5 Tipos de Distúrbio do Sono – Sintomas e Tratamento

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Um distúrbio do sono é uma condição que pode afetar a capacidade de uma pessoa dormir bem com frequência. As causas podem variar de eventos estressantes pontuais ou problemas de saúde agudos ou crônicos.

Aqui, vamos abordar os tipos de distúrbio do sono mais comuns além de falar dos seus sintomas e dos tratamentos disponíveis para lidar com esse tipo de problema que pode prejudicar a qualidade do sono, além de outros fatores como a qualidade de vida e o bem-estar geral.

Distúrbios do sono

Os distúrbios do sono têm se tornado cada vez mais comuns na população. Muitos são os que relatam ter dificuldades para dormir atualmente.

É normal que todo mundo ocasionalmente apresente problemas para dormir devido ao estresse ou outras influências do dia a dia. Porém, quando a dificuldade de pegar no sono ou de continuar dormindo se torna muito frequentes e passam a interferir negativamente no cotidiano, pode ser que o indivíduo esteja sofrendo de um distúrbio do sono.

Existem diferentes tipos de distúrbio do sono. Algumas pessoas podem ter dificuldade para adormecer e outras apresentam problemas para continuar dormindo e acordam muitas vezes durante a noite.

Uma coisa em comum entre elas é que geralmente elas não conseguem dormir pelo tempo necessário para o corpo repor as energias gastas durante o dia, o que acaba resultando em cansaço e sonolência no dia seguinte. Não bastasse isso, a falta de sono pode afetar o humor, a produtividade, o desempenho físico e intelectual, a concentração e a saúde em geral.

Vamos conhecer a seguir quais são os distúrbios de sono mais comuns e o que os caracteriza.

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Tipos de distúrbio do sono

1. Insônia

A insônia é o distúrbio do sono mais comum e é caracterizada pela incapacidade da pessoa de pegar no sono ou de permanecer dormindo.

Ela pode ser causada por vários fatores como estresse, alterações hormonais, problemas digestivos ou “jet lag” – termo usado para designar pessoas que viajam para locais com fusos horários diferentes do habitual. A insônia também pode ser causada por condições de saúde como doenças mentais ou doenças crônicas que causam dor constante.

Não se sabe exatamente por quê, mas a insônia afeta mais as mulheres e as pessoas mais velhas.

A insônia pode ser de 3 tipos: crônica, intermitente ou transiente. A insônia crônica é aquela que ocorre com regularidade várias vezes por semana por pelo menos um mês. A insônia intermitente ocorre quando a dificuldade para dormir surge poucas noites, mas ocorre periodicamente. Já a insônia transiente é aquela que aparece algumas noites, mas dura pouco tempo e demora a ser observada novamente.

Assim, é preciso observar atentamente e consultar um médico para descobrir que tipo de insônia você sofre e adotar o tratamento mais adequado.

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2. Parassonias

As parassonias são uma classe de distúrbios do sono que causam movimentos involuntários e alguns comportamentos considerados anormais durante o sono.

Algumas das parassonias mais comuns são o sonambulismo, os pesadelos e a enurese. O sonambulismo ocorre quando pessoas se levantam ou executam alguma atividade enquanto dormem. Os pesadelos são sonhos que causam uma sensação ruim e que quando ocorrem com frequência podem indicar um distúrbio do sono. Por fim, a enurese é o ato de urinar enquanto dorme, o que é muito comum em crianças que ainda estão aprendendo a controlar e a lidar com suas necessidades fisiológicas, mas que pode ser um problema quando observada em adultos.

Há casos de parassonias em que pessoas também podem falar, gemer ou ranger os dentes e episódios de terror noturno enquanto dormem.

3. Síndrome da perna inquieta

Dados indicam que cerca de 10% dos adultos e até 2% das crianças sofrem da síndrome da perna inquieta em algum grau.

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A síndrome das pernas inquietas é uma condição em que a pessoa sente uma grande necessidade de mover as pernas. Trata-se de um impulso incontrolável que às vezes é acompanhado por uma sensação de formigamento, coceira, ardência ou dor. Tais sintomas podem ocorrer durante o dia, mas geralmente eles são mais comuns durante a noite.

Pessoas que sofrem de condições de saúde como a doença de Parkinson ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) podem sofrer também da síndrome das pernas inquietas, mas nem sempre a causa exata da condição é conhecida.

4. Apneia do sono

A apneia do sono é um distúrbio do sono em que ocorrem pausas na respiração do indivíduo durante o sono. Isso geralmente acontece quando o suprimento de oxigênio no corpo é reduzido por algum motivo, dificultando a respiração e fazendo com que a pessoa fique sem respirar por alguns momentos.

Essa pausa na respiração faz com que o indivíduo acorde durante a noite e prejudique a qualidade do mesmo.

A condição pode ser causada por diversos problemas, incluindo dificuldades respiratórias, obesidade, resfriados, doenças cardíacas e problemas estruturais nas narinas ou nas amígdalas.

5. Narcolepsia

A narcolepsia é um distúrbio do sono em que a pessoa pega no sono subitamente durante o dia. Ela é um distúrbio neurológico em que o cérebro se torna incapaz de controlar o ciclo de sono e vigília.

Nesses casos, as pessoas sofrem de sonolência diurna crônica em que sentem um cansaço extremo no meio do dia e adormecem sem aviso prévio onde e como estiverem no momento. Pessoas com narcolepsia podem apresentar paralisia do sono, alucinações, cataplexia e sono noturno perturbado.

Na paralisia do sono, o indivíduo se torna fisicamente incapaz de se movimentar ou de falar enquanto pega no sono ou logo depois de acordar. Embora pareça assustador, a paralisia do sono costuma persistir por alguns segundos ou minutos sem causar nenhum tipo de dano.

As alucinações podem afetar pessoas com narcolepsia no momento em que estão acordando ou durante o início do sono.

A cataplexia é muito parecida com a paralisia do sono, porém ela pode acontecer em qualquer momento do sono e não apenas no início ou no final dele e também pode ser desencadeada por emoções intensas como raiva, estresse, surpresa, medo ou alterações bruscas de humor.

Pessoas diagnosticadas com narcolepsia também podem apresentar sono noturno perturbado em que o indivíduo tem um sono fragmentado porque acorda muito durante a noite, sonha muito, conversa ou se movimenta durante o sono.

Apesar de pessoas poderem apresentar narcolepsia como um distúrbio isolado, ela geralmente está associada a distúrbios neurológicos como a esclerose múltipla, por exemplo.

Sintomas

Os sintomas podem variar dependendo do tipo de distúrbio do sono e da gravidade do problema que a pessoa apresenta.

Apesar de existirem pequenas variações nos sintomas, especialmente quando os distúrbios são causados por outros problemas de saúde, a maioria dos sintomas são semelhantes e podem incluir:

  • Falta de concentração;
  • Fadiga diurna;
  • Dificuldade para pegar no sono ou para continuar dormindo;
  • Sonolência diurna;
  • Irritabilidade ou ansiedade;
  • Redução da qualidade de vida;
  • Sintomas depressivos;
  • Redução de desempenho nos estudos ou no trabalho;
  • Alterações de humor.

Causas

São muitas as possíveis causas de um distúrbio do sono. Dentre as principais, podemos destacar as seguintes:

1. Noctúria

A noctúria – termo usado para denominar a micção frequente – pode atrapalhar o sono. Isso porque a vontade constante de urinar pode fazer com que o indivíduo acorde várias vezes durante a noite.

Tal condição pode ser desenvolvida por causa de desequilíbrios hormonais ou devido à presença de doenças no trato urinário.

As grávidas também tendem a sofrer com vontade constante de ir ao banheiro e podem desenvolver algum tipo de distúrbio do sono durante a gravidez.

2. Dor crônica

Sentir dores crônicas pode dificultar e muito o sono. Mesmo que a pessoa consiga adormecer, é bem provável que ela acorde durante a noite se estiver com muita dor.

Assim, pessoas que sofrem de condições de saúde como artrite reumatoide, fibromialgia, dor lombar contínua, doença inflamatória intestinal ou síndrome da fadiga crônica geralmente têm dificuldade relacionadas ao sono, pois tratam-se de doenças que causam dor intensa e desconforto constante.

3. Alergia ou problemas respiratórios

Pessoas que sofrem de alergias ou têm algum problema respiratório podem ter dificuldades para dormir devido ao bloqueio das vias respiratórias que tais condições de saúde podem causar. A congestão nasal, por exemplo, dificulta a respiração e acaba atrapalhando a noite de sono.

4. Ansiedade e estresse

A ansiedade e o estresse constantes podem ter um impacto negativo na qualidade do sono das pessoas. Isso porque ficar estressado, preocupado ou ansioso – principalmente perto da hora de dormir – pode interferir no tempo que o indivíduo leva para pegar no sono.

Se o estresse e a ansiedade são constantes na sua vida, é importante ligar o sinal de alerta e buscar atividades relaxantes para aliviar o estresse e a ansiedade e dormir melhor.

Diagnóstico

Como já foi mencionado, os distúrbios do sono às vezes são sintomas de outro problema de saúde como uma condição médica ou uma doença mental, por exemplo. Nesses casos, basta tratar a causa subjacente após um diagnóstico preciso e o distúrbio do sono tende a ser resolvido por tabela.

Quando os distúrbios do sono não são causados por nenhuma outra condição de saúde, o tratamento pode ser mais complexo e deve envolver mudanças de hábitos, alterações no estilo de vida e pode ou não incluir o uso de medicamentos.

O diagnóstico correto de um distúrbio do sono é muito importante para que o paciente seja realmente beneficiado com o tratamento adotado.

Para detectar um distúrbio do sono, o médico costuma analisar os sintomas e o histórico médico do paciente e realizar um exame físico para descartar outras condições de saúde que podem estar causando o distúrbio.

Alguns exames que podem ser solicitados incluem:

– Polissonografia

A polissonografia é um exame bem completo usado para estudar o sono do paciente. Através desse exame, que geralmente é feito em um centro médico ou em um instituto do sono durante a noite, são monitoradas funções como os níveis de oxigênio, as ondas cerebrais e os movimentos corporais do indivíduo durante o sono.

– Eletroencefalograma

Esse teste avalia a atividade elétrica no cérebro para que o médico possa detectar problemas que podem estar interferindo nos padrões considerados normais de sono.

– Exame de sangue genético

Trata-se de um exame muito específico para diagnosticar condições como a narcolepsia, por exemplo, que tem causas genéticas.

Tratamento

Como já dito aqui, o tratamento pode variar dependendo do tipo de distúrbio e da causa do problema. Em geral, o tratamento pode ou não incluir o uso de medicamentos em conjunto com alterações de hábitos.

Apenas um médico é capaz de indicar o tratamento que deve sempre ser individualizado com base nas queixas e no diagnóstico de cada paciente.

Dessa forma, o tratamento medicamentoso pode incluir:

  • Uso de remédios para induzir o sono ou para prolongar o tempo que o paciente passa dormindo, melhorando a qualidade do mesmo;
  • Medicamentos para tratar a causa subjacente como no caso de insônia causada por artrite, por exemplo;
  • Uso de dispositivos para auxiliar a respiração em pacientes com apneia do sono;
  • Suplementos de melatonina para fazer com que o indivíduo pegue no sono mais facilmente.

Mais dicas para lidar com um distúrbio do sono

Algumas alterações de estilo de vida podem melhorar a qualidade do sono mesmo que o tratamento com medicamentos também tenha sido indicado por um médico. As dicas são as seguintes:

  • Pratique mais exercícios físicos e com frequência para reduzir o estresse e a ansiedade que podem estar prejudicando o seu descanso;
  • Tenha um horário regular para dormir e acordar, pois isso ajuda o relógio biológico a entender qual é o momento de dormir;
  • Limite a ingestão de cafeína ou de outras substâncias estimulantes como o álcool e o tabaco, principalmente perto do horário que você costuma dormir;
  • Beber água é essencial, mas tente ingerir menos líquidos perto da hora de dormir para que você não sinta tanta vontade de ir ao banheiro durante a madrugada;
  • Incorpore mais peixes, vegetais, frutas e outros alimentos saudáveis em sua dieta e reduza a ingestão de açúcares para melhorar a qualidade do sono e a saúde em geral;
  • Evite ingerir refeições pesadas antes de dormir, pois isso pode causar um desconforto e prejudicar o sono.

Qualquer que seja o seu distúrbio do sono, é preciso ter paciência pois nem sempre o tratamento indicado surte o efeito esperado ou imediato. Muitas vezes, o médico precisa realizar ajustes na medicação e a mudança de hábitos também não é um processo simples.

Assim, seja paciente e tente mudar um hábito de cada vez e aos poucos para evitar estresse desnecessário neste momento de tratamento.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já foi diagnosticado com algum distúrbio do sono? Que tipos de tratamento o médico recomendou? Comente abaixo!

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Sobre Felipe Santos e Dra. Patrícia Leite

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