomar:

A dose do dimenidrinato normalmente é de 1,25 mg de Dimenidrinato/kg de peso corporal, sempre seguindo a seguinte recomendação:

Crianças até 12 anos: 50 mg a cada 6 a 8 horas, não ultrapassando 150 mg em 24 horas.
Crianças com mais de 12 anos e adultos: 50 a 100 mg a cada 4 a 6 horas, não ultrapassando 400 mg em 24 horas.

3. Escopolamina

A escopolamina, ingrediente ativo do Buscopan, é um remédio indicado quando o enjoo está associado a cólicas estomacais ou intestinais.

Alguns efeitos colaterais que podem surgir incluem:

Urticária
Boca seca
Coceira
Tontura
Taquicardia

Como tomar:

O uso da escopolamina, para adultos e crianças acima de 6 anos, é utilizado da seguinte forma:

10 a 20 mg, ou 1 a 2 comprimidos, 3 a 5 vezes ao dia.

Para outras faixas etárias ou para casos mais específicos, a forma de uso pode ser modificada.

Buscopan — Reprodução: via *Boehringer Ingelheim*

4. Difenidramina

A difenidramina, ou Difenidrin, é um anti-histamínico que pode reduzir sintomas como o enjoo, a vertigem e o vômito. Seus efeitos adversos podem incluir:

Sonolência
Tontura
Alterações na coordenação motora
Congestão nasal

Como tomar:

A dose da difenidramina é feita de acordo com o peso corporal:

5 mg/kg de peso corporal ao dia, dividida em 3 ou 4 doses, não ultrapassando 400 mg para adultos e 300 mg para crianças.

5. Metoclopramida

A metoclopramida, ou Plasil, é um antiemético que atua na motilidade do trato gastrintestinal, e é muito utilizado no tratamento de enjoo pós-cirúrgico e naqueles causados pelo uso de outros medicamentos.

Quanto aos efeitos colaterais, os mais comuns são:

Sonolência
Tontura
Tremores
Mal-estar generalizado
Dificuldade de concentração

Como tomar:

O uso da metoclopramida deve ser feito apenas com a orientação de um médico, da seguinte maneira:

1 comprimido de 10 mg, 3 vezes ao dia, cerca de 30 minutos antes das refeições.
Em caso de prevenção de enjoo pelo uso de outros medicamentos, o uso pode ser feito pouco antes da administração.

6. Domperidona

Este remédio acelera o esvaziamento do estômago e ajuda a aliviar o enjoo causado por diferentes motivos, principalmente a gastroparesia.

Os efeitos colaterais que o medicamento pode causar incluem:

Dor de cabeça
Sonolência
Depressão
Ansiedade
Diarreia

Como tomar

A domperidona deve ser usada na menor dose eficaz, que normalmente não ultrapassa 40 mg ao dia.

Para adolescentes e adultos com mais de 35 kg, o uso deve ser de 10 mg, três vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das refeições. Caso seja necessário, é possível utilizar 10 mg adicionais antes de dormir.
Já para adolescentes e adultos com menos de 35 kg, a dose diária deve ser de 1 mg/kg, dividida em três tomadas, 15 a 30 minutos antes das refeições, com a possibilidade de uma dose adicional ao deitar. A dose máxima é de 35 mg.

Aliviando o enjoo naturalmente

Além dos medicamentos citados acima, existem algumas formas caseiras e naturais para ajudar a aliviar o enjoo e também a prevenir o desconforto:

Beba chás de gengibre ou hortelã-pimenta: Esses chás são conhecidos por aliviar desconfortos gastrointestinais, incluindo os enjoos típicos da gravidez.
Tome ar fresco: Respirar ar fresco ajuda a aliviar o enjoo, ao menos momentaneamente.
Mantenha-se hidratado: A desidratação pode tornar o enjoo ainda pior. Por isso, beber água ajuda a amenizar o mal-estar e também a prevenir a desidratação, principalmente quando há vômito.
Use técnicas de acupressão: Alguns estudos sugerem que técnicas como a acupuntura e a acupressão podem reduzir o enjoo. Para isso, por exemplo, basta posicionar o polegar cerca de 2 ou 3 dedos abaixo da parte interna do pulso entre 2 tendões visíveis e aplicar uma pressão por aproximadamente 1 minuto e repetir o procedimento no outro braço.
Relaxe os músculos: Estudos mostram que relaxar os músculos por meio de massagens ou através do relaxamento muscular progressivo pode aliviar o enjoo desencadeado pelo uso de quimioterápicos.
Evite comer muito: Procure fazer refeições menores e leves 24 horas antes de viajar, além de evitar alimentos com alto teor de gordura, para prevenir episódios de náusea.
Adote posições específicas na hora de viajar: Em uma viagem de avião, tente sentar na parte da frente da aeronave em que há uma sensação de maior estabilidade. Já em trajetos de barco ou carro, procure ficar na parte da frente e sempre olhar para o horizonte.
Controle a respiração: Respirar devagar e profundamente pode ajudar a melhorar sintomas de enjoo quando estamos em movimento.

Quando procurar um médico

Um enjoo isolado não é algo que traga grandes preocupações, uma vez que esse é um problema que pode ter várias causas, muitas delas inofensivas.

Mas se esse for um problema recorrente, ou com episódios muito intensos, é importante consultar a opinião de um médico.

Além disso, é recomendável procurar um serviço de emergência caso o enjoo esteja acompanhado de sintomas como:

Febre
Dor abdominal
Icterícia, ou pele amarelada
Sangramento
Diarreia
Vômito contínuo ou intenso

Já no caso de grávidas ou lactantes com enjoos muito frequentes, também é importante procurar o médico, para verificar se está tudo bem ou se há perda de nutrientes, especialmente se ocorrer falta de apetite ou vômito.

Dicas e cuidados

Na maioria das vezes, o enjoo é causado por algum alimento ou medicamento. Por isso, é importante prestar atenção no horário que a sensação de enjoo aparece, para identificar e, se possível, evitar o agente causador.

Outra ressalva importante a se fazer é que somente o médico está apto a diagnosticar qualquer problema de saúde e prescrever o tratamento adequado.

Desta forma, em hipótese alguma as orientações deste artigo devem ser usadas para automedicação.